O hospital estava na frente de Prim e Thorn, um prédio de tijolo a vista tinha três andares e ocupava uma quadra inteira. Sua entrada era pela lateral, então Thorn e Prim seguiram em direção a porta. Prim estava muito nervosa, ela já estava cansada de ver sua mãe deitada na cama, sem um traço de felicidade, seu coração se apertava e a ideia de poder curá-la a deixava esperançosa. Thorn não soltou sua mão desde que eles começaram a caminhar em direção ao hospital, durante todo o percurso, ela tinha reparado que ele analisava as reações dela, a qualquer sinal de desmaio ou que ela fosse passar mal, ele enviaria sua energia para controlar o estado mental dela.
-Você está preparada? – Thorn perguntou ao chegarem em frente a porta do hospital que se abriu devido ao sensor.
-Não – Prim não escondeu sua apreensão, mas seu olhar era firme e determinado.
-Tudo bem, eu estou aqui contigo. – Thorn apertou mais firme a mão de Prim. – Vamos? Em que andar sua mãe está?
-Segundo andar, quarto duzentos e três, é o quarto que tem uma janela de frente para a rua. – Prim engoliu a seco.
-Certo. – Thorn caminhou na frente e puxou Prim junto.
Thorn e Prim entraram de mãos dadas e seguiram em direção a recepção, já que mesmo que Prim soubesse o quarto de sua mãe, era necessário avisar que estavam visitando. Todos olhavam para eles com olhares estranhos, alguns tentavam descobrir qual era o relacionamento de ambos e outros julgavam por eles estarem de mãos dadas.
-Olá, nós viemos visitar Una Carmón, quarto duzentos e três. – Prim anunciou a recepcionista.
-O certo, deixe eu pegar os crachás de visitantes. Vocês poderiam responder essa ficha enquanto eu preencho o cadastro? – A recepcionista foi cordial, mas não deixou de lançar olhares para Thorn e Prim.
-Não vejo problema. – Prim respondeu e começou a ler sobre o que se referia a ficha que a recepcionista lhe entregou.
-Eu não tenho interesse. – Thorn por outro lado, não quis nem ler.
-Ranzinza. – Prim reclamou baixinho.
A recepcionista que analisava os dois do começo ao fim, desde que pisaram dentro do hospital, soltou um sorriso baixo e colocou dois crachás em cima do balcão enquanto esperava Prim terminar de responder o questionário.
-Aqui. – Prim entregou a prancheta com a ficha entregue pela recepcionista.
-Muito Obrigado, os dois crachás estão cadastrados e vocês podem subir para ver a paciente. – A atendente apontou os dois crachás para Prim. – E não seja tão dura com seu namorado, ele só não tem tempo para ficar respondendo uma ficha de um hospital.
-Ele não é meu namorado, é somente um amigo que veio me acompanhar para ver minha mãe. – Prim ficou com as bochechas vermelhas, pois quando a recepcionista falou que Thorn era seu namorado, ela lembrou de todas as vezes que ela já foi abraçada por ele.
-Ó, tudo bem então. – A recepcionista exclamou para Prim. – Desculpe meu equívoco então. – Um pequeno olhar malicioso aparecia por trás de sua expressão cordial.
-Tudo bem. Todos cometemos enganos não? – Prim sorriu e puxou Thorn pela mão em direção ao elevador.
A recepcionista ficou observando Prim e Thorn se afastarem, um sorriso apareceu em seu rosto enquanto pensava como era bom estar apaixonada. A recepcionista tinha visto através de Prim, estava óbvio que Prim estava apaixonada, o jeito que ela lançava olhares a Thorn e o jeito bobo que ela tinha com ele e seu rosto corando a denunciavam. Thorn ria por dentro, ele sabia dos sentimentos de Prim, mas ele não podia corresponder a isso, pelo menos não agora, então o amor que ela sentia por ele, o deixava feliz.
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Shine and Darkness
Fantasia"Uma cratera foi formada na localização onde Thorn estava, tinha um metro de raio de circunferência e no centro havia alguém ajoelhado, raios estavam saindo de sua pele, tatuagens tribais vermelhas cobriam seu braço direito e ele segurava uma espada...