Charlotte Vettel, é a estrela do campeonato de Fórmula 1: única mulher na disputa e também a única a ser tetra.
Um verdadeiro furacão loiro, dentro e fora da pista, Vettel sempre foi uma mulher marcante e Lewis Hamilton tinha grande consciência di...
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Estar com a família reunida em casa era algo único. Pelo menos uma vez no mês os pais de Seb e Charlotte se deslocavam da Alemanha até a Suíça para visitar os filhos e as netas.
Heike gostaria de tê-los mais vezes por perto e não conseguia se acostumar com o fato de que todos os quatro filhos mais velhos já haviam saído de casa. A Senhora Vettel era aterrorizada pelo dia em que fosse a vez de Fabian, o filho caçula, a sair de baixo de suas asas.
A casa era preenchida pelo cheiro gostoso da comida que a mesma preparava com a ajuda de Hanna, esposa de Sebastian, e pela risada alta das afilhadas de Charlotte, que brincavam animadamente com o avô, pai e madrinha.
A relação entre a família Vettel sempre foi muito amistosa e tranquila. Todos tinham uma convivência ótima e o clima durante os feriados em família eram sempre bom.
Tiveram todo o tempo do mundo para conversarem e o foco da conversa, como sempre, era Charlie e Seb. E foi durante uma das refeições que fizeram juntos que a matriarca da família conseguiu perguntar o que tanto queria após alguns movimentos da filha (que consistiram em responder algumas mensagens do atual namorado e sorrir apaixonada para a tela, como se estivesse o vendo naquele minuto).
- Então...Está falando com o seu namorado? - Charlotte estranhou, ainda não tinha conversado com sua mãe sobre isso.
Os dias tinham sido corridos e ela esperava uma oportunidade melhor para contar a família que finalmente tinha dado uma chance a alguém.
Seus olhos foram diretamente para Sebastian. Kira e o irmão eram os únicos que sabiam de algo, e bem, era óbvio quem tinha contado a Heike.
- Você é um fofoqueiro! - disse a Seb, que prendeu o riso - Não acredito que você contou sobre o meu namoro para nossos pais!
Sebastian limitou-se a mostrar a língua para irmã, num gesto infantil de provocação. Eles sempre foram assim um com o outro: na frente dos outros, pareciam sérios, mas a sós os irmãos eram piores que crianças.
- Eu tinha o direito de contar isso a eles, besta! - concluiu Lottie, respirando fundo e voltando-se a mãe, que ainda esperava por uma resposta e, em pensamento, também se perguntava o porquê dos filhos agirem como se tivessem, eternamente, treze anos.
- Sim, mãe. - confirmou, fazendo com que ela esboçasse um sorriso satisfeito. Estava feliz em ver a filha feliz - E eu juro que não iria demorar para contar!
- Tudo bem, Marie! - a mais velha a tranquilizou - Eu estou feliz por você ter encontrado alguém com quem queira ficar! Enquanto for assim, estarei te apoiando, você sabe! - completou
- Nós queremos conhecê-lo! - disse seu pai - Por mais que ele pareça ser incrível, nós precisamos ser apresentados decentemente!
- Okay. - ela já esperava por esse pedido e conhecendo Lewis, a alemã tinha certeza que ele não encontraria problemas em conhecer os sogros - Darei um jeito de fazer esse encontro acontecer! Fiquem tranquilos!
- E eu quero saber todos os detalhes, filha! - Heike disse, num tom animado.
Lottie não sabia muito bem o que pensar sobre isso, estava bem receosa porque sabia que a mãe iria insistir até arrancar tudo o que queria saber sobre o seu namoro e, bem, sua história com Hamilton era um pouco complicada e em algumas partes bem irresponsável e imatura - partes que vinham majoritariamente dela e a mesma assumia, sem um pingo de orgulho.
[...]
"eles querem te conhecer", disse Charlotte, numa das mensagens que enviou a Lewis.
O namorado estava na Inglaterra, iria assistir ao desfile da Tommy Hilfiger e apesar dela ter sido convidada a acompanhá-lo e dele ter insistido bastante para que ela fosse, recusou-se a viajar.
Já era evidente o quanto ela não gostava de ir a eventos desse tipo. Charlotte gostava de conceder entrevistas e de fotografar para algumas revistas ou grifes, mas desfiles...Bem, em sua opinião eram entediantes.
Charlie mordeu a parte interna da bochecha em sinal de nervosismo. Aquele era seu primeiro namoro e ela não queria atropelar todas as etapas.
"amor, brincadeira tem hora" foi o que ele respondeu e Vettel jurou que conseguiu visualizar o sorriso divertido que ele provavelmente esboçava enquanto digitara a menagem.
"não estou brincando! Minha mãe quer te conhecer o quanto antes e também está bastante ansiosa e animada" respondeu "nas palavras dela: quer conhecer a pessoa que vez eu mudar de ideia quanto a relacionamentos amorosos"
A alemã só relaxou mesmo quando leu uma mensagem positiva em relação a sua proposta. Também ficou aliviada por ele também ficar animado em conhecer os seus pais.
Só ficou surpresa quando ele perguntou se ela estava de acordo com esse encontro sair ainda nesse final de semana. Não sabia que ele atenderia a um pedido seu com tanta presa, mas no final acabou concordando e adiando a volta de seus pais para casa, que optaram por ficar por mais alguns dias hospedados na casa de Sebastian.
[...]
- Lembre-me de te dar cópia das chave daqui! - Charlotte disse, quando atendeu sua porta, logo após de ouvir a sua campainha tocar as cinco da manhã.
- Já chegamos nesse nível de relacionamento? - ele perguntou, adentrando o local e puxando uma mala pequena com rodinhas.
- Pelo bem do meu sono, eu espero que tenhamos chegado sim. - ela respondeu, tombando a cabeça para o lado e após alguns minutos, passando os braços pelo pescoço de Hamilton, o abraçando. Não demorou para ter sua cintura envolvida pelos braços dele.
- Eu senti sua falta. - ele disse
- Eu sei! - brincou Lottie, mas logo deixando escapar que ela também estava com saudades.
Os dois não demoraram a seguir para o quarto e voltarem a dormir.
[...]
Heike e Norbert Vettel estranharam quando a filha não atendeu às ligações e nem a porta quando foram convida-lá para passear com as filhas de Sebastian num parque não tão distante, porém quando a matriarca soube o motivo, não deixou de ficar ainda mais eufórica.
Não era a primeira vez que eles conheciam namorados dos filhos, mas tratava-se de Charlotte. A caçula das garotas e que nunca havia levado alguém para os pais conhecerem; a que sempre teve medo de amar alguém. Conhecer Lewis era, de alguma forma, especial e os deixava eufóricos e ansiosos. Precisavam conhecer quem fora o santo que fez com que a filha cedesse e perdesse o medo de amar e finalmente o encontro entre eles iria acontecer.
E foi durante o almoço, após um longo suspiro e uma dose coragem que Charlotte guiou os pais até a sala e os apresentou:
