Todo mundo apaixonadinho

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*Nota do Bolacha* NÃO DEIXA ESSA FIC MORRER NÃO DEIXA ESSA FIC ACABAAAR


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Fernando despertou ao som de um rouco ronron. Sentiu duas patas felpudas lhe tocarem a face.

Abriu os olhos sonolentos, para encontrar um enorme gato malhado a lhe encarar com seus olhos cor de âmbar.

Bocejou e sorriu terno, tirando uma das mãos de debaixo das cobertas para acarinhar o animal.

- ...Bom dia, Coxinha. - resmungou, ao sentir o pelo macio do bicho entre os dedos.

Lhe era uma surpresa que o gato ainda estivesse vivo.

Olhou para o lado, procurando por Jair, e se viu sozinho. Perguntou-se se o amigo já estaria no banheiro, passando mal, e sentiu-se levente nervoso.

Foi quando ouviu um som de chinelos se arrastando vindo do corredor.

Jair apareceu na sala, tendo um olhar sonolento e o celular em mãos.

- Tsc... Coxinha, sai daí! - ele resmungou, tocando o gato, ao encontrá-lo em cima do amigo que ele pensava ainda estar dormindo.

Andou em direção ao sofá para agarrar o animal, quando o olhar cansado de Fernando caiu sobre si. Este, veio acompanhado de um sorriso terno.

- Bom dia. - disse o libanês, se espreguiçando.

- Uh... - o de olhos azuis resmungou, rindo amarelo. Ainda ao lado do sofá, afagava o gato gordo em seu colo, enquanto mirava o mais novo ali deitado. - Bom dia... o gato te acordou, foi?

- É, acordou. - Fernando se riu. - Mas tudo bem. Eu nem sabia que o Coxinha ainda tava vivo...

- É... ele tá. - Jair suspirou, largando o felino no chão e voltando a se deitar no sofá, ao lado do outro garoto. - Ele some por umas duas semanas, e volta como se nada tivesse acontecido. - resmungou, ajeitando as costas sobre os travesseiros e pegando o controle da TV para ligá-la.

- Hum... coisa de gato. Depois que castramos o Tamtam, ele parou com isso. - disse o libanês, extrernando um risinho baixo.

- Pra quê cortar as bolas do gato, pô...? - Jair brincou e fez bico, arrancando risos de Fernando. - Tu fica na rua até tarde, mas ninguém quis cortar as suas por causa disso. Tu acha isso justo? Você ter suas bolas e o gato não ter, só porque os dois curtem ficar na rua?

- Bem, o Tamtam pode ter ficado gordo e sonolento. Mas pelo menos ele fica seguro dentro de casa. - Fernando deu de ombros, ainda aos risos. - Enfim... dormiu bem? Eu ronquei?

- Se roncou eu não ouvi. - Jair sorriu, tomando uma maior proximidade. - Eu tava bem cansado, morri ontem. E você...?

- Também... - Fernando resmungou, em meio a um bocejo preguiçoso. - Acordou cedo por quê?

- O Coxinha me acordou. - começou o mais velho, olhando para a televisão. - Acho que era mais ou menos umas seis horas da manhã quando esse gato começou a berrar na porta da sala. - rosnou, com um leve quê de irritação. - Levantei, coloquei ele pra dentro e não consegui nem dormir mais. - concluiu, com um suspiro. - Daí aproveitei pra ir na padaria buscar pão. Já comi meu mingau... acho que a louça eu vou deixar pra lavar depois do almoço.

- Cê tá bem? - Fernando indagou.

- Uhum. Tá melhorando... ainda dói, mas não como ontem. - Jair respondeu. - Vai lá comer, vai. O pão tá quentinho ainda... eu esquentei um pouco de leite também.

- Já vou... - resmungou o libanês, em meio a um riso abafado.

Aninhou-se ao corpo magro do mais velho num abraço. Jair sorriu, levando uma das mãos a acarinhar seus cabelos. Beijou o topo da cabeça de Fernando, por sobre os cabelos pretos e bagunçados. Sentiu seu perfume.

Hormônios, espinhas e eleições do Grêmio EstudantilOnde histórias criam vida. Descubra agora