Parabéns, petista safada (parte 3)

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VOLTEI DO SUBMUNDO PRA TRAZER MAIS UM CAPÍTULO!

Fernando chegou a estender a mão na direção de onde vira Jair correr. Lhe doía saber do que ele fugira: de um monstro que não considerara seus sentimentos, e que muito provavelmente lhe machucaria novamente.

Era este o auto-retrato que a mente do libanês criara, e ele jamais pensara que se tornaria naquilo.

O falatóro dos amigos atrás de si lhe soava abafado aos ouvidos, enquanto em sua mente ecoava a última conversa que tivera com Jair.

"[...]Só não quero ser feito de idiota"

Fernando não chegava a pensar que estava o fazendo, pois sabia que gostava de Bolsonaro. Porém, em certo momento, acabou se voltando para Manuela. A figura feminina ao seu lado apenas fazia responder às provocações dos demais ali, ainda portando o mesmo rubor facial de minutos atrás. Aquilo, por algum motivo, lhe fez tremerem as pernas.

Fernando então, com certa descrença, imaginou o que ocorria. Ela só podia estar, de fato, nutrindo algum tipo de interesse em si.

Fernando por um momento, não pôde deixar de achar interessante aquela situação. Ele, que nunca se achara digno de sequer atrair um só olhar, agora supostamente conseguira atrair dois para si.

Porém sua descência restante não lhe deixara insistir na fantasia que começava a nascer em sua mente, não quando acabara de ver o garoto de quem ele gostava, correr aos prantos para longe de si.

Por mais que parte de si quisesse aceitar Manuela também, sabia não poder. Naquele momento, precisava medir o impacto de cada um dos sorrisos em seu coração.

Com a imagem do sorriso do italiano em sua mente, ele encontrou alguma força para dar um passo para trás.

Deixaria para falar com Manuela depois. Precisava se explicar à Jair.

- Fernando - em seu caminho até a porta da frente, por onde Jair passara alguns instantes atrás, ele ouviu Manuela lhe chamar - onde tu vai?

Ele travou o passo e voltou-se afoito à gaúcha.

- Jair tá demorando no banheiro, - ele justificou-se - vou ver se tá tudo bem.

Manuela franziu o cenho, sentindo no peito um estranho incômodo. Das duas vezes em que o garoto lhe deixara de lado, ambas tiveram a ver com Jair.

Praguejou mentalmente por começar a sentir-se como uma segunda opção.
Não que ela pensasse ter algum dia sido a primeira, naquele sentido.

Mas ver o lugar que sempre ocupara na vida de Fernando, ser ocupado por Bolsonaro, vinha lhe irritando profundamente. Seu estômago dava uma reviravolta dentro de seu ventre, a cada momento em que ela se imaginava começando a ficar com ciúmes do italiano.

- O Jair não é um bebê, Fernando. - ela revirou os olhos e argumentou, tentando fazer com que ele ficasse. - Ele não precisa que você vá lá limpar a bunda dele. - imendou, com leve irritação, mas imediatamente se arrependeu.

Racionalmente, ela sequer tivera a chance de confessar seus sentimentos, para que o outro entendesse aquele seu tom de cobrança.

A raiva em seu peito rapidamente deu lugar à apreenssão de chatear o garoto, sentimento este que se concretizou quando Fernando franziu o cenho diante de si, com estranhamento. Ela, no entanto, não deixou de lado a expressão emburrada.

O libanês nunca vira a amiga tomar tal postura, tampouco adotar consigo um tom de voz tão ríspido.

A forma como ela lhe olhava e o bico que começava a formar-se em seus lábios avermelhados, a assemelhava ligeiramente a uma criança mal-criada, lhe condicionando na base da birra, a fazer sua vontade. Ainda que emtendesse em partes o sentimento da morena, aquilo o deixou repentinamente irritado. Não achava que devia nada a ela.

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⏰ Última atualização: Sep 30, 2020 ⏰

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