capítulo 8

7.2K 269 5
                                    

            PEDRO NARRANDO

Já fazia duas horas que ela estava dormindo nua na minha cama abraçada com um travesseiro .
Havia momentos que eu queria matar ela outros eu queria proteger como agora .
Dormindo parecia um anjo , acordada era o capeta em pessoa.
Minha intenção era matar ela mais eu não consegui fui fraco.
Não consegui deixar ela lá sozinha chorando , algo doeu em mim . uma coisa que eu nunca senti antes .
- PH cadê tu porra - Victor gritava pelo rádio em cima da mesa de cabeceira
- o que foi - respondi já irritado
- onde tu tá , tá sumido desde ontem a noite
- resolvendo ums bagulho pò - Camila se mexe na cama mais pra não acorda-la desço pra sala .
- mano minha irmã sumiu , tu não fez nada com ela não né- Victor tava achando que Camila era a irmão dele por causa de uma marca de nascença que os dois tinham.
- nem sei onde ela tá - minto
- Pow vou continuar procurando então .
- broto ai na boca a noite toma conta dos bagulho ai pra mim .

         CAMILA NARRANDO

Acordei e o Pedro não estava na cama rolei pro lado pra tentar dormi de novo , mais a porta do quanto abre .
- vai acorda mais não - ele diz sentando na cama
- Tô com fome - sinto minha barriga roncar - muita fome mesmo -digo e levanto sinto uma dor no pé da barriga e nas pernas quase caio mais ele me segura .
- te machuquei morena - pergunta preocupado essa preocupação e gentileza dele chega a ser assustadora mais também fofa .
- Não , e só fome - tomei um banho e sai do banheiro enrolada na toalha pra procurar minhas roupas .
- a gente não usou camisinha , tu toma remédio - perguntou neguei com a cabeça
- Cadê minhas roupas
- Tá ali - disse apontado pro sofá com minhas roupas drobadas.
- vou pedi pra alguém trazer o remédio pra tu
- Tá bom - assim que coloco minhas roupa; descemos pra cozinha tinha uma mesa cheia com pão , frutas , suco , doce etc.
- tudo isso pra mim - perguntei surpresa
- sim come logo que tô com pressa - o cara so pode ser louco mudar de humor toda hora .
Estava comendo sozinha por ele saiu da cozinha , não consigo entender ele tava tão carinhoso comigo a minutos atrás e agora tá todo bruto . Ele joga uma sacola na mesa abro e era pílula do dia seguinte , tomo e decido ir embora .
- me leva em casa
- vou pedir o menor pra te levar.
Assim que saímos da porta menor aparece , menor e só apelido por que ele e alto moreno e forte , mais tem um sorriso lindo.
- menor
- fala chefe
- deixa a mina na casa dela ok
- jae chefe .
Quando ia subir na moto ele segura o meu braço , tira do bolso um bolinho de dinheiro e me dá
- pra que isso - pergunto confusa
- pra você pó- diz
Ai que fui entender ele estava me pagando pela noite que passamos .
- não preciso do teu dinheiro , não preciso de nada de você - taquei o bolo de dinheiro nele e desci o morro o sol tava tão quente que tava quase morrendo quando cheguei na praça , e as lágrimas desceram sinto alguém por a mão no meu ombro olho pra cima e Lívia a namorada do menor .
- Tá tudo bem - perguntou preocupada , não respondi só conseguia chorar - menor me contou o que aconteceu e pediu pra falar com você .
- Não acredito que eu cai nessa
- eu sei conheço o Pedro , ele não leva ninguém a sério .
- fui muito burra
- calma vai ficar tudo bem - disse me abraçando .

Dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora