Dono do morro

Capítulo 22

- Pedro , vamos já estamos atrasados - digo chamando o Pedro pela 5 vez , ele ainda estava se arrumando no banheiro , hoje era o aniversário do Victor , vai ter uma festa lá na quadra .

- Pedro , anda logo - ele sai do banheiro lindo todo perfumado .

chegamos na quadra , tinha uma banda de samba tocando.

- parabéns maninho-digo o abraçando .

- obrigado pequena .

Estava curtindo o show , até que o Pedro me tirou pra dança .

uma dança lenta falando várias coisas no pé do meu ouvido .

Depois do que aconteceu ele ficou mais romântico .

um homem alto , com algumas tatuagens se aproximou da gente assim que sentamos na mesa .

os olhos dele era num tom de verde bem escuro .

- PH , qual e mano , ta sumido ? - diz fazendo um toque com o Pedro

- muita coisas pra resolver - Pedro diz com a cara fechada.

- quem e a bela dama ? - perguntou me olhando de cima abaixo .

- minha mulher Camila - diz me abraçando .

- prazer Camila - diz estendendo a mão - Grego dono da rocinha .

o comprimento , ele me olhava de um jeito estranho que me dava arrepios .

sai de lá o mais rápido possível com a desculpa de ir procura a Lívia .

Quando voltei pra procura o Pedro ele não estava mais lá.

20 minutos depois ele aparece muito nervoso .

- vão bora Camila - diz me puxando pelo braço .

chegamos em casa ele foi direto pro banheiro tomar banho e sai de lá com uma toalha enrolada na cintura.

- pê , você sumiu onde você estava - pergunto sentada na cama .

- sério Camila ? vai me encher a porra da paciência à essa hora ?

fiquei calada na minha , ele pegou uma cueca no guarda-roupa e vestiu , deitou de costa para mim .

tomei um banho , e deitei não conseguia dormi , sabia que tinha acontecido algo e ele não queria me contar isso me magoava muito .

minha cabeça passava mil coisas , não conseguia dormi coloquei uma roupa qualquer e liguei pra Bia .

era quase de manhã quando sai de casa .

ela mora no asfalto pra ser mais exata , na barra mais adorava bailes funk e não saia daqui da favela .

ela também faz trabalhos voluntário na ONG que fica no pé do morro .

Estávamos sentada na sala de café da ONG.

- amiga eu sei que e complicado , você tá com o chefão , pode tá bom agora , mais você só vai sofre - ela dizia me olhando nos olhos.

- eu sei , mais eu amo ele - digo sentindo meus olhos aderem com vontade de chorar .

- caralho camila , ele já te traiu , te bateu como você pode amar alguém assim .

- eu não sei - respiro fundo - eu sei , eu... Só amo ele e acredito que ele possa melhorar .