Capítulo 15

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Hoje e dia de baile o morro tá muito movimentado , Pedro nem almoça veio , tô sozinha com o bruno em casa ele e um menino muito esperto e lindo a cópia perfeita do Pedro .
Decidimos ir até  a pracinha pra ele jogar bola com uns amiguinhos.
Uma van preta de vidros escuros para ao nosso lado , dois caras altos e morenos saem de dentro se aproxima da gente e pega o bruno tento ajuda-lo e o cara me puxa pra dentro da van .
Sinto algo forte se precionado no meu nariz e apago .
Acordo em um lugar escuro amarrada em uma cadeira e vejo bruno todo machucado no chão .
Entro em desespero .
  - bruno - chamo ele mais ele não responde ela tá com várias manchas roxas pelo corpo e em seu rosto seu nariz e boca estão sangrando.
   Não sei  quanto tempo estávamos aqui , não tinha janela só uma porta . escuto um barulho de chave na porta e um homem alto entra não consigo ver ele direito por estar escuro .
  - vejo que acordou - diz num tom irónico .
  -  o que você fez com o bruno - digo tentando me soltar .
-nada meu anjo - diz se aproximando ele me lembrava alguém mais não conseguia me lembra agora .
  - Como você pode fazer isso com uma criança - digo já chorando ele apenas sorri - seu nojento
   Ele me dá um tapa na cara
- cala boca sua puta - ele estar nervoso se aproxima do bruno e dá vários chutes nele.
  - para por favor , me mata mais não machuca ele - digo em desespero , mais ele continua bruno acorda , ele chora e tenta se proteger , dói muito ver ele machucando o bruno , sinto uma dor física muito forte no coração
  Eu estava tremendo vendo tudo aquilo sem poder fazer nada .
O rádio dele toca alguém diz do outro lado que tão invadindo , ele puxa a arma da cintura e atira no peito do bruno , aquilo doeu em mim tentava me soltar mais não conseguia ouvi tiros se aproximando ele sai correndo.
Bruno esta no chão com uma poça de sangue em baixo do seu pequeno corpo , com os olhos abertos molhados de lágrimas , não aguentei cai no choro e tentava me soltar .
Vozes se aproxima e vejo Pedro , menor e o Victor entrar .
Victor vem até  mim e me desamara , me aproximo e vejo Pedro chorando abraçando o corpo sem vida do bruno .
  - quem fez isso com ele - pergunta sem me olhar
  - eu não sei - digo vejo ele levantar com bruno nos braços
  - Victor leva ela pra casa - diz na porta - menor vem comigo .
  Pedro havia organizado o enterro , chovia muito e tava muito frio não havia muita gente no cemitério , eu estava destruída e o Pedro nem se fala , estava pior se culpava pela morte do irmão , não comia nada e mal falava comigo .
Ele chorava muito logo após a cerimonia foi a hora de interrar
  - não isso não tá acontecendo - dizia em sussurro
  - calma amor vai ficar tudo bem- digo abraçando ele
  
PEDRO NARRANDO

Ver o meu irmão ali no caixão me doeu muito , eu não consegui protege-lo estava me sentido um fraco , impotente  . era um vazio eu nuca mais iria ver seu sorriso , ver ele jogando bola uma coisa que ele amava .
A favela tava em luto e eu só queria vingança , eu iria até o inferno e achar quem fez isso e matar da pior forma possível .
1 mês se passou Camila tentava seguir em frente mais se culpava pela morte do bruno .
  - Camila pelo amor de deus, você não tem culpa de nada - digo abraçando ela , depois do que aconteceu convenci ela vim mora comigo por causa dos pesadelos frequentes que ela tinha .
  Ela subiu pro quarto e se trancou lá.
  - amor abre a porta - ele não respondeu , então liguei pra Lívia vir até aqui . Não demorou muito ela apareceu .
  - Cadê ela - perguntou
  - Tá trancada no quarto ela se sente culpada - digo me sentando no sofá .
  - vou falar com ela - foi em direção da escada .
  Porra ! Já tô perdendo a paciência com a Camila , Lívia já tava horas batendo na porta e ela nem respondia .
Fui em direção o quarto dei um chute na porta e ela estava deitada na cama assustada me olhando me aproximei dela e a peguei pelos ombros .
  - você não tem culpa de nada Porra - digo a sacudindo - agora para de show e levanta dai antes que eu perco a paciência com você - sai do quarto e deixo ela com a Lívia e vou pra boca.

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