capítulo 3

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No dia seguinte quando fui acorda já era quase 1 da tarde tomei um banho e desci.
-Camila o que ouve você sumiu ontem ? -perguntou Duda preocupada não queria falar o que ouve, então menti que vim mais cedo pra casa e fui pra cozinha.
Minha tia já havia saído pra trabalhar tomei um pouco de café, não conseguia comer nada. A tarde fui dar uma volta na pracinha sentei em um dos bancos e fiquei olhando o movimento. Sinto que alguém senta ao meu lado.
- oi - diz o menino que eu não deixei o PH bater.
- oi , qual seu nome-pergunto
- Bruno-diz meio tímido ele se parecia muito com PH o olhar era o mesmo ele tinha uns 10 anos no máximo .
- você e filho do PH - perguntei curiosa.
- Não, ele e meu irmão
- quer ir toma sorvete comigo
- Quero - diz sorrindo Estávamos indo pra sorveteira até o PH para ao nosso lado.
- bruno eu já não te avisei pra você não sair sozinho - disse nervoso, o menino se escondeu atrás de mim, tinha uma leve desconfiança que ele batia no menino
- Só vou levar ele pra tomar um sorvete - disse com um pouco de medo .
- bruno vem vou te deixar em casa-ele nem olha pra mim fala diretamente com o bruno, ele sai de trás de mim e sobe na moto sem dizer nada com a cabeça baixa.
Hoje tem baile aqui na comunidade geral tá animado, não tô muito afim de ir mais a Duda tá insistindo muito, quando terminei de me arruma já era umas 9:30, estava com uma calça jeans e uma blusinha branca com um salto preto.
Da rua já dava pra ouvir o som da música alta, quando chegamos já havia muita gente bêbada e drogada, depois de dança um pouco fui até o bar pegar uma água; já estava cansada fui até a Duda e disse que estava indo embora. Estava na metade do morro quando escuto tiros vindo da parte de baixo do morro; corro pra um beco e me escondo atrás de uma lata de lixo o som dos tiros parecem estar muito perto, vejo alguém entra no beco.
-PH - digo baixo - o que aconteceu?
-cala boca porra - sussurra e cobre minha boca com a mão, vejo sangue escorre por sua blusa, ele encosta na parede e fecha os olhos.
-Você tá bem? - pergunto e ele me encara com raiva - você tá sangrando.
- Você acha que eu não sei
- vou embora daqui, tomara que você morra aí sozinho -digo com raiva e vou andando pra saída do beco, mais sabe como e né; minha consciência pesa e volto, ele ainda estar encostado na parede com os olhos fechados. Me aproximo e ele abre os olhos.
- você não ia me deixar morrer aqui? - pergunta
- sorte sua que sou uma pessoa boa, vem deixa eu te ajudar a levantar - ajudo ele e passo seu braço por meu ombro
- porra, devagar mano
- cala a boca ou eu te deixo aqui - Levei ele pra minha casa, e coloquei ele no sofá.
- tira a camisa
- pow você e gostosinha mais passo-diz com um sorriso e que sorriso meu deus.
- eu em, só quero estacar o sangramento.
Ele tira a camisa Meu deus que homem, ele havia levado um tiro na barriga de raspão e no ombro.
- você precisa de um médico, vou ligar pro Victor.
Depois de meia hora ele apareceu pra buscar o PH e levar pro postinho
- como ele tá - perguntou o Victor
- ali ó, deitado no sofá.
Victor ajudou ele a levantar quando eles estavam na porta o PH me chamou
- ó morena, te devo uma - vou cobra e com juros por que salvei sua vida - digo e pisco pra ele.

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