Melhor Amigo Hétero ✔Romance Gay✔

12° Capítulo

P.S Diogo

Sempre fui meio ogro, mal humorado, idiota na maioria das vezes, insuportável quase sempre, mimado...Cheio de manias, mas uma coisa é inegável, sempre fui muito amigo, sempre me dediquei a quem conquistou minha confiança.

A algumas semanas meu peito dói, minhas lágrimas nem sei se existem mais... O momento em que meu irmão me disse que era gay não sai da minha cabeça.

Eu tinha ódio no peito, não da pessoa, mas da mentira, eu sempre fui contra relacionamentos homoafetivos, ele sabia disso, da minha repulsa, da minha raiva...

Porquê esconder de mim? Porquê mentir?
Porquê?

Me faltava ar nos pulmões só de imaginar ele com outro homem... Sempre o imaginei casado com vários filhos, eu sendo padrinho... Nós pescando com nossas famílias... Ele tinha que estragar tudo?

--CARALHOOOO...

Eu...Eu...Eu....
Eu não queria admitir, mas ele fazia falta, mesmo com aquele aperto no peito, a falta que ele fazia era nítida, nós éramos amigos desde moleques, sempre fomos muito unidos, sempre falei das minhas namoradas, dos meus sonhos, dos planos...

Ele ja tinha me visto pelado... Será que ele sentia alguma coisa por mim? Desejo? Não...não...não...não... ele não era louco, sempre foi só amizade...

Minha cabeça não parava de fervilhar, eram muitas perguntas, receios...

Eu tentava não pensar, mas era mais forte que eu, todas aquelas perguntas me sufocavam... Quando o vi na piscina minha vontade era de socar ele, de falar pra ele parar de ser viadinho, parar de gostar de homem, falar pra ele voltar a gostar de mulher...  Mas me faltou coragem de chegar perto, tinha medo, medo de ser igual, medo de aceitar, de me acostumar...

Ver ele sorrindo como se nada estivesse acontecendo, como se fosse normal tudo aquilo me deixou com mais raiva ainda.

Saí com uma garota que nem lembro mais o nome, fodi ela com toda a força que tinha em mim, queria aliviar toda aquela raiva...

Nos primeiros dias era pior, eu cheguei a não querer mais ir pra escola só pra não ter que olhar na cara dele, pois se o fizesse iria bater nele...

Com as semanas se passando aquilo foi diminuindo, não que eu tivesse aceitado aquela situação, mas coloquei na minha cabeça que se ele não chegasse perto de mim eu não pegaria aquilo, aquela doença...

Minha mãe me obrigou a ir no psicólogo depois que eu quebrei tudo que tinha no meu quarto, a tv ficou em pedaços, o espelho estava só o pó...

Ver ele caindo, ficando de quatro, aquilo me fez querer ajudar, mas eu não poderia, eu não deveria, a melhor solução que achei no momento foi rir, um sorriso de angústia...

Continua...