9° Capítulo

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Quinta Feira 23/07/2015.

Encarara-lo depois de tudo que foi dito seria a pior parte, felizmente o mesmo resolveu não aparecer na aula, o que foi um alívio, digamos assim.

Pensei muito, muito mesmo, daquele momento em diante iria ligar o botão do foda-se, tentaria viver o que quer que a vida viesse a me oferecer sem reclamar...

--Eu só quero é ser feliz🎶...

Tantas manas por aí procurando uma oportunidade pra se assumir pra família, sendo que a maioria não obtinha a aceitação, o que não foi o meu caso, minha mãe sempre me apoiou, era isso que importava, nada nem ninguém iria estragar isso.

Intervalo.

--Oi Celo...

--Oi Jana... Quanto tempo.

Janaina era uma pessoa muito querida, apesar de não termos muito contato.

--Tudo bem?

--Sim, sim... E vc?

--Melhor agora...

--Hummm entendo, olha Jana... Não é querendo ser rudi não, massss... Da fruta que você gosta eu chupo até o caroço.

--Se...serio? Meu Deus... Desculpas, eu realmente não sabia... O Diogo sempre falou, ah... Esquece.

--Rsrs sem problemas, ninguém sabia na verdade, o Diogo nem fala mais comigo por isso.

--Nossa, sinto muito, vocês pareciam muito amigos.

--E éramos, mas esquece, vamos falar de coisas boas?

--Tipo?

--Rsrs não sei ainda, que tal sermos amigos?

--Topo total... Que tal irmos ao shopping esse final de semana?

--Perfeito, porque será que as pessoas quando começam uma amizade sempre vão ao shopping?

--Rsrs eu não sei, que louco... Rsrsrsrs

Morto estava com a risada dela, sabe aquele leitões quando estão "gritando"? Era tipo isso.

--Rsrsrs tenho certeza que vamos nos dar bem...

--Assim espero...

O sinal bateu e cada um de nós foi pra suas respectivas salas, ela pro 3° A e eu pro B.

No final da aula nos encontramos e trocamos os numeros.

--Tchal Jana, até amanhã!

--Tchal, a noite te ligo.

--Ok...

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Conversamos muito aquela noite, meio clichê o que vou dizer, mas parece que nos conhecíamos a anos.

Janaina é aquele tipo de amiga escandalosa, ama um barraco, indiscreta total.

Não sei explicar aquela energia diferente da que eu sentia quando conversava com Diogo, uma sensação de leveza. Passamos quase duas horas conversando, contamos tantas coisas um ao outro, so paramos por que ja estava tarde e tínhamos aula no dia seguinte.

Na sexta Diogo também não apareceu, o que me fez pensar que ele realmente tinha nojo de mim, mas tudo bem, não iria me prender a isso.

Final de semana "deu as caras", Janaina e eu ja tínhamos planejado passar o sábado juntos na piscina da casa de um amigo da mesma.

De longe me pareceu ser uma boa idéia, porém, o que eu nunca imaginei é que esse amigo seria do Diogo também.

--Espera Marcelo...

--Desculpa amiga, mas eu não tenho condições de ficar aqui...

--Deixa de frescuras, vem... Tu mesmo me disse que não deixaria de viver por causa deste embuste.

--Rsrsrs Só você mesmo, mas olha, qualquer sinal de algum problema eu saio daqui sem olhar pra trás.

--Se isso vieeer a acontercer eu mesma faço questão de sair daqui, não se preocupe com isso, só se divirta, ok?

--Ummm deixa eu pensar no seu caso...

--No meu não, no seu! Quem ficará prezo a aquilo -apontou pro Diogo- será você.

Respirei fundo e fingi que estava tudo bem, ela realmente estava certa.

Ele era lindo só de sunga, inexplicavelmente lindo, seus ombros eram largos, era isso que me chamava atenção? Eu não sei, ele me parecia tão...tão feliz?

Suas gargalhadas eram nitidas. Será que só eu havia pensado em nós dois? Aquele laço que tínhamos não valia de nada pra ele?

--Migo, para... Você não acha que está olhando de mais? Se solta, relaxa, ele não parece está triste.

--É... Eu sei...

--Então? Aceita alguma coisa pra beber?

--Rsrs aceito sim...

--Vem comigo então...

Dentre as coisas que conversei com Janaina estava o amor platônico por Diogo, ela sabia como estava sendo pra mim.

Uma amizade que durava pouco menos de uma semana e ja significativa muito pra mim. Janaina era tão agitada, mas ao mesmo tempo calma... Uma confusão só, seus conselhos eram diferentes, as vezes parecia não fazer sentindo, porém, eram regras de vida.

Estava tudo correndo bem, conheci alguns amigos da Jana, nadei, COMI...(melhor parte), "peguei" sol suficiente pro mês inteiro.

--Ai Jana, minha pele ta parecendo carvão...

--kkkkkkkkkkkkkk

--rsrsrs

Aquela gargalhada me matava... Se ela passasse o dia rindo era inevitável não acompanhar, era estrondoso.

--Você é muito exagerado sabia?

--Minha mãe sempre diz isso...

--Iae, feliz?

--Muito... Você não imagina o quanto! Aquele peso ta indo embora sabe?

--Ele te viu sabia?

--Sei sim, percebi o incômodo estampado na cara dele...

--Sabe o que você pode fazer para esquecer de vez aquele ogro?

--O ogro mais lindo que eu ja vi!

--Iiiiii assim nem adianta te dar conselhos.

--Ok, ok... Quais conselhos a senhora pretende me dar?

--Senhora não por que não sou nenhuma velha, mas respondendo sua pergunta, meu conselho é: arrume um namorado que te dê valor, alguém que te faça esquecer o que não é pra ser lembrado, entende?

--Eu até entendo, só que... pôr mais que você esteja certa acho que isso só me faria sofrer mais ainda, não quero ter que está com alguém só pra esquecer dele, sabe? Namorar pra mim é algo... é algo que necessita de amor, e isso eu não vou poder dar a alguém, não até esquece-lo.

--Entendo... Então o que você pretende fazer?

--Deixar o tempo passar... Dizem que o tempo cura tudo...

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