Capítulo XI

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    –Alô? – atendi olhando no relógio ao lado da cama. 9 da manhã, eu poderia dormir mais, que droga.

    –Bom dia flor de cerejeira.

    –Oi.

    –Poderia saber onde a donzela passou a noite? Não me diz, eu vou adivinhar. Hmmm, num bar?

    –Errou.

    –Então onde?

    –Ino, a gente conversa no escritório. Bom dia pra você também. – e desliguei sem dar chances de respostas.

    Me estiquei e olhei ao redor. Não tinha reparado esse quarto na noite anterior, é simples, mas de um jeito muito aconchegante, cores claras, eu gostei. Olhei para o lado e um loiro dormia em sono profundo, me admira não ter acordado com meu celular tocando.

    Levantei, peguei uma camisa laranja de Naruto que estava jogada em uma poltrona, muito cheirosa por sinal, e fui ao banheiro. Lavei o rosto e me encarei, meu cabelo, que ontem era um coque, agora estava todo solto e desgrenhado. Refiz um coque mais frouxo, respirei fundo, peguei meu celular no criado mudo ao lado da cama e desci para a cozinha.

    Sem empregados, amém. Comecei a preparar o café da manhã e acabei colocando uma música para descontrair. Não muito alto porquê não queria acordar o belo adormecido. O novo álbum da Anitta, uma cantora brasileira que tá bombando aqui na gringa, é bem diferente do acostumado. O funk é contagiante, estava tocando "Onda diferente" e eu dançava enquanto batia a massa de panqueca em um bowl com um fue. Me virei para aquecer a frigideira enquanto rebolava ao som da música. Quando me virei para pegar o bowl, dei de cara com Naruto sentado na bancada da cozinha com o rosto apoiado nas mãos, me encarando travesso.

    –Ai que susto, porra. Aproveitando o show?
 
    –Não sabia que gostava dessas músicas, na próxima eu coloco umas assim pra você rebolar desse jeitinho só que no meu colo.

    –Bobo. Me ajuda aqui, já que acordou.

    Fizemos o café da manhã, eu terminei as panquecas e ele fez suco de laranja pra nós. Sentamos na bancada para comer e conversar um pouco.

    –Minha camisa lhe caiu bem.

    –Você achou? É confortável, eu gostei.

    –Então, falando de coisas sérias agora, recebi um e-mail agorinha de um contato no centro de Ottawa dizendo que um cara chamado Orochimaru está tentando comprar um restaurante bem privado e rústico, por um preço não muito alto, menos do que vale, eu diria.

    –Então eu cobrirei a oferta pagando o que vale, e dependendo até um pouco mais. O Canadá precisa mesmo de um Hellraiser, quem sabe mais de um, não é mesmo?

    –Ótimo, colocarei sua empresa em contato com o cara.

    –Vou avisar o financeiro do hotel, deixarei isso nas mãos deles, já que a Hellraiser e a Haruno's são basicamente a mesma coisa.

    –Certo, os mantenho informados. Fiquei sabendo dos seus negócios com a empresa de St John's. Boa jogada.

    –Eu preciso expandir até lá rápido, me dá uma ótima porta para a Europa. E o que melhor do que uma ponte com uma empresa local? Eu os ajudo a crescer e eles me ajudam a me fixar lá.

    –Qual o nome mesmo? Eu gostei da ideia, agregaria muito à Uzumaki's.

    –Hyuuga. Tenten disse que foi você quem enviou.

    –Sim sim, mas deixei que vocês avaliassem primeiro, é o tipo de coisa que entendem melhor.

    –Obrigada pela confiança, senhor Uzumaki.

Hellraiser - Aceite a escuridão ou lute contra elaOnde histórias criam vida. Descubra agora