Não sabia ao certo onde estava, mas continuava caminhando apressadamente em linha reta. Só o que Peter via era terra e mais terra.
"Pensa, Peter.... pensa".
"Afe, essa roupa esquenta muito". Peter pensava, se referindo a ele mesmo.
Não conseguia pensar em nada que conseguisse o ajudar no momento e quanto mais andava, menos sabia para onde estava indo e mais ficava cansado. Realmente aquela roupa estilo astronauta não combinava muito com aquele lugar. Aliás, até tinha me esquecido de lhe contar, estava de manhã (ou parecia estar) e o tempo era bem quente com um céu totalmente amarelo, sem nuvens.
Até que finalmente depois de alguns minutos andando, cerrou os olhos e viu de longe algumas construções. Abriu um sorriso em seu rosto suado. Saiu então "correndo" (entre aspas pois não sei ao certo se aquilo era correr) em direção à estas construções e cada vez que tentava chegar mais perto, parecia que elas continuavam do mesmo tamanho, e longe mas muito longe.
Era nítido que Peter estava bem desapontado, não sabia onde estava, nem em que ano estava e muito menos se havia algum sinal de vida.
- Nunca vou chegar até lá assim! Disse levando às mãos à cabeça.
Mesmo assim continuou andando em direção às construções, ou seja lá o que eram. Peter estava exausto demais, o dia tinha sido cansativo mesmo, e nem percebeu que o cenário mudara. O chão ainda era coberto por areia, mas agora nele havia divisões, como se uma parte fosse a rua e a outra, a calçada e até mesmo árvores. Não tão verdes e felizes, mas ainda tinham um pouco de folhas cobrindo seus troncos já desgastados.
Seus passos começaram a diminuir.
- Preciso descanç...
Ele mesmo o interrompeu.
- Não! Tenho que continuar até descobrir onde que eu tô... Disse bravamente.
Parou de andar, olhou para um lado e para o outro e suspirou.
- Gostei dessas árvores...talvez se eu deitar um pouquinho sob elas.
Foi o que fez. Deitou mesmo assim no chão de areia embaixo de uma árvore, não protegia muito do sol, mas fazia uma sombra. Ficou olhando alguns segundos para o céu, afinal de algum modo ele tinha que descobrir onde estava, mas Peter estava muito cansado e não conseguia raciocinar direto.
- Bom, vou fechar os olhos só um pouquinh...
Nem deu tempo de terminar a frase. Em questão de segundos dormiu.
- Garoto! Acorda, rápido! Alguém dizia sussurrando, e sacudindo Peter.
Peter logo acordou se levantando rapidamente.
- Ãh!? O que!? Perguntou assustado.
Era notável que a pessoa estava com muita pressa.
- Xii! Fala baixo!
Era um senhor com muitas rugas no rosto, baixinho e corcunda. Usava um óculos preto todo remendado, quase não tinha dentes na boca e os que tinha eram amarelos. Não tinha barba nem bigode, apenas uma boa quantidade de cabelos brancos na cabeça. Estava usando um pano azul em volta de seu corpo, desgastado, sujo e velho. E, esses três adjetivos que usei, foram tanto para descrever sua vestimenta, quando para descrever o velho senhor.
- É... tá pera... Peter disse se levantando rapidamente.
Peter começou a passar a mão em sua roupa rapidamente, na tentativa de tirar a areia, quando voltou a olhar para senhor que estava à sua frente, viu que ele estava olhando sua roupa também, e muito mas muito assustado.
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O Mistério do Futuro
AventuraEm algum momento você já parou para pensar como seria o futuro? Já imaginou poder viajar para o futuro? Peter conseguiu este privilégio, mas as coisas nem sempre são o que parecem ser e o futuro que a maioria imaginava, é na realidade muito difer...