O terceiro Eu

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- Então você fica vigiando a minha mãe o tempo todo!?

- Que tipo de psicopata é você!? Peter perguntava com mais perguntas.

A chefia então, na tela, se virou para Peter.

- E se eu te falasse ela é imortal!?  

Peter se espantou, mas não falou nada.

- Eu estou falado sério, Peter. Ela está com essa aparência faz mais 90 anos.  Mesmo aparentando ter uns 60, nunca sofrerá com nenhuma dor!

Peter, então se virou lentamente para a Chefia.

- Onde ela está!?

- Ela está aqui no meu castelo. Veja você mesmo e em tempo real.

Surgiu então um outro holograma em frente a Peter. Agora era de Dona Lurdes fazendo compras na feira que ficava perto da casa de Peter.

- Você tá de brincadeira, né!? Esse lugar era a minha casa antes de você destruir tudo com a minha máquina do tempo.

A Chefia começou a rir.

- Peter, o mundo em que Dona Lurdes vive é virtual. Eu montei todo o cenário que fica aqui dentro do Castelo. Tá vendo aquele feirante -disse, apontando para a imagem- ele não passa de um robô em formato de humano... igual eu fiz com a Megan.

Peter olhou com um olhar de desgosto.

- Isso é mais louco do que eu imaginava! Por que você não tira esse capuz para eu ver quem é você!? Peter disse já perdendo a paciência.

- Peter, não se preocupe, minha identidade não é tão importante quanto o que vou lhe mostrar agora. Me acompanhe. 

Peter seguiu a tela da Chefia. O castelo realmente era gigante e a decoração era medieval. Peter tinha que admitir, a Chefia tinha bom gosto para decorar um castelo. Passaram por dois corredores. Por todo o caminho havia robôs, por todos os lados. Faziam sinal de reverência quando a Chefia e Peter passavam por eles. A sensação de poder também agradou muito a Peter. Subiram então mais 7 andares por um elevador. Enquanto subiam, Peter só conseguia pensar em como uma TV flutuante que estava ao seu lado conseguiria dominar o mundo todo.

O elevador se abriu, saia direto em uma sala, ou melhor, era um laboratório bem grande.

deu um passo para frente, saindo do elevador e então ficou paralisado. Seus olhos estavam brilhando. Não se comparava ao laboratório do seu colégio. Era infinita vezes melhor.

- A casa é toda sua, fique a vontade! A Chefia disse.

Peter olhou para Chefia e então entrou no laboratório. Havia inúmeros experimentos. A sala começava com experimentos de pequenos portes, feitos de sucata e então, quanto mais Peter andava para frente, os experimentos iam se aprimorando. nas paredes, vários certificados e prêmios, separados por uma ordem cronológica. Peter não estava tão surpreso por pelas invenções, mas sim por outro motivo.

Voltou para o primeiro certificado. 

- "49° Olimpíada de Matemática... primeiro colocado, Peter Ramos". Leu em voz baixa.

A Chefia então se aproximou.

E Peter, ao ler o certificado recuou para trás. A ficha finalmente havia caído.

- Não pode ser! Disse levando as mãos à cabeça.

- Mas é Peter e não podemos fugir do destino!

- Não! Não é real, deve ser mais um joguinho seu... eu nunca faria isso! Dizia, já querendo chorar.

A Chefia então tirou a voz grossa modificada e voltou a falar com Peter.

O Mistério do FuturoOnde histórias criam vida. Descubra agora