Já estavam a mais de dois minutos sobrevoando a cidade, indo em direção às torres e não estavam longe. A vista de noite por cima da cidade era incrivelmente pior do que vista de perto. De longe podia se ver toda a destruição causada. Milhares de barracas distribuídas sobre a areia sem frutos e, as árvores, dava para contar todas nos dedos. Mas claro que ao olhar para frente, dava para ver a humilde casa da Chefia. Torres medievais cinzas e pontos pretos voando (robôs) ao seu redor. A propósito, estavam sobrevoando alto, para tentar ao máximo não chamar a atenção dos robôs/vigias, que estavam por toda parte da cidade.
- Nossa... aqui tá tudo acabado mesmo! Peter disse olhando para baixo.
- É a primeira vez que eu estou voando por aqui... e nunca tinha percebido quão miserável era aqui... Amy lamentou.
Peter pensou por um momento, ficando mais triste.
- Quando tudo isso acabar, vou em busca da minha mãe! Disse limpando uma lágrima que saia do seu olho.
- Ah... dona Lurdes, o Sr Damião falou tanto dela! Amy disse feliz ao relembrar.
Mas a reação de Peter fora outra. Imediatamente desacelerou a robô até que ficassem parados no céu. Não tinham nenhuma companhia, eram apenas uma imensidão de estrelas, Peter e Amy, ao redor do céu.
- Sr Damião!? Perguntou assustado.
- É... aquele velhinho fofo! Disse abrindo um sorriso no rosto.
- Ahn!? O quê ele falou dela!?
- Bom... se você me acelerar de novo, eu começo a contar tudo!
Peter acelerou a robô, e novamente eles voltaram a "caminhar" até a Chefia
- Ah... é foi mal, brequei por instinto quando você falou aquilo. Disse dando uma risadinha sem graça.
- Ah tudo bem, só quero chegar lá hoje! Amy disse rindo.
Amy demorou um pouco para voltar a falar, enquanto carregava algo em sua memória. Depois de alguns segundos; a voz de Amy mudou, de fina para uma voz ranzinza, mais precisamente para a voz do Sr Damião.
- Eu sempre a amei, desde os seus maravilhosos bolinhos, à suas suaves carícias de noite. Puxa, seus bolinhos de limão eram meus favoritos, mas confesso que preferia ouvir sua voz me dizendo "boa noite" . Ah, se eu soubesse que aquela seria a última vez que eu a veria. Lurdes, não queria ter te perdido, por quê isso teve que acontecer?
Um silêncio, Peter largou todos os controles e parou de digitar a sequência de botões. Estava boquiaberto.
- Peter!? Falei algo de errado!?
Peter demorou alguns segundos para responder, ainda estava perplexo.
- Poxa... não sabia que você tinha essa opção de imitar vozes... Disse meio atordoado.
- Legal né! Disse rindo.
- É... mas, mas... como ele conhece a minha mãe!?
Agora foi Amy quem parou. Novamente eles eram um ponto flutuando no céu.
- Você não o conhece!? Não era seu pai!? Disse um pouco apreensiva.
Peter aumentou um pouco o tom de voz.
- Amy, não! E... eu, eu não tenho pai desde que eu era criança!
- Peter... mas eu jurava que...
Algo incomum aconteceu, Amy não sabia o quê falar. Nem mais o vento fazia barulho e o silêncio que em muitas vezes fora bom, agora atordoava os dois.
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O Mistério do Futuro
AdventureEm algum momento você já parou para pensar como seria o futuro? Já imaginou poder viajar para o futuro? Peter conseguiu este privilégio, mas as coisas nem sempre são o que parecem ser e o futuro que a maioria imaginava, é na realidade muito difer...