O pecado do amor

Introdução

Quando eu era criança minha mãe costumava falar que a vida não passava de uma breve experiência ao amor, sentimos amor do momento em que nascemos ao momento que voltamos ao nada e caímos no mar do esquecimento.

Bom apesar de tudo isso, essa é a única lembrança que eu tendo dela, meu pai não passa de um arrogante que se enfiou no trabalho e suas "saídas", afim de esquecer o grande amor da vida dele, não o culpo, não passa de um pobre coitado, mais uma vitima do tão adorado "amor".

Eu nasci em 1997, um ano e 47 dias depois minha irmã nasceu, até a morte da minha mãe nós tínhamos uma família considerada normal, escola para as crianças, trabalho para os adultos, jantares em família, viagens em família; Mas tudo isso acabou quando eu tinha 7 anos.

Minha mãe foi diagnosticada com leucemia, o desenrolar desta história você já sabe; Ela morreu 3 anos depois, em um quarto de hospital, as 19th do dia 12 de fevereiro de 2007, a data em que eu perdi o motivo de tudo, o amor.

Os anos foram se passando e achei algo para expressar tudo oque eu sentia, a arte, dentro do meu caderno de desenho eu carrego o mais intimo de meus pecados, todos os sentimentos que negligencio na ponta de um lápis, isso é o fio que ainda me faz viver.

Depois da morte da minha mãe mudamos de cidade, eu e minha irmã fomos para o mesmo colégio, mas isso não durou muito, eu pulei de colégio em colégio até chegar no ensino médio, vamos dizer que os professores não conseguiam lidar com um garoto que só dormia e desenhava durante as aulas.

Eu fui para o ensino médio junto com a minha irmã, eu repeti um ano, por conta disso e dos nossos nomes "Lukas e Letícia" nós caímos na mesma sala. No começo eu odiei a ideia de estudarmos juntos, ela sempre foi a certinha, parece que nunca ligou para a morte da nossa mãe, sempre estudou, com aquele olhar sobre mim de superioridade.

Com o passar do tempo eu e ela paramos de se falar, eu era sozinho naquela casa, vivendo o meu mar de esquecimento em vida, sem amar ninguém, nem mesmo a minha irmã; Não sei oque ela sentia em relação a mim, mas sei que não conseguíamos conversar mais que duas palavras, de certo modo eu gostava disso.