Capítulo 15 - Mar de fogo. Parte II

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Magno ganhou uma distância considerável. As árvores da pequena ilha impediram que eles fossem vistos pelos bandidos. Esperou que eles chegassem ao meio do braço de terra e então partiu com Ártemis. Olhava de quando em quando para ver se o Circe os seguia, mas até agora nada. Estava começando a ficar preocupado; Ares já deveria ter aparecido. Lutando contra a vontade de retornar, Magno seguiu com o plano.

Vinte minutos depois, chegaram ao porto de Thimari. Magno ajudou Ártemis a descer e a levou a praia. Pegou o celular e discou o número de Ares.

— Já está com saudades? — Perguntou o irmão mais velho, atendendo ao telefone. Magno suspirou aliviado ao ouvir a voz dele.

— Onde você está? — Perguntou.

— Mudança de planos. Não irei para Thimari, seguirei direto para Atenas.

— Eles ainda estão te seguindo?

— Sim. Nosso plano deu certo, eles não viram vocês saírem. Acreditam que Ártemis ainda está aqui. Mas não se preocupe, não estão mais atirando e estão bem distante agora. Vá para Atenas e me espere no porto, logo estarei em casa — disse, confiante. — Como Ártemis está? — Perguntou.

— Ele quer saber de você — falou Magno, passando o telefone para ela.

— Ares!

Pedhaki mou, você está bem?

— Só ficarei bem quando tudo isso acabar — respondeu, tensa.

— Está perto! Logo estarei com você, não se preocupe.

— Eu te amo!

— Eu também amo você! — Respondeu.

Ártemis passou o telefone de volta para Magno.

— Não se esqueça de sua promessa — falou Ares seriamente para o irmão.

— Fique tranquilo. A manterei sob vigilância até você chegar.

— Obrigado! — Disse, desligando.

Magno ligou para Tito, seu segurança, e lhe deu algumas ordens. Deixou seu cartão com o dono dos jet skies alugados, pois devolveria o outro assim que Ares chegasse em Atenas. Uma hora depois, eles estavam de volta. Magno parou o carro e desceu para falar com o segurança e a equipe que o acompanhava. Estavam todos a postos esperando por Ares.

— Me espere aqui — disse a Ártemis, que permaneceu sentada no banco do carona, observando-o sair.

— Senhor! — Cumprimentou Tito.

— Fez o que pedi?

— Sim, senhor! Quatro lanchas com meus melhores homens seguiram em direção a Thimari e acabei de enviar o falcão negro para sobrevoar o local e, se precisar, fazer um resgate de feridos.

— Ótimo! Peça que deixem pelo menos um vivo. Preciso de informações — Magno sabia que os atiradores não se entregariam e a equipe de Tito não era conhecida por desistir. Seria matar ou morrer.

— Sim, senhor!

— Mais uma coisa. A noiva do meu irmão... — Iniciou ele. — Preciso que dois dos seus homens a levem para a Fortaleza e façam a segurança dela.

— Não vou a lugar nenhum — Magno e Tito ouviram a voz feminina às suas costas. — Ficarei aqui no porto esperando por Ares.

— Não, você não vai — discordou ele.

Ártemis respirou fundo, não queria discutir naquele momento.

— Sei que você adora medir forças, mas nesse momento não tenho cabeça para isso. Esperarei por Ares aqui.

A Fortaleza/Ala do Rei - AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora