Capítulo 14 - Fúria

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Ares acordou cedo e foi para a Câmara dos Deputados

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Ares acordou cedo e foi para a Câmara dos Deputados. Se Ártemis soubesse, ele estaria frito. Ligou para a grife e remarcou, havia esquecido que precisava assinar alguns documentos para segunda-feira ou seu projeto não seria aprovado.

Pegou o telefone e ligou para ele. Com voz de sono, o irmão respondeu.

- Hoje é meu dia de folga.

- Desculpe, mas isso é urgente - Ares ouviu uma voz feminina do outro lado da linha. - Onde você está?

- Também quero saber - respondeu, levantando-se e olhando as duas mulheres que dormiam profundamente. Recolheu suas roupas do chão e foi ao banheiro.

- Começou a festa sem mim? - Perguntou Ares falsamente aborrecido.

- Você é um homem comprometido agora, não pode participar de festas, pelo menos não desse tipo - com o telefone apoiado no ombro, tentava vestir a calça. - Mas me diga, qual o problema?

- Não encontro os papéis do nosso projeto, fiquei de assinar as páginas, mas acabei esquecendo. Segunda-feira pela manhã ele precisa estar na mesa do Primeiro-Ministro.

- Deixei na minha sala - respondeu.

- Já procurei lá e não encontrei nada.

- Não na sua sala, na de papai - esclareceu.

Ares bufou.

- De todos lugares desse mundo, Magno...

- Foi mal - desculpou-se. - Estou saindo, nos vemos mais tarde?

- Sim, quando terminar pretendo passar na mansão.

- Espero que você não faça como na última vez que me deixou plantado te esperando.

- Eu caí no sono - explicou-se. - Mas você não tem do que reclamar. Aquela massagista é ótima.

- É mesmo - riu, concordando cinicamente. - Se você não aparecer, vou considerar que perdeu uma aposta e confiscar seu Porsche.

- Vai sonhando! - Respondeu, desligando.

Ares riu. Magno não gostava de carros compactos, ele era muito espaçoso, nunca se adaptaria a um modelo daqueles. Imaginava onde ele havia passado a noite, com certeza não tinha sido com Demy. Ontem os havia visto aos beijos no jardim da mansão. Ela parecia bem envolvida, mas ele não. Magno havia iniciado uma aventura que sabia não poder sustentar. Por algumas semanas Ares se perguntou por quê. Mas na verdade sabia a resposta, mesmo negando veemente: Magno havia se apaixonado por Ártemis.

Tudo se confirmou com a fuga dele ao lado da jovem por quem já havia dito não sentir nada. Sua mãe ficou preocupada, ela não gostava de Demy e acreditava que agora Magno pudesse se interessar de verdade já que eles ficaram mais próximos após a viagem. Ares não acreditava que isso pudesse acontecer, quem os via, percebia que faltava algo entre eles, paixão, sentimento que viu em seu olhar trocado com Ártemis quando a levou a câmara. Ares suspirou. E por mais que lhe doesse admitir, Ártemis também não era indiferente a Magno. Mesmo com ele dizendo que ela o havia afastado, Ares tinha ficado tempo suficiente para vê-la corresponder ao beijo dele; os olhares também a entregavam, porém Ártemis seria incapaz de trocá-lo pelo irmão, não teria coragem para isso. Ela lhe respeitava e respeitava a si mesma. Mesmo assim, estava tranquilo, sabia que poderia fazê-la feliz e se não, pelo menos asseguraria a felicidade dela. Havia feito algumas mudanças em sua vida na última semana, pensou muito, mas acreditava ter tomado a decisão certa, baseado no momento em que vivia e pensando no bem-estar daqueles que amava, principalmente depois que Dominic o havia decepcionado, mais uma vez sendo contra sua felicidade. Seu problema maior não era Ártemis e Magno e, sim, Dominic. Não entendia por que ainda se permitia ter esperanças na mudança do pai.

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