Capítulo 6 - Alto preço

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O jantar seguiu tranquilo

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O jantar seguiu tranquilo. Dominic parecia ter gostado muito de Ártemis, conversava animadamente com ela. No começo, a jovem se mostrou tímida, mas foi relaxando aos poucos, quando sentiu a aparente aceitação dos pais do seu namorado. Todos estavam se mostrando muito simpáticos e solícitos, menos Magno, que não tinha dado uma única palavra desde o início do jantar. Mas Ártemis sentia o olhar insistente dele sobre ela.

— Diga-me, Ártemis — pediu Dominic, —, você mora com seus pais?

— Não, eu moro sozinha. Meus pais vivem em Lavrio, em uma área rural — respondeu.

— Ah, seu pai é fazendeiro, pecuarista?

— Não. Meu pai é caseiro, ele cuidava da propriedade — disse Ártemis com simplicidade. — Mas agora ele não trabalha mais.

— Entendo — disse Dominic, olhando significantemente para Ares. Caseiro?, pensou ele curioso. — E sua mãe?

— Minha mãe nunca trabalhou fora, sempre preferiu se dedicar aos afazeres domésticos.

Magno observou a cena. Ares pareceu não ligar para a reação surpresa do pai ao saber que a namorada dele não tinha "sangue azul", como esperava. E estranhou a atitude de Ártemis; ela falara a verdade, o pai realmente não tinha posses. Em momento algum ela tentara esconder que não tinha ligação com os patrícios gregos.

— Querida, Ares me contou que você está cursando economia, está gostando? — Perguntou Hebe.

— Muito! — Disse ela com um sorriso. — Apesar de ser corrido e tomar todo tempo livre que tenho!

— Eu imagino — disse Hebe. — E o trabalho, como vai?

— Você trabalha? — Perguntou Dominic, curioso.

— Sim, meio período apenas — respondeu ela.

— Suponho que seja em alguma empresa grande, uma multinacional? Talvez aquilo tudo não fosse tão ruim quanto parecia, pensava Dominic.

— Quem me dera... — Falou, sorrindo. — Ainda não, mas pretendo. Estou estudando para isso! No momento, trabalho na lanchonete da faculdade, sou garçonete.

Magno abafou o riso. Aquela noite estava sendo difícil para o seu pai.

— Garçonete! — Repetiu ele, mais uma vez direcionando um olhar de reprovação para Ares.

— Você deve conhecer muitas pessoas por causa do trabalho — falou Hebe.

— Sim, muitas! — Confirmou. — Quase a faculdade toda.

O jantar chegou ao fim. Hebe então convidou Ártemis tomar um café no jardim e conversarem um pouco mais. Magno também se retirou, precisava fazer algumas ligações. Dominic então chamou Ares para conversar.

Entraram no escritório e ele disparou:

— Uma garçonete? Você deve estar brincando comigo.

— Você é quem tem aversão a pessoas simples e humildes, não eu! — Respondeu com desdém.

A Fortaleza/Ala do Rei - AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora