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Os Dimitriades são uma das famílias mais influentes de toda Grécia. Seus nomes, respeitados em meio ao cenário político ateniense. V...
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Ares a colocou no táxi e estava voltando quando seu telefone tocou novamente.
— Não desistem!
Retirou-o do bolso e suspirou ao ver a chamada restrita novamente. Mais uma vez recebia ligações anônimas.
Nos seis primeiros meses de mandato, recebeu sua primeira ameaça. Assustara-se e informara ao pai e ao irmão o que estava acontecendo. Dominic decidira aumentar a segurança na Fortaleza e incumbira Tito a designar um de seus homens como guarda pessoal do filho. Dominic quisera levar o caso à polícia, mas Ares se recusou; era um político agora, sabia que defenderia ideias que desagradariam muitas pessoas poderosas. Tornar esse assunto público o tornaria frágil em frente aos inimigos.
Tempos depois, as ameaças cessaram e Ares decidiu que não precisava mais de um segurança pessoal; dispensara o seu e voltara a ter a liberdade que estava acostumado. Porém, não demorou muito tempo para tudo começar novamente, recebia ligações de teor violento, dizendo que se continuasse persuadindo os outros políticos com ideias que não os beneficiavam, estaria assinando sua sentença de morte. Dessa vez, falou apenas com Magno sobre o ocorrido e esse decidiu permanecer ao seu lado já que lhe disse que não queria um segurança vigiando seus passos novamente. Os dois tinham treinamento militar, sabiam se defender sozinhos, mas todo cuidado era pouco, pois não sabiam contra quem teriam que defender-se. A pedido do irmão, Tito e alguns de seus homens sempre estavam por perto. Magno achava que ele não percebia, havia dito que não queria seguranças, mas a preocupação de Magno era grande. Assim como da primeira vez, as ameaças tiveram fim e dias tranquilos se seguiram até a última semana, quando mais uma vez lhe ameaçavam. Dessa vez, não deixaria ninguém se inteirar do que estava acontecendo, esperava que tudo acontecesse como das últimas vezes e as ligações tivessem um fim brevemente, mas não conseguia não se preocupar, pois além dele, Ártemis também havia se convertido no centro das ameaças.
Recusou a ligação outra vez e entrou em sua sala, encontrando Magno organizando alguns papéis. O irmão o olhou com curiosidade, mas antes que falasse algo, ele se adiantou:
— Que bom que voltou — falou Ares. — Nada contra o estagiário que deixou para ajuda a mim e ao nosso pai, mas ele estava me deixando louco com tantos papéis para assinar. Como foi sua viajem?
— Boa! — Respondeu sem dar muitos detalhes e sem desviar a atenção do seu trabalho.
— Está chateado com algo?
— Não, eu estou bem. Só um pouco cansado.
— Então por que não vai para casa e descansa um pouco? Posso ficar com estagiário por mais um dia. Não leve ao pé da letra o que eu lhe disse, não vou enlouquecer realmente.
Magno apenas sorriu.
— Por que você decidiu viajar tão repentinamente? — Perguntou, mudando de assunto.
