Capítulo 4 . Ártemis - A Deusa Cativa

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— Ares não dormiu em casa? — Perguntou Dominic, querendo saber do paradeiro do filho mais velho.

— Eu não sei, pai — respondeu Magno, indiferente. — Não falo com ele desde ontem pela manhã.

— Ele não voltou para casa desde ontem — afirmou Hebe —, me ligou para avisar que iria almoçar fora.

Dominic fazia questão da presença da família nas principais refeições. Dificilmente conseguiam fazer as três juntas, mas pelo menos uma vez ao dia se esforçavam para que isso acontecesse, fosse no café da manhã, almoço ou jantar.

— Estranho você estar em casa quando seu irmão está fora, pensei que sempre saíssem juntos! — Observou Dominic.

— Eu também pensei... — Respondeu Magno, chateado. Com certeza, isso deveria ter algo haver com a "doce" Mel.

— Vocês brigaram? — Perguntou Hebe.

— Não. Estamos bem! — Respondeu.

— Bom dia, Dimitriades — cumprimentou Ares, entrando no jardim onde sua família costumava se reunir no café da manhã.

— Bom dia, querido, estávamos justamente perguntando por você.

— Acabei de chegar, mamãe!

— Não vai trabalhar hoje? — Perguntou ela, vendo que o filho não usava terno.

— Vou, mas não agora pela manhã. Magno pode dar conta do recado por mim — falou, sentando-se ao lado dele e dando-lhe tapinhas nas costas. Magno olhou para Ares, desconfiado; o irmão não costumava faltar ao trabalho.

— Ares, você tem assuntos que Magno não pode resolver — falou Dominic. — Vista-se e vamos

— Não, papai, eu tenho outros assuntos importantes. E não tem nada tão urgente que não possa esperar.

— Devo lembrar-lhe que não é por que você tem uma fortuna a sua disposição que não precisa cumprir com suas obrigações — disse Dominic.

Ares respirou fundo, estava cansado dos ataques do pai.

— Eu nunca deixei de cumprir com as minhas obrigações, independente da quantia que tivesse em minha conta bancária — falou, irritado. — Ir não garante que eu esteja fazendo algo útil. O senhor me mostrou isso: cumpre fielmente o seu horário, em contrapartida, nunca aprova os projetos que beneficiam as massas — atacou. — Não venha falar sobre cumprir obrigações, papai, você não sabe o que isso significa — atirou o guardanapo na mesa e se levantou. — Desculpem, mas perdi o apetite.

Hebe viu o filho se afastar e entrar na mansão. Ficou muito chateada com atitude do marido, que sempre encontrava uma forma de ser inconveniente com Ares.

— Estou farta disso, Dominic. Você vai continuar atacando o seu filho pelas escolhas do seu pai? — Perguntou.

Ele não respondeu. Levantou-se com a pasta na mão e dirigiu-se ao carro onde Tito o esperava. Magno também se levantou, deu um beijo na mãe e o seguiu. O carro logo passou por entre os grandes muros da fortaleza.

A Fortaleza/Ala do Rei - AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora