Capítulo 11

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CAPÍTULO ONZE

Capítulo não revisado, portanto, passível de encontrar erros.

Pouco antes de tocar a campainha do apartamento de Pâmela, Ivana inspirou o mais profundo que conseguiu, tentando conter a sua euforia, a ansiedade crescente dentro de si. Aprumou o corpo, ajeitou o vestido longo e, finalmente, apertou a campainha.

Do interior da casa, a médica ouviu uma música tocando em volume ambiente e logo em seguida, o latido de um cachorro e passos apressados. Logo que a porta abriu-se, a mulher deparou-se com Pâmela.

Imediatamente, faíscas imaginárias cintilaram na troca profunda de olhares delas e a energia gostosa as preencheu. O sorriso perolado da enfermeira iluminou toda face e ela inclinou-se para beijar Ivana.

— É impressão minha ou você está nervosa? — a jovem perguntou cedendo espaço para que a mulher adentrasse o apartamento.

— Um pouco — a mulher riu ao sentir o focinho gelado de Nina tocar sua perna e acariciou a cadela dócil. — Tem alguma coisa pra beber?

Pâmela foi até a cozinha e fez um gesto para que a médica a seguisse, servindo duas taças com um pouco de vinho. Brindaram.

— Pensei em nós o dia todo, Ivana — a moça revelou enquanto sentia o gosto suave da bebida impregnando seu paladar. As duas acomodaram-se em torno do balcão e a enfermeira segurou nas mãos da mulher. — Estou me sentindo uma adolescente nervosa e ansiosa...

As duas riram. A médica sorveu um gole generoso de sua bebida.

— Pior que também estou, mesmo depois daquele dia...

— E eu penso naquela noite sempre! Você me surpreendeu tanto, doutora... — as duas trocaram um beijo rápido.

— Posso te surpreender ainda mais, Pâmela Campos — provocou com um sorrisinho malicioso. — O que preparou para o nosso jantar?

— Minha maior especialidade — a enfermeira apresentou um sorriso convencido. — Macarrão, ué!

— Macarrão de quê? — Ivana perguntou enquanto aproximavam-se do fogão.

— Ah, não sei especificar... Juntei bacon, frango desfiado, milho e coloquei molho de tomate. Parece que ficou bem gostosinho — explicou destampando a panela com o molho. Um cheiro saboroso preencheu o ambiente. — E aqui, fiz o macarrão bem temperado com alho e azeite — apontou para a panela separada.

Ivana abraçou a garota pela cintura e beijou a bochecha dela.

— Estou tão apaixonada por você, Pâmela! Você tem me feito tão bem! — o olhar da médica a condenava. Havia muito amor nas entrelinhas de seus olhos.

E era notável o quanto a presença da garota em sua vida havia a transformado para melhor. Sua pele estava mais bonita, seu rosto mais jovial, seus cabelos mais sedosos e sentia uma enorme motivação em tudo o que fazia.

A garota beijou os cabelos amendoados da mulher carinhosamente.

*.*.*

Após o jantar, o casal seguiu para o quarto de Pâmela. Ivana já estava um pouco embriagada, talvez, houvesse excedido um pouco a dosagem de vinho, porém estava risonha, mais descontraída e menos tensa em vista de quando havia chegado.

As duas estavam deitadas na cama de casal da enfermeira. O corpo da garota estava pousado sobre o da médica e beijavam-se. Inicialmente, roçaram os lábios um no outro, mordidinhas, lambidas, passando pela sofreguidão, alcançando um êxtase impudico de línguas se esfregando uma na outra.

Acasos Da Vida (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora