CAPÍTULO 41 TUDO OU NADA

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"O fracasso lhe subiu à cabeça."

Pitty


Tinha chegado o dia.

O dia em que o jogo ia virar. Dessa vez agia sozinho. Já estava com os passaportes. Quando eles percebessem já estaria do outro lado do país. Não ia cometer o mesmo erro de Alexandra. Que deixou resquícios de suas armadilhas. Ele era Pietro Campbell e não ia deixar rastro.

Pobre Alexandra teve o fim que merecia. Celeste terminaria os dias na prisão, longe de tudo. Privada de tudo. Mas ele não sentia pena. Tiveram um fim digno.


UM DIA ANTES


A polícia não iria lhe pegar, pensava há de 100km/h na BR 316. Maldito Mocotó havia aberto o bico. E agora ela estava em fuga para não ser capturada. Celeste havia ajudado na fuga, infelizmente acabou sendo acusada de cúmplice. Ela não podia fazer nada para ajudar. Ligara para Pietro para ele ir à delegacia prestar auxílio, mas o infeliz não havia atendido. Como ele se recusou a ajudá-la para se vingar enviou as provas que o incriminam à polícia. Os dias de liberdade de Pietro estavam contados. Ele não seria feliz ao lado de Valentina. Pobre Celeste. Só podia agora lamentar. Antes disso ela acabou lhe revelando que era sua mãe. A sua vida toda acreditara que sua mãe estivesse morta, mas não ela sempre estivera ao seu lado e agora ela não podia ajudar. O que deixou mais furiosa foi saber que ela e Valentina eram primas, segundo Celeste era irmã de Neusa e Valentina sua filha.

"Malditos" Gritou esmurrando a volante do automóvel. Percebeu que a polícia estava cada vez mais perto, aumentou a velocidade. "Se acham que vão me pegar estão enganados." Ela jamais iria se entregar.

O fim da linha chega para todos. E para ela não seria diferente. Quando em uma das curvas da estrada em alta velocidade e na contramão o veículo se chocou com uma caminhonete que vinha em sua direção. Não conseguiu frear a tempo e o carro capotou diversas vezes pela estrada. Imediatamente a polícia chegou vendo o carro cair na ribanceira e descer morro abaixo, pegando fogo quando atingiu o solo. Alexandra tinha virado cinzas.

***

— Então é assim que eu a reencontro. — Neusa disse ao vê-la por entre as grades. — Achou que sempre sairia impune de todos os seus crimes.

— O que veio fazer aqui? Veio tripudiar? — Celeste estava furiosa. Mais uma vez Neusa estava se dando bem. Sempre invejara a irmã. O ódio que sentia por Neusa era mortal.

— Não. — Disse com pesar. — Não sabe como lamento que seus dias sejam assim.

— Não preciso de suas lamúrias. — Gritou. — Se eu pudesse acabaria com sua vida.

— É uma pena que nem assim você se arrependa por tudo o que fez.

Ela sorriu debochando da irmã.

— Não espere isso, nunca. — Disse. — Se tem uma coisa que nunca vou fazer é me arrepender é de ter ferrado com a sua vida. Quer dizer tem uma coisa que eu me arrependo. — Encarou com ódio. — É de não ter acabado com sua vida e dos seus malditos filhos.

— Maldita aqui é você! — Revidou. — Olha só onde você está e olha onde eu estou. — Se aproximou das grades. — Sendo muito amada pelos meus filhos. E você está sozinha. Há alguma vantagem nisso? — Meneou a cabeça. — A vida podia ter sido diferente. Eu amo você minha irmã. Nossos pais nos amavam.

— Se entupa com esse seu amor meio a boca. Não preciso do seu amor. — Ela falou com raiva. — Os nossos pais sempre prefiram você a mim. Que você arda no fogo do inferno juntamente com eles.

— Tenho pena de você. Da vida que levou para chegar aqui. — Dizia com pesar — Eles sempre te deram amor e você escolheu o ódio. E olha só aonde ele te trouxe.

— Sai daqui! — Gritou. — E nunca mais cruze o meu caminho.

— Lamento muito por esta situação. Seus dias serão sombrios nesta sela.

Dizendo se retirou. Celeste ficou com todo o seu ódio.

***

Sabia que ela estaria sozinha em casa. Todos a esperaria na igreja. Viu quando Victória saiu de braços dados com Miguel.

Aguardou alguns minutos, logo depois ele entrou na casa.

Quando a viu vestida de noiva sorriu radiante.

— Pietro?! — Estranhou ele está ali. — Você não voltaria hoje para Nova York?

— Estou indo. — Ele disse. — Ou melhor eu não iria a lugar sem você.

— Não estou entendendo. — Falou erguendo uma das sobrancelha. Ela deu-lhe as costas e ele aproveitou a deixa, retirando do bolso um lenço. — Preciso ir, não posso me atrasar.

Quando virou-se ele a surpreendeu segurando e levando ao nariz dela.

— Pie.. —Mas sua voz morreu ali ela desmaiou em seus braços.

Sem perder tempo ele carregou no colo levando até seu carro.

— Nossa lua de mel será em Paris, meu amor. — Disse quando acomodou ela no banco de passageiro. Contornou o carro e se dirigiu ao volante. A rua estava deserta ninguém a viu.

Ele não percebeu mas Steves estava afastado naquele instante observando toda a cena.

Foi até o orelhão e ligou para a polícia informando do sequestro.

Sem demora estava na igreja.

— Quem convidou esse verme pro casamento? — Miguel indagou revoltado. Por mais que Miguel não gostasse da ideia Steves acabara revelando ser o pai de Edgar e não teve outro jeito senão confirmar. Edgar tentava se aproximar de Steves, mas ele deixara bem claro que jamais o veria como pai. Seu pai era e sempre seria Miguel.

— Fui eu. — Edgar disse. Estava tentando conviver pacificamente com ele. Mesmo não considerando como seu pai. Desejava viver bem e ter paz.

— Não estou aqui para causar confusão. — Steves anunciou. — Vim por outro motivo. — Todos se calaram. — Valentina foi sequestrada.

— Sequestrada? — Miguel repetiu atônito.

— O quê? — Edgar se desesperou.

— Onde está a minha filha?

— Quem a levou?

Todos falavam ao mesmo tempo.

— Pietro.

Edgar sentou. Maldito Pietro ele não se conformava que Valentina não amava ele.

— Vamos ligar para a polícia. — Pedro disse.

— Já liguei do orelhão. — Steves disse.

— E o que estamos esperando para irmos agora para o aeroporto. — Neusa falou. — E impedir que ele leve Valentina para fora do Brasil.

Deixaram a igreja.

A polícia já estava a caminho do aeroporto.

FOI O SEU AMOR [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora