FOI O SEU AMOR [COMPLETO]

CAPÍTULO 13 NOVOS CAMINHOS

 "Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua." 

Pedro Bial

NOVA YORK

Alie tinha 24 anos de idade era formada em psicologia e psicoterapia, recentemente havia conseguido abrir sua clínica e assim podia atender pessoas que sofriam de algum trauma psicológico. Atendia as segundas e quartas- feiras na clínica e nos dias subsequentes fazia trabalhos voluntários, prestando auxílio aqueles que não tinha condições de pagar pelo tratamento ou consulta. Há poucos menos de dois meses ela abriu um convênio com o Hospital Prestando Serviços Populares no qual o doutor Edmundo formado em neurociência era diretor. Atendia gratuitamente aos domingos e feriados. Amava a sua profissão. A área que envolve a psique humana sempre a deixava curiosa, tanto é que acabou prestando vestibular em uma Universidade em Nova Iorque e fora aprovada em 2º lugar. Atualmente havia feito pós-graduação e logo prestaria mestrado.

Seus pais não eram pessoas ricas, mas jamais deixou que lhe faltasse nada e sempre havia estudado nas melhores escolas. Seus pais eram brasileiros, mudaram-se para Nova Iorque quando ela tinha 11 meses de vida e desde então nunca retornaram. Ela tinha muita vontade de conhecer o Brasil, sabia que havia parentes seus lá, mas não tinha contato de nenhum deles. Seus pais jamais conversavam a respeito, mas de acordo algumas conversas que pegaram no ar sua mãe tinha uma irmã que havia roubado todas as economias que ela e seu pai haviam acumulado e desde então há mais de 20 anos só restava desavenças de ambas as partes.

Parou o carro no estacionamento e desceu indo diretamente para a recepção. Joice, sua secretária já estava a postos. Sempre era pontual.

— Bom dia, Srta. Californe!

— Joice, Joice! — Ela não gostava de tais formalidades. — Quantas vezes eu já te disse que não gosto que se dirija a mim dessa maneira. — Sabia que ela só dizia aquilo para provocar. Joice era uma boa pessoa e ótima secretária. E ela se dava muito bem com a garota. Joice tinha quase a sua idade.

— Eu sei, é que eu adoro irritá-la... — Sorriu-lhe.

— E eu não sei! — Retribuiu o sorriso. — Bom dia, Joice.

— Alie e quanto aos seus documentos conseguiu reaver? — Questionou antes que ela entrasse em sua sala. Alie havia sido assaltada dias antes e os ladrões levaram a sua carteira com todos os seus documentos.

— Infelizmente, não. — Respondeu. — Tive que tirar a segunda via de todos os meus documentos, acredita?

— Hum, que chato! — A polícia também não havia conseguido capturar os bandidos. Eles sumiram como se nunca tivesse existido.

— Mas agora está tudo ok! — Assegurou. — Qualquer coisa pode me chamar em minha sala. — Dizendo isso entrou em sua sala. Sentou em sua cadeira e ficou folheando a sua agenda para ver qual era os seus compromissos da manhã.

Algumas horas se passaram o telefone em sua mesa tocou era Joice.

— Oi, Joice!

— Doutora, há uma senhora querendo falar com você, o nome dela é... — Procurou o nome em seguida falou. — Neusa Farias, posso transferir a ligação para sua linha?

— Claro, Joice. — Logo depois ela conversava com a mulher que se dizia Neusa Farias.

— Bom dia, Sra. Farias. Em que posso ajuda-la. — Houve uma pausa logo depois ouviu a voz da mulher ao telefone.