Capítulo 11

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Falei que postaria no sábado, mas não me aguentei, então aí está o último capítulo. Aguardem o epílogo que pode sair amanhã ou sábado, tudo depende do quão surtada estarei.
Boa leitura e espero que gostem❤



Eu não podia fazer nada para proteger meu povo, mas eu não iria ficar quieta em Asgard enquanto os asgardianos lutavam por mim. Eu precisava estar lá. Meu povo precisava de mim. Eles precisavam de sua rainha. Sua rainha fraca, que nunca se compararia a rainha Runa, mas ainda assim sua rainha. E eles precisavam ver que não desisti deles. Que eu morreria junto deles se preciso.

Quando chegamos o castelo foi tomado rapidamente pelos asgardianos e os prisioneiros libertados. Assim que teve a chance Loki me convenceu a ficar lá. Ele não conseguiu sossegar até me deixar em segurança e seguiu para a luta acontecendo do lado de fora.

Alguns Nótt estavam fugindo de volta para o outro lado muralha. Pelo que sabia havia uma brecha nela. Algo ou alguém a havia causado. Minha maior preocupação agora é fechar ela após o final da luta, mas não tenho ideia de como fazer isso.

Os Dagur que estavam nas masmorras foram soltos e muitos foram para a batalha. E eu, ainda me sentindo impotente, tive que ficar lá dentro.

A primeira pessoa conhecida que vi foi Agni e ela vinha furiosa em minha direção.

-Isso tudo que está acontecendo é sua culpa! Você não protegeu o seu povo, você não tem o menor direito de ser a rainha!-mais um pouco e ela pularia em mim, mas Gerda parou na frente dela antes disso.

-E quem tem esse direito, Agni? Você?-Gerda pergunta e Agni cerra os dentes e olha para mim a ignorando.

-Aslaug seria muito melhor rainha do que você. Você acabará com o nosso povo em um piscar de olhos. Mas eu não estarei aqui para ver isso!-ela grita apontando o dedo. Paro ao lado de Gerda. Eu não me esconderia de Agni atrás de uma mulher grávida, eu podia ser fraca, mas não a esse ponto.

-O que quer dizer?-pergunto.

-Não há nada mais me prendendo a Eldur. Eu não tenho família e meu marido foi assassinado na minha frente. Quando isso acabar, eu vou entrar o primeiro portal que vir e nunca mais olhar para trás. Não serei comandada por uma rainha fraca.-ela diz amarga e se vai a passos pesados.

Uma sensação ruim se apossa de meu corpo. Tinha esperanças de que Hakon estivesse vivo. Que minha fuga tivesse de alguma forma atrapalhado. Mas infelizmente não foi o que aconteceu. Eu havia perdido meu amigo e quem sabe quantos mais. Lágrimas tentam escapar de meus olhos, mas Gerda me puxa para um abraço.

-Não dê ouvidos a ela. Você será a melhor rainha que Eldur poderá ter.-assinto ainda em seu abraço.

-Você está bem? Onde estão...-os gritos da batalha parecem se intensificar e, contra todos os avisos que Loki havia me dado, me aproximo e olho pelas janelas. Gerda me segue.

-Aquele é Rurik?-Gerda pergunta espantada.

-Sim.-respondo tão espantada quanto ela observando meu melhor amigo deixando todos ao redor cegos pela fumaça espessa. Logo não via mais nada, apenas ouvia o barulho das lâminas e gritos de dor. O que parecia tornar tudo pior.

***

Acabou.

A luta havia acabado.

Os Nótt que sobreviveram tiveram o bom senso de voltar pela brecha na muralha que misteriosamente desapareceu os prendendo novamente lá dentro. Não haviam prisioneiros, exceto um, e não intencional. Gullveig havia prendido ele. Draken. Foi preso por me ajudar a fugir. Eu resolveria o que fazer com ele depois, antes tinha muitos outros problemas a resolver. A começar por todas as mortes.

Betrayal • Loki •Onde histórias criam vida. Descubra agora