(Sol se distrai)
AG- O que foi, mamãe?
S- Nada, meu amor. Olha, vamos dormir, porque amanhã temos que acordar cedo para ir visitar a madrinha lá no hospital. E nesse você pode ir.
AG- Boa noite, mãe.
S- Beijo, meu amor. (Da um beijo nela) Boa noite. Durma com os anjinhos.
(Amanda mais uma vez surpreende Sol ao responde-la)
AG- Já durmo com eles sempre! Boa noite.
(Ela vira para o canto, deixando sua mãe que estava prestes à sair do quarto, muito mais surpreendida.)
(Assim que sai do quarto de sua filha e vai diretamente ao seu, Sol entra em seu quarto estranhando tudo depois da conversa que teve com a menina.)
I- Ela dormiu?
(Perguntou Ivan que já permanecia na cama à espera dela)
S- A Girassol me contou sobre o sonho dela.
I- Que sonho?
S- Que ela teve com a Yara. Curando-a. Dizia ela que foi quase um sonho. Parecia mais realidade, né?!..Ai, Ivan, não sei não, mas isso não é normal.
(Diz ela preocupada)
I- Qual foi, Sol? Não é normal pra você sonhar que você está curando outra pessoa?
S- Não. Ela ter esses sonhos recorrentes sempre. Você sabe o que ela disse?: Que nesse sonho ela era uma jovem e que estava na praia [...] (Conta o sonho)
I- Amor é só um sonho.
S- Não Ivan...sei lá. Ela me dizendo, não aprecia um sonho mesmo. Ela disse que não é a primeira vez que ouve essa tal voz aí dizendo algo pra ela. E essa jovem é a Amanda. Sempre está na praia.
I- E você está achando o que?
S- Eu não estou achando nada. Quer dizer...não sei ainda. Isso está estranho.
I- Ai meu amor (vai até ela e abraça-a por trás) você e essas suas preocupações . Vamos dormir. Amanhã temos que acordar cedo.
..............................
[DIA SEGUINTE/HOSPITAL]
(O sufista que saiu com Lúcia e que já derrubou o "sorvete" de Yara, aparece no hospital. Miguel além de ser um rapaz bem fora do estilo todo "certinho", ele é um grande Médico. E trabalha no hospital, onde sua pimentinha (Yara) está internada.)
(Miguel e seu pai que é Diretor do hospital, conversam seriamente)
D- Miguel, essas suas faltas aqui no hospital está prejudicando muito.
M- Foi mal, pai. Eu estou com problema aí..
D- Foi mal?. Foi péssimo, Miguel. Parece que você quer dar mais esforço para aquela prancha muito nada haver, do que um emprego que salva vidas.
M- Eu não estava surfando. Não vou fazer mais isso. Não falto mais.
D- Teve um paciente que precisou de você. Se não fosse o Doutor Mauricio, o substituto, o paciente nem aqui estaria mais.
M- Desculpa.
D- Hoje você tem plantão. A noite toda. Pra recompensar a falta que você deixou aqui. Dois dias logo.
M- Poxa, pai, dois dias? Assim eu não aguento.
D- Aguenta. Você aguenta ficar em pé sei lá quantas horas naquela prancha, então consegue ficar em pé dois dias salvando vidas. Vai, pega aqui. Vê o quadro deste paciente nessa sala.
M- O que houve com ele?
D- Foi baleado. Saiu da UTI recentemente. Está melhor. Mas é sempre bom checar. Vai lá.
(Miguel sai da sala de seu pai e caminha até a sala do paciente)
(Assim que chega lá, ele abre a porta..)
M- Bom dia!
(Ele olha bem para o paciente, quando vê que é Yara. )
Y- Como Deus é bom comigo, gente! Tinha que colocar esse troço logo aqui.
(Miguel se aproxima da amiga de Sol, preocupado)
M- O que houve com você?
Y- Você que é o Médico e não sabe?
M- Então foi você que foi baleada...Nossa... Você está se sentindo bem?
Y- Estou.
M- Foi de raspão?
Y- Não. Foi profundo mesmo. Agora vê logo o que você tem que ver em mim e sai da sala.
(Miguel vai checando os batimentos de Yara e marcando tudo)
Y- Você não tem pinta de Doutor não.
M- E tenho que ter? (Pergunta ele concentrado no que estava fazendo)
Y- Muitos tem.
Y- Seu quadro aparenta estar ótimo.
Y- Que calor que está aqui, né?
(Disse se abanando)
M- Eu sei que eu sou bonito.
Y- Você é horrível, isso sim. Mas, não, é sério...Está quente aqui.
(Disse ela quase vermelha e soada)
M- Mas a temperatura do ar está fria.
(Ele verifica a temperatura dela com sua mão erguida à testa dela)
M- Você está soando demais.
Y- Faz alguma coisa logo. Você não é médico?
M- A sua pressão..
(Ele olha o quadro e vê a pressão dela baixa)
M- Sua pressão está baixa. Vou pegar um comprimido, já volto.
.
.(Segundos depois....)
M- Aqui. Bebi.
(Ela pega o comprimido e coloca em sua boca, depois, ele pega o copo de água e coloca na boca dela. Fazendo-a que Yara coloque sua mão em cima da dele onde segura o copo)
M- Agora descansa.
Y- Obrigada.
M- O que você disse?
Y- Obrigada.
M- Nossa, agora eu vi esse seu lado bom.
Y- Quer me deixar nervosa?
M- Não quero correr este risco.
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Dois Corações E Um Só Amor. (1°Versão- COMPLETO)
Short StoryTudo acontece em São Paulo, na comunidade Paraisópolis, onde vive uma jovem chamada: Sol Garcia, que consegue arrancar encantos de seu namorado, dono da comunidade. Ray. E inveja em certas pessoas. Ray e Sol vivem um romance. Apaixonados um pelo out...