Capítulo 70

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Y- Diz a Girassol que eu a amo muito. Logo, logo eu estou de volta.

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(Alguns minutos depois, Ivan e Sol conversam andando pelo corredor do hospital)

S- Quando a Yara sair do hospital, eu vou tirar uns dias para ficar com ela em casa. Quero cuidar dela.

I- Você que manda.

(Doutor encontra os dois)

D- A Yara tem sorte de ter amigos que nem vocês. Não saiam de perto dela um minuto.

S- Ah, daqui eu não saio.

I- Já disse para eu e ela irmos em casa descansar, Doutor, mas ela não quer. Insisti em ficar.

D- Verdade, é melhor você ir para casa. Vocês estão aqui desde manhã .

I- Estamos aqui desde da UTI, não dormimos nada ainda. Fomos para casa, comemos, tomamos banho e viemos direto pra cá.

D- Pois então vocês podem ir para casa tranquilos, ela está bem. Agora que ela saiu do estado que estava, vocês não podem piorar, né?! Tem que estar firme e fortes. Podem ir, qualquer coisa ligaremos para vocês.

S- E se acontecer alguma coisa?

D- No estado em que ela está? Acho muito difícil.

S- Tá, então iremos para casa. Mas antes eu vou passar no quarto dela pra se despedir.

D- Fica a vontade.

(Sol vai até a sala de sua amiga)

S- Yara, eu estou indo embora, minha amiga. Mas se você quiser que eu fiquei aqui com você esta noite, eu fico, não tem problemas..

Y- Não, não, que isso, vão para casa você e o Ivan. Vocês dois precisam descansar. Já fizeram demais por mim vocês.

S- Eu ainda acho pouco.

Y- Pode ir tranquila. Eu estou bem.

S- Meu medo é de acontecer alguma coisa...

Y- Amiga, não vai acontecer nada. Vai tranquila. Vou ficar bem.

(Ivan entra no quarto)

I- Está melhor, maluca?

Y- Sim.

I- Olha, a gente já está indo. Mas amanhã estamos de volta.

S- Se duvidar até cedo estamos aqui.

Y- Que isso, podem ir tranquilos.

(Sol deixa um beijo no topo da cabeça dela)

S- Fica bem.

I- Tchau, Yara! Fica bem aí, minha amiga.

(Diz Ivan ao cariciar os cabelos de Yara)

I- Amanhã estamos aqui de novo.

S- Beijo, amiga.

Y- Tchau, gente!

(Assim que eles saiam, Yara avista o desenho que Girassol tinha desenhado para ela. Ela estica sua mão e pega o desenho que permanecia em uma mesinha ao seu lado. Assim que ela pega, abre-a e começa a reparar no desenho lindo)

Y- Que menina iluminada é essa.

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(E ao saindo do hospital, Ivan recebe uma ligação de Karina)

I- Alô?

K- Oi, Ivan. Sou eu, Karina.

I- Ah, oi.

K- Preciso falar com você.

I- Depois  falamos sobre isso. Agora não é o momento. Depois eu te retorno.

(Ele desliga)

S- Quem era?

(Pergunta Sol que havia estar ao lado dele na hora da ligação)

I- Sobre trabalho. Nada demais.

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[ANOITECE]

(Sol estava arrumando a cama de sua filha para ela ir dormir)

S- Pronto filha. Já escovou os dentes?

AG- Já.

S- Certo.

(As duas sentam na cama)

S- Filha, eu queria saber mais sobre esse sonho que você teve com a sua madrinha que tem até o desenho no meio. Como foi esse sonho?

AG- Foi quase um sonho. Parecia realidade mesmo.

S- E como é que foi isso?

AG- Eu estava andando pela praia, mas não era eu neste tamanho. Minha idade era outra. Uma jovem parece, não sei..

S- E como você sabia que ali era você?

AG- Porque uma voz super estranha me chamava. Mas eu sabia que era eu ali porque era a única pessoa que estava na praia. Sentir na alma cada emoção. Daí depois apareceu a madrinha, ela tinha aparecido deitada em uma maca sobre a areia e cheio de aparelhos pelo corpo. E a voz que me chamava, dizia para mim que eu tinha que salvar a madrinha maluca. Mas eu não sabia como. Eu lembro que eu fui até a madrinha, peguei a minha pulseira e coloquei a minha mão sobre a cabeça dela. Fechei meus olhos e neste momento, eu sentia uma forte sensação profunda dentro de mim, ventos me rodeavam e eu estava ali, de olhos fechados e com a mão sobre a cabeça da madrinha. Depois eu abrir os olhos e ela não estava mais lá.

S- E pra onde ela foi?

AG- Não sei, mãe. Mas daí aquela voz me dizia que eu tinha acabado de salvar a vida da minha madrinha. Ah, e não foi a primeira vez que eu sonho com essa voz e com essa jovem.

S- Não?

AG- Naquele dia em que eu acordei querendo a minha pulseira, ela tinha aparecido pra mim no sonho.

S- Verdade, você tinha comentado comigo. Mas filha, essa mulher, que fala com você em seus sonhos, você não consegue reconhecer a voz?

AG- Não. A voz era grossa, mas era de mulher sim. Mãe, essa pulseira ela tem algo de especial? Ou até um poder?

S- Olha filha, especial ela é, mas eu não sabia que o especial dela chegaria nesse ponto. E poderes eu acho...sei lá filha. Minha avó que tinha me dado ela de presente.

AG- A sua vovó tinha algum poder?

S- Não. Ela era vidente, na verdade. Ela era uma mulher espirita. E assim que ela me entregou esta pulseira, eu sentir na hora que uma pessoa especial iria entrar na minha vida e não se separasse de mim mesmo depois da morte.

(Depois de falar isso, as duas se olham fixamente.)

Dois Corações E Um Só Amor. (1°Versão- COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora