Capítulo 65

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(Depois de chamarem a ambulância, Yara é levada urgentemente para o hospital, acompanhada de Ivan, Sol e Ray. Assim que chegam no hospital, eles levam rapidamente ela para sala de cirurgia)

I- Calma meu amor, ela vai ficar bem, tudo vai ficar bem.

(Dizia Ivan tranquilizando Sol que estava agoniada)

(Ela senta na cadeira e tenta ficar calma, mas impossível. Ray entrega um copo de água para ela. Entrega-se na mão dela)

R- Bebi, Sol.

I- E você? Está fazendo o que aqui ainda?! Você viu o que você fez?

R- Vocês e a Yara sabem muito bem que não era ela que eu queria ter atirado. Não vem de caô pra cima de mim, não. Eu ia atirar em você. (Fala ele baixo)

S- Chega vocês dois, pelo amor de Deus. Aqui não.

(Pede Sol com a cabeça abaixadas apoiando-se em suas mãos agoniada)

I- Da pra você ir embora?

R- Eu só saio daqui quando eu souber se a Yara está bem.

S- Ivan deixa ele. Fica na sua. Deixa ele.

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.

(A babá de Amanda estava desligando a ligação que Sol tinha acabado de telefonar para falar sobre Yara. Amanda se aproxima dela)

AG- Era a minha mãe?

T- Era sim!

AG- Eu queria falar com ela.

T- Seus pais vão chegar tarde hoje, Girassol. Acho que vou ter que passar a noite aqui com você.

AG- Por que?

T- Vem, sente-se aqui.

(Ela pega na mão da menina e leva até o sofá)

T- Sua madrinha está no hospital.

AG- Mas no hospital fazendo o que?

T- Ela se feriu, então seus pais vão ficar com ela lá no hospital.

AG- Se feriu? Como?

(Pergunta preocupada)

T- Eu não sei ainda, meu amor. Quando sua mãe chegar...

AG- Eu quero ir no hospital. Eu quero ver a minha madrinha.

T- Não, você não pode ir.

AG- Por que?

T- Porque hospital não é lugar de criança ficar e também sua madrinha está num lugar onde você não pode ir visita-la.

AG- Ela vai morrer?

(Pergunta ela com os olhos lacrimejando)

T- Não que isso, ela não vai morrer. Sua madrinha tem muito que viver ainda. Só temos que orar por ela neste momento.

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[RAY E RUBY]

(Distante do hospital, Ray encontra Ruby)

RA- Pega a fita aqui.

(Entrega à ele o revólver dentro da sacola)

RU- Que mira ruim, hein. Foi acertar logo na Yara.

RA- Cala a boca, mano, eu não acertei nela porque quis. Minha mira era naquele folgado.

RU- E o que esse revólver está fazendo com você? Não era pra deixar isso lá em São Paulo?

RA- Isso não importa agora, mano. O que importa é a vida da Yara. Vou ficar aqui até saber como ela está. Agora vai, leva essa fita e guarda lá nas minhas coisas. E cuidado.

RU- Pode deixar.

(Ray se despede de Ruby e volta à caminho do hospital. Assim que ele entra, encontra Ivan e ela conversando)

I- Quer comer alguma coisa?

S- Não, não quero comer nada.

I- Eu liguei lá na empresa e pedi pra desmarcar todos os compromissos da Yara que ela tinha nessa semana.

S- Que bom. Mandava dispensar o meu também, não vou deixar ela sozinha em casa nesse estado.

I- Depois conversamos sobre isso.

(Ray se aproxima dos dois)

R- Ei, Sol, não é melhor você ir tomar um ar?

S- Já falei que eu não vou sair daqui.

R- Bora lá, mano, eu te levo.

I- Leva coisa nenhuma. (levanta e enfrenta-o) Quem tem que levar ela sou eu. Aliás, está fazendo o que aqui ainda? Já não basta a besteira que você fez.

R- Na moral, você dobra essa sua língua, pra falar nesse tom comigo.

S- Se forem brigar, vão para fora, aqui não, já basta.

(O Doutor aparece e deixa os três com o coração acelerados de ansiedade)

Doutor- Parentes da Yara?

S- Oi, é sim! E aí, Doutor? Como ela está?

Doutor- Olha, o tiro não foi de raspão e mesmo sendo ou não, ele pode trazer grave situações. Finalizamos a cirurgia, conseguimos retirar a bala que estava afetada no peito dela, mas com a hemorragia que ela deu....

S- Ela deu hemorragia? (Interrompe Sol)

Doutor- Infelizmente sim. O quadro dela está nos preocupando muito.

I- Mas ela deu mais algum tipo de reação tirando a hemorragia?

Doutor- Não. Ainda bem que não. Mas eu tenho que dizer à vocês que se a hemorragia continuar permanecendo e prejudicar o quadro dela, isso pode levar ela em óbito.

S- O Doutor está querendo dizer também que a Yara está...

Doutor- Entre a vida e a morte. Eu sinto muito. Neste momento ela precisa de muita energia positiva. Ela precisa. Licença.

(O doutor se retira da recepção, deixando Ray e Ivan abalados e Sol sem chão. A loira começa a chorar e é amparada por Ivan, que abraça a loira)

I- Calma, fica calma...Ela vai ficar bem... Vamos para casa? Amanhã voltamos.

S- Não, eu não vou deixar a minha amiga sozinha aqui.

(Responde ela aos choros)


Dois Corações E Um Só Amor. (1°Versão- COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora