(Depois de chamarem a ambulância, Yara é levada urgentemente para o hospital, acompanhada de Ivan, Sol e Ray. Assim que chegam no hospital, eles levam rapidamente ela para sala de cirurgia)
I- Calma meu amor, ela vai ficar bem, tudo vai ficar bem.
(Dizia Ivan tranquilizando Sol que estava agoniada)
(Ela senta na cadeira e tenta ficar calma, mas impossível. Ray entrega um copo de água para ela. Entrega-se na mão dela)
R- Bebi, Sol.
I- E você? Está fazendo o que aqui ainda?! Você viu o que você fez?
R- Vocês e a Yara sabem muito bem que não era ela que eu queria ter atirado. Não vem de caô pra cima de mim, não. Eu ia atirar em você. (Fala ele baixo)
S- Chega vocês dois, pelo amor de Deus. Aqui não.
(Pede Sol com a cabeça abaixadas apoiando-se em suas mãos agoniada)
I- Da pra você ir embora?
R- Eu só saio daqui quando eu souber se a Yara está bem.
S- Ivan deixa ele. Fica na sua. Deixa ele.
.
.
(A babá de Amanda estava desligando a ligação que Sol tinha acabado de telefonar para falar sobre Yara. Amanda se aproxima dela)
AG- Era a minha mãe?
T- Era sim!
AG- Eu queria falar com ela.
T- Seus pais vão chegar tarde hoje, Girassol. Acho que vou ter que passar a noite aqui com você.
AG- Por que?
T- Vem, sente-se aqui.
(Ela pega na mão da menina e leva até o sofá)
T- Sua madrinha está no hospital.
AG- Mas no hospital fazendo o que?
T- Ela se feriu, então seus pais vão ficar com ela lá no hospital.
AG- Se feriu? Como?
(Pergunta preocupada)
T- Eu não sei ainda, meu amor. Quando sua mãe chegar...
AG- Eu quero ir no hospital. Eu quero ver a minha madrinha.
T- Não, você não pode ir.
AG- Por que?
T- Porque hospital não é lugar de criança ficar e também sua madrinha está num lugar onde você não pode ir visita-la.
AG- Ela vai morrer?
(Pergunta ela com os olhos lacrimejando)
T- Não que isso, ela não vai morrer. Sua madrinha tem muito que viver ainda. Só temos que orar por ela neste momento.
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[RAY E RUBY]
(Distante do hospital, Ray encontra Ruby)
RA- Pega a fita aqui.
(Entrega à ele o revólver dentro da sacola)
RU- Que mira ruim, hein. Foi acertar logo na Yara.
RA- Cala a boca, mano, eu não acertei nela porque quis. Minha mira era naquele folgado.
RU- E o que esse revólver está fazendo com você? Não era pra deixar isso lá em São Paulo?
RA- Isso não importa agora, mano. O que importa é a vida da Yara. Vou ficar aqui até saber como ela está. Agora vai, leva essa fita e guarda lá nas minhas coisas. E cuidado.
RU- Pode deixar.
(Ray se despede de Ruby e volta à caminho do hospital. Assim que ele entra, encontra Ivan e ela conversando)
I- Quer comer alguma coisa?
S- Não, não quero comer nada.
I- Eu liguei lá na empresa e pedi pra desmarcar todos os compromissos da Yara que ela tinha nessa semana.
S- Que bom. Mandava dispensar o meu também, não vou deixar ela sozinha em casa nesse estado.
I- Depois conversamos sobre isso.
(Ray se aproxima dos dois)
R- Ei, Sol, não é melhor você ir tomar um ar?
S- Já falei que eu não vou sair daqui.
R- Bora lá, mano, eu te levo.
I- Leva coisa nenhuma. (levanta e enfrenta-o) Quem tem que levar ela sou eu. Aliás, está fazendo o que aqui ainda? Já não basta a besteira que você fez.
R- Na moral, você dobra essa sua língua, pra falar nesse tom comigo.
S- Se forem brigar, vão para fora, aqui não, já basta.
(O Doutor aparece e deixa os três com o coração acelerados de ansiedade)
Doutor- Parentes da Yara?
S- Oi, é sim! E aí, Doutor? Como ela está?
Doutor- Olha, o tiro não foi de raspão e mesmo sendo ou não, ele pode trazer grave situações. Finalizamos a cirurgia, conseguimos retirar a bala que estava afetada no peito dela, mas com a hemorragia que ela deu....
S- Ela deu hemorragia? (Interrompe Sol)
Doutor- Infelizmente sim. O quadro dela está nos preocupando muito.
I- Mas ela deu mais algum tipo de reação tirando a hemorragia?
Doutor- Não. Ainda bem que não. Mas eu tenho que dizer à vocês que se a hemorragia continuar permanecendo e prejudicar o quadro dela, isso pode levar ela em óbito.
S- O Doutor está querendo dizer também que a Yara está...
Doutor- Entre a vida e a morte. Eu sinto muito. Neste momento ela precisa de muita energia positiva. Ela precisa. Licença.
(O doutor se retira da recepção, deixando Ray e Ivan abalados e Sol sem chão. A loira começa a chorar e é amparada por Ivan, que abraça a loira)
I- Calma, fica calma...Ela vai ficar bem... Vamos para casa? Amanhã voltamos.
S- Não, eu não vou deixar a minha amiga sozinha aqui.
(Responde ela aos choros)
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Dois Corações E Um Só Amor. (1°Versão- COMPLETO)
ContoTudo acontece em São Paulo, na comunidade Paraisópolis, onde vive uma jovem chamada: Sol Garcia, que consegue arrancar encantos de seu namorado, dono da comunidade. Ray. E inveja em certas pessoas. Ray e Sol vivem um romance. Apaixonados um pelo out...