Capítulo 12

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_Ema o que tu achastes do comunicado de Eduard?

_Achei inspirador como todos os outros.

_Será que agora irão me aceitar melhor?

_Eu creio que sim.

Quando a porta da biblioteca foi aberta o coração de Liza quase saiu pela boca eram tantos livros, muito mais livros do que um dia já havia visto, a biblioteca era tão grande, cheia de prateleiras, livros que não acabava mais, manuscritos, mapas e muitas escrituras haviam ali também.

_Quantos livros Ema!

_É que toda vez que vossa majestade o falecido rei saia para alguma viagem ou expedição voltava com alguns livros, então assim que Eduard tornou-se rei ele começará a fazer o mesmo, mas atualmente ele não viaja mais.

_E ele já leu esses livros?

_Presumo que sim!

_Há livros em latim! _disse assim que pegou em suas mãos um livro na lingua que achava uma das mais lindas.

_Os sacerdotes da igreja doaram ao rei muitos livros e manuscritos, ainda doam, mas com menos frequência do que antes. Deve ser porque o rei não vai mais á igreja!

_Quando eu estava vindo para cá, vi uma igreja belíssima, com lindos vitrais, adoraria ir lá qualquer dia.

_A catedral renascente!

_Esse é o nome da catedral?

_Foi dado esse nome, pois a catedral renasceu das cinzas da antiga catedral que pegará fogo alguns anos atrás.

_Nossa que história!

_E mal é o começo, pois os vitrais que vira possui a imagem dos que morreram queimados na catedral naquele final de tarde. E uma das pessoas que morreram aquele dia foi a rainha, a falecida esposa de vossa majestade o rei Eduard e se sua morte já não fosse uma tragédia ela morrerá estando gravida, prestes a dar a luz. E estavam presentes muitas crianças também...

_Nossa Ema não sei nem o que falar!

_A rainha havia ido lá para levar comida e algumas roupas para as crianças, como fazia todo mês. Aproveitou para acender uma vela ao rei que havia morrido dias antes e para pedir que o padre abençoasse o bebe que estava prestes a chegar a este mundo.

Então caíram dos olhos de Elizabeth lagrimas, pela dor que Eduard deveria sentir, perderá o pai e dias depois a mulher e o filho que nem tivera a chance de conhecer. Ela também havia uma cicatriz no coração, pois perder a mãe fora muito difícil, mas nem se compara a dor que ele sente, não chega nem perto do vazio que Eduard devia sentir.

_Não chore Elizabeth, tu não teve culpa, como o rei disse tu não pode carregar os pecados de vosso pai.

_COMO? _grita Elizabeth chocada com o que Ema acabará de lhe falar. _COMO ASSIM? TU... Quer dizer que... meu pai...  nem conseguiu continuar e saiu correndo para seu quarto.

_Liza?! _entra Nícolas logo em seguida.

_Nícolas tu ouviu o que ela disse?! Meu pai agiu como um monstro! _assim que disse isso ela acabou desabando no chão, Nícolas se aproximou dela e a abraçou.

_Seu pai deve ter tido seus motivos! E provavelmente nem deveria saber que ela estava lá.

_Ele não matou só ela, como também matou muitas crianças... eram apenas crianças Nícolas!

_Eu sei... não há como justificar isso, mas Elizabeth tu não pode condenar seu pai sem saber seus motivos e assim como ele poderia não saber que ela estava lá aquele dia ele também poderia não saber das crianças.

Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora