Capítulo 29

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Elizabeth ainda não queria falar com vosso pai, porém uma hora ou outra teria que encarar a verdade frente a frente e não tinha mais como adiar.

_Pai! _disse ela entrando na sala que era de Eduard e onde seu pai se encontrava no momento. 

_Saiam todos, deixem-nos a sós _ordenou o rei para que todos os pressentes ali saíssem e reverenciando diante das majestades foi o que fizeram _ Sim agora pode falar minha querida!

_Pai porque tu não deixaste que ele falasse? _perguntou com seus olhos marejados. 

_Eu imaginei que fosse só um guarda e que queria pedir clemencia por sua vida.

_E se ele só quisesse pedir clemencia por vossa vida? O que tem de errado nisso? Tu sempre foste um rei bondoso e generoso, cade meu pai? 

_Seu pai ficou em Greenfild quando entraste naquela carruagem e o abandonaste, teu pai princesa Elizabeth ficou sem dormir pensando em sua filha que estava em território inimigo, ele passou noites em claros planejando sua vitoria e imaginando a cena de quando ganhasse ter sua filha de volta. 

_Pai eu sinto muito, mas esse homem que planeja vingança, que almeja tanto vitória não é meu pai, pois ele era um homem que pensava em seu povo, no bem estar do reino, que colocava seus deveres de rei acima da família, porém que fazia de tudo para se manter presente, esse era meu pai e não esse homem frio e calculista que só quer tomar os reinos dos outros. 

_Elizabeth parece não entender, acabamos de tomar o reino de Ligthforts um dos cinco grandes reinos, para conquistar os outros é só questão de tempo, para nós minha filha o céu é o limite. 

_Eu não consigo acreditar no que meus ouvidos acabaram de ouvir, tornastes tudo o que não querias que eu fosse quando me tornasse rainha, tu virou o rei que dizias que Eduard era.

_A não venha me comparar com aquele ser repugnante.

_Tu que eres repugnante e nem percebera. 

_Ainda não compreende, mas logo ira entender e quando esse dia chegar tenha certeza que estará ao meu lado. 

_Jamais estarei ao seu lado pai quando for para tirar a vida de inocentes, assim como fizestes com as crianças que estavam na catedral que mandara incendiar. 

_A me lembro como se fosse hoje o grito daquelas pobres almas, se não me estou esquecido a princesa de mulher daquele fátuo estava la e ainda por cima gravida.

_Como consegue dormir a noite depois de tudo que fizestes? 

_Eu fiz o que fiz porque estava com o coração quebrado, pai de Eduard havia mandado jogar aquela praga no nosso rio, passando para as plantações, depois para os animais, em seguida para as pessoas até chegar em sua mãe.

_Foi Pétros?  _Liza não conseguia raciocinar direito depois do que ouvira.

_Sim... descobri um tempo depois que ele que havia mandado aquela praga.

_Eu...

_Tu não sabias porque não queria que guardasse rancor assim como seu velho pai.

_Mas pai mamãe morrera cinco anos antes de tu incendiar aquela catedral!

_Eu sei... é que a gente estava se reerguendo novamente, eu tinha que pensar primeiro no meu povo e depois em vingança.

_Mas por que matar inocentes um dia antes da coroação de Eduard?

_Foi o meu presente de coroação e de luto pela morte de vosso pai, uma forma de dizer seja bem vindo e adeus!

_Como pode meu Deus, eram amigos e viraram inimigos, mataram inocentes e ainda quiseram inserir Eduard e eu nessa guerra.

Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora