Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois Reinos

Capítulo 20

_Mas acho que sua mãe não se referia a casar com um plebeu ou soldadinho! _proferiu as palavras com desprezo e um grande tom de ironia que só Victoria seria capaz, disse atacando Liza em seu ponto fraco, o ponto fraco que tinha nome e chamava-se Nícolas. 

_Se for amor que mal tem em casar com um plebeu? _perguntou Ema que até então estava calada somente a escutar.

_Pobre Ema não entende que nós princesas temos que casar por acordos, alianças ou fortalecimento de nosso reino?! _com incredulidade e ironia novamente Victoria abre sua boca para falar.

_Se o coração escolher um soldado ou um plebeu, não será minha distinção ou renome que mudara o que eu sinto, casar-me-ei por quem meu coração chamar pelo nome intensamente, sendo ele quem for! _finalizou o assunto Elizabeth.

_Realmente! _concordou Ema.

_Vos não vistes nada ainda, esperem para eu mandar trazer a sobremesa! _disse Baronesa Rodwell mandando uma criada a cozinha para avisar de servirem a sobremesa.

_A mais com certeza deves estar uma maravilha dos céus! _falou expôs Liza quando as sobremesas chegaram, torta de maça, frutas vermelhas com caldo de vinho e um lindo bolo de trigo com geleia de morango com pedaços da fruta.

O jantar foi do agrado de todos menos de Victoria e a noite havia sido satisfatória para todos, entretanto para a princesa de Goldenland não havia sido nem um pouco. No dia seguinte entre as criadagens só se comentava sobre os atos de protestos as declarações da nem um pouco adorada princesa Victoria, que estava sendo ridicularizada pelos que mais menosprezava.

_Eduard precisamos conversar! _disse ao adentrar no escritório e o encontrar com Liza e Joaquim.

_Digas!

_Não precisa ser somente nós dois.

_Digas agora ou não digas, pois não tenho tempo para tu.

_Eu queria que vossa majestade conversasse com vossos servos para que parem de falar de mim, de rir de minha pessoa e proferir-me palavras horríveis. _disse ao ver que não teria escapatória.

_Estas provando do próprio veneno e não estas a gostar? Então por que não te vai embora logo?

_É assim que me tratas? _em sua voz estava explicito a tristeza e a amargura de seu pobre coração vazio, ao terminar de dizer e vendo que Eduard não iria fazer e nem falar nada ela simplesmente deu as costas e saiu, mas antes de sair olhou nos olhos de Elizabeth e ali não encontrou satisfação com sua derrota e sim lástima e compaixão. 

Naquele momento Victoria não sabia se sentia raiva de Liza por ser tão boa ou se sentia raiva de si por ser tão cruel. Ela ali percebera que sua vida era escura, que seu coração ainda estava vazio e o que fazia ou falava não iria mudar isso, ser rejeitada por Eduard tivera se tornado corriqueiro, mas ser pelos outro não, ela estava a provar do próprio veneno e o gosto era ruim. As pessoas agora não a temiam, a afrontaram e lhe falaram a verdade nua e crua, uma verdade que ela escondera de si por muitos anos, que esteva só. Estava só desde que sua Eduard se apaixonou e a trocou pela irmã, só estava assim porque quisera, porque se afastara de todos e assim se sentenciando a solidão.

Ao fechar a porta subiu aos seus aposentos e recolheu suas coisas, era a primeira vez que arrumava tudo sozinha, mesmo sempre estando só, mas alguém bate na porta, pede licença e entra. E ali em sua frente estava a pessoa que desde que pisara o pé no castelo estava a odiar.

_O que faz aqui Elizabeth, veio me ridicularizar também? _mesmo sabendo que não seria do feitio de Liza fazer isso as palavras saíram de seus lábios como normalmente sairia, ela caiu sim, mas queria cair lutando.

_Não, vim lhe pedir para ficar! Posso falar com os criados para que parem se estiver disposta a ser uma mulher melhor!

_Não precisa Elizabeth, irei embora para a felicidade de todos.

_Mas logo agora que eu estava a me acostumar com seu mau humor diário? _perguntou Liza a fazendo rir.

_Me desculpa por tudo princesa Elizabeth, não sei o que aconteceu comigo, desde que Eduard casou-se com minha irmã não sou a mesma e desde que ela morrera ninguém é o mesmo.

_Não se desculpe, não há o que perdoar, o que fizestes a mim ou a uma das minhas já fora perdoado antes mesmo que pedisse.

_És uma mulher incrível, tão sabia, corajosa e meiga Elizabeth, não me espantaria se Eduard se apaixonasse por ti, mas fique tranquila sei bem que sei coração pertence a Nícolas, agora vou terminar logo aqui e me ir, não quero perder mais nenhum momento neste castelo. 

_Já que não posso lhe fazer mudar de ideia, então me deixe pelo menos ajuda-la!

Quem passava pela porta daquele quarto estranhava e parava para observar, Elizabeth e Victoria juntas arrumando as coisas dela, rindo e se divertindo numa coisa que as criadas costumam fazer rápido e sem tanta empolgação. 

_Já que não posso lhe fazer mudar de ideia, então me deixe pelo menos ajuda-la!

Quem passava pela porta daquele quarto estranhava e parava para observar, Elizabeth e Victoria juntas arrumando as coisas dela, rindo e se divertindo numa coisa que as criadas costumam fazer rápido e sem tanta empolgação.

Liza fez questão suas damas fossem até a entrada do castelo se despedir de Victoria, mesmo depois de tudo que ela dissera a elas, até Tere foi comovida a ir, Nícolas e Davi também ali estavam, Victoria pediu perdão a todos novamente e subiu em sua carruagem, mas antes fez um convite.

_Liza quando quiser aparece em Goldenland, será um prazer imenso recebe-la em meu castelo, leve consigo Ema e Ana, vos também serão muito bem vindas e caso Tere aparecer, mesmo eu sabendo que isso seria meio difícil, fica o convite a todas.

_Ficamos lisonjeadas com o convite, pode deixar que iremos aparecer e não esqueça de escrever-me assim que chegar.

_Não esquecerei querida Elizabeth.

_Ate em breve princesa Victoria! _disse Eduard aparecendo na porta repentinamente, ela não acreditou no que via, a ultima pessoa que espera que estivesse ali era ele, mas seus olhos não a engaram.

_Até vossa majestade! _disse ela depois de um breve sorriso e logo em seguida se reverenciando.

Ela entrou em sua carruagem e se foi, todos entraram ficando somente Elizabeth para ficar lá até que ela aquela carruagem que trouxera um coração vazio e uma mulher só e que agora levava um coração a ser preenchido e uma mulher que já não estava mais só se fosse realmente e desaparecesse no horizonte.