Capítulo 28

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Enquanto isso no castelo, os reis travavam uma batalha, espada contra espada, a mesa de Eduard fora quebrada com o impacto com que ele empurrara Augusto, assim que se recompôs se colocou em uma posição que protegia seu corpo e o permitia um ataque rápido e eficaz, novamente o encontro das laminas afiadas, estavam perto de mais e essa aproximação deu a Augusto a oportunidade de proferir em Eduard um chute que o empurrou até a sacada cuja porta havia sido quebrada, dali ele pode ver seus homens morrendo um a um.

Estavam encurralados, havia mais inimigos do que podiam prever, corpos sem vida caído no chão mais do reino de Ligthforts do que de Greenfild, seu reino inteiro morreria e ele não fizesse nada para impedir. 

_Espera! _disse Eduard olhando para seus homens morrendo.

_Esperar? Numa guerra não há pausas meu caro.

_Eu sei, mas...

_Sem mas, não vim aqui para dialogar, vim para derrota-lo.

_E se me derrotassem sem nenhum esforço?

_Esta pensando em se render por acaso?

_E se eu estiver?

_Tu não parece ser um cara que se rende assim tão fácil.

_E não sou, mas dou minha vida pelo meu povo.

_Esta disposto a se render pelos homens que estão a morrer lá fora?

_Sim... Se entregar-me poupara a vida de meus homens?

_Se render-te poderei mostrar o quão generoso sou e pouparei a vida de vosso povo inteiro.

Após escutar aquilo Eduard jogou sua espada no chão e se ajoelhou em sinal de rendição, Augusto assim que seus guardas pegaram o rei de Ligthforts foi até a sacada expôs sua vitoria com o rei preso e de cabeça baixa sem coragem de encarar o rosto dos homens que ali estavam a lutar por ele, por suas casas, por vosso reino, com medo de que não entendessem que fazia aquilo para poupar suas vidas para que pudessem voltar para suas famílias. 

Depois de mandar Eduard pra as masmorras, ele vai para o quarto de sua filha a reencontrar e poder ver o sorriso de felicidade estampado em seu rosto angelical, abraça-la e dizer o quanto sentiu sua falta, entretanto a encontra no canto do quarto encolhida nos braços de Ana e quando as duas o veem a cara de espanto é aparente.

_Elizabeth venha não tema a guerra já acabou! Tu que sempre fora corajosa agora esta a se esconder?

_Tu o mataste... _falou num sussurro.

_O que não entendi o que me falastes?

_Tu o mataste! _disse ela em alto e bom som.

_Claro que não o matei pelo menos ainda não, só o mandei para as masmorras.

_Tu o mataste na minha frente! _com a voz alterada disse ela indo para cima de seu pai.

Ele por sua vez assim que os primeiros golpes foram lhe proferido segurou os braços dela e a puxou até seu peito deixando que ela extravasasse, não sabia do que ela estava falando, mas só de tela ali em seus braços seu coração já se alegrava.

Quando percebeu que ela estava mais calma foi a soltando aos poucos, assim que ela sentiu que estava sendo solta saiu bruscamente de perto dele.

_Saia do meu quarto!

_O que, mas eu acabei de chegar, tu não sentira saudade de vosso pai?

_Eu sentia muita saudade sua, não via a hora de revê-lo e de me desculpar por ter lhe deixado, mas agora eu quero é distancia de tu.

_O que eu fiz de tão grave assim contra ti minha princesa?

_Tu o mataste em minha frente, sem dó nem piedade, não o deixou falar e o matou.

_De quem estas falando?

_De Nícolas... do meu grande amor.

_O guarda na floresta! Era tu que estavas la na floresta!

_Nem o deixou falar... nem o deixou explicar...

_Perdoe-me Elizabeth eu não pude imaginar que Nícolas estivesse vestido como um deles.

_Saia do meu quarto!

_Mas minha filha...

_SAIA DO MEU QUARTO AGORA!

Liza então se jogou em sua cama e Ana que tivera ficado ali presenciado tudo deitou-se ao seu lado e a abraçou, naquela noite nenhuma ninguém conseguiu pregar os olhos. Elizabeth revivia aquele momento em que uma espada perfurara não só o coração de Nícolas, mas o dela também, revivia em sua mente o olhar dele pregado no seu, o desespero já não era por morrer, mas sim se algo acontecesse a sua amada que ali estava.

Eduard nas masmorras estava a pensar em como pode deixar que aquilo acontecesse, como pode ser cego e não prever um ataque como aquele, onde estava sua cabeça, e em segundos ela mesma lhe respondeu, quando seus questionamentos passaram a ser em como estaria Liza depois de tudo o que aconteceu. Ele queria poder ter feito algo, mas quando chegou era tarde de mais para ele, então fez antes que Elizabeth tivesse o mesmo destino que seu amado ele não pensou duas vezes em tira-la dali.

Longe dali Ema ainda chorava, a luta no castelo parecia ter parado, mas a do céu estava a todo vapor. Pegou então e levou o corpo de Nícolas que ali jogado em seus braços estava, limpou seus ferimentos e lhe trocou as roupa. A chuva caiu àquela noite mais forte do que o normal, lavando o sangue que dos feridos caiu, o vento parecia querer derrubar tudo em sua volta e os trovoes rugiam do céu.

Para rei Augusto fora a mesma coisa, conseguira sua tão almejada vitória e estava ali no castelo que fora tomado no quarto do rei olhando as gotas da chuva que escorriam pela janela, mas parecia ter perdido seu bem mais precioso. Elizabeth não entendia que agora poderiam tudo, que o céu era o único limite, agora ter o reino que quisessem não era mais um sono, pois ele estava no poder, estava no controle de dois dos cinco maiores reinos então ter os outros seria questão de tempo. Mas queria Elizabeth ao seu lado, pai e filha conquistando reinos, juntos conquistariam o mundo se quisessem o tê-lo, explicaria para ela seu ponto de vista e a teria ao seu lado em questão de pouco tempo, era o que naquela noite ele pensava.


Beijinhos de luz

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Beijinhos de luz...

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Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora