Capítulo 27

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_Eduard eu como princesa de Greenfild venho interceder pelo meu guarda real, como vossa majestade convidou-me para ficar e disse-me que eu poderia tanto trazer uma dama como o guarda, deduzo que qualquer ato que cometam aqui só possam ser avaliados pelo rei de Greenfild.

_Concordo plenamente com vossa majestade princesa Elizabeth e é exatamente por isso que irei soltar seu guarda.

_Obrigada Eduard!

_Não há de que, agora se não precisa de mais nada princesa eu preciso resolver umas coisas importantes.

_Claro! _disse ela saindo.

Assim que Nícolas foi solto Liza contou seu plano para ele, nem precisou se esforçar para convencê-lo, só a ideia de ir embora daquele reino já o agradava. No cair da noite o colocaram em ação, vestida como uma das criadas e com a ajuda descontente de Ema, Elizabeth conseguiu sair do castelo sem ser vista. Ela só precisava ir ao encontro de Nícolas que a esperava num ponto da Floresta em que treinaram algumas vezes.

Ele por sua vez conseguira pegar a armadura de um guarda do castelo, vestindo-a ninguém do reino não o reconheceu e assim conseguiu sair facilmente. Ele passou pelos guardas e foi para o ponto de encontro, mas passos foram ouvidos, no começo achou que fosse Liza que estava a chegar ao seu encontro, porém em seguida mais passo fora escutado.

Em um piscar de olhos diante de ti estavam três soldados de Greenfild, seu rei estava lá, iria tira-los de lá e os levar para casa, fora o que ele achara. Os guardas não o conheciam, eram do exercito dos aliados de seu reino, então avançaram para cima dele, ele por sua vez somente se esquivada do contado das espadas e desviavas dos golpes que queriam lhe proferir. Mas logo fora vencido pelo cansaço e mais guardas apareceram, eram sete contra um, estava perdido e rodeado, para ele não havia escapatória.

Elizabeth corria ao encontro de seu amado quando ouviu o barulho de espadas, uma luta estava sendo travada, então cautelosamente começou a se aproximar para não ser vista e muito menos ouvida, assim que chegou próximo de onde os barulhos vinham se escondeu atrás de uma arvore e viu seu amado encurralado por sete soldados.

_Ora ora se não é um guarda aqui na floresta! _disse o rei Augusto.

_Eu não sou guarda... _não deixaram Nícolas terminar e o golpearam.

De onde estava não conseguia ver se eram guardas de Ligthforts ou de algum outro reino. Mas o homem montado em seu cavalo ela parecia conhecer, pelo menos a voz era terrivelmente parecida com a de vosso pai, porém pensou estar vendo coisa.

_Majestade, por favor, escute-me eu... _e novamente fora golpeado por um dos guardas.

O homem então desceu de seu cavalo e sacou sua espada, a cada passo que aquele homem ficava mais próximo de Nícolas, mas o pobre amado de Elizabeth que sangrava por conta dos golpes que lhe proferiam tentava contar quem era ele, tentava em vão falar a verdade de quem era por embaixo daquela armadura.

Quando o homem estava a frente de Nícolas, ele tirou seu elmo e ali Elizabeth teve a certeza de que não estava vendo coisa, era realmente seu pai, ela então se levantou de onde estava escondida pronta para falar com seu pai e salvar a vida de seu amado, mas fora tarde de mais. Assim que Elizabeth se levantou, Nícolas a avistou e olhando no fundo de seus olhos sentiu quando a espada do rei perfurou seu coração.

_Morra assim como todos os outros desse reino iram morrer! _disse o rei tirando sua espada ensanguentada do guarda que olhando para sua amada caiu morto. 

_Nã... _Elizabeth estava a gritar quando alguém colou a mão em sua boca e a puxou.

_Quem esta ai? Vão e descubram! _ordenou rei Augusto.

Elizabeth foi sendo puxada por entre as arvores pela pessoa que havia lhe tampado a boca até chegar num cabalo que estava amarrado em uma arvore, assim que o homem subiu no cavalo Elizabeth viu que era Eduard, ele então a puxou para montar no cavalo e a levou novamente para o castelo antes de serem pegos.

Quando chegou no castelo apressou-se a ordenar que reunissem todo o exército, pois estavam sobre ataque, Elizabeth caminhou calmamente até chegar em seu quarto, assim que a porta fora fechada ela desabou no chão, a verdade enfim havia lhe atingido, seu amado havia sido morto pelas mãos de seu próprio pai.

Logo Ema e Ana entraram no quarto e a encontraram caída de joelhos no chão chorando, as duas se aproximaram e se ajoelharam a abraçando sem saber o que realmente havia acontecido, Liza secou as lagrimas e olhou para Ema tomando coragem para lhe contar a verdade.

_Ema... _Elizabeth mal conseguia falar entre lagrimas e soluços.

_Diga Liza o que aconteceu? Cadê Nícolas? _ao ouvir o nome de seu amado Liza sentiu uma dor ainda maior do que já estava sentido.

_Quando cheguei no ponto de encontro ele estava encurralado por guardas que eu não reconheci de onde eram, batiam nele até que um homem chegou e matou Nícolas em minha frente e o pior de tudo é que esse homem é meu pai. _falou por entre meio de soluços e lagrimas que caiam e quando que terminou se jogou nos braços de Ana assim que Ema se levantou e correu.

Ela pegou o primeiro cavalo que viu na frente ignorando os protestos dos guardas e sem medo de encontrar o exercito de inimigos em sua frente, a única coisa que importava era encontrar o corpo de Nícolas. Assim que chega encontra o corpo dele ensanguentado e sem vida, correndo a seu encontro ela se joga diante do corpo.

Nuvens escuras cobriam o céu naquela noite fria e então um vento forte começa a soprar, caída de joelhos Ema olhou para cima e gritou na tentativa de aliviar de alguma forma a dor que estava sentindo. Era um grito que sai de seu coração estilhaçado, um som tão alto que daria para ser escutado do castelo se não fosse pelo trovão que estralou não céu tão alto quanto o grito que saia dos lábios dela, um barulho assustador, como se não fosse somente na terra que uma batalha estivesse sendo travada.

Ela então pegou Nícolas em seus braços, ele morrera antes de saber a verdade sobre seus pais, ela não havia tido coragem de lhe contar e agora era tarde de mais. Ali em seus braços havia um corpo sem vida, era o corpo de alguém que jamais sentiria medo, que não sentiria a emoção no coração ao presenciar o nascer do sol nem sentiria a brisa leve da noite iluminada pela majestosa lua, ele não poderia mais presenciar o nascer de seu filho e ajudar no seu crescer, e agora não poderia mais beijar a boca de sua amada Elizabeth.


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Beijinhos de luz...

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Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora