Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois Reinos

Capítulo 22

_Seu o que? _a interrompeu.

_Meu parentezinho, se sou parente do pai logo então serei parente do filho ou filha. É uma criança que não tem culpa de nada, um inocente que esta a crescer dentro de ti e que esta cheio de amor, pois é fruto de um amor. 

_Eu... acho preciso ficar sozinha...

_Sim vossa majestade! 

Três dias se passaram e Elizabeth ainda não conseguia encarar a realidade, nem a palavra ela conseguia dizer. Foram dias em que ela ficou isolada de todos, se escondendo de alguém sem saber quem, seus pensamentos iam e voltavam de um passado longínquo para um futuro incerto. O futuro de seu povo estava em suas mãos e um bebe poderia não só arruinar sua vida como a de uma nação inteira. 

Sentada no jardim observando as estrelas ela se pegou pensando em sua mãe, nesses últimos dias fora em quem ela mais pensou. Como sua mãe agiria se soubesse que sua menina havia se tornado uma mulher e que agora estava a esperar um ser vivo? Como saberia se seria uma boa mãe assim como sua mãe fora ate o dia de sua morte? Ou será que sobreviveria ao parto? Uma baronesa de seu reino havia morrido ao dar a luz e se acontecesse com ela? Ou pior, e se o bebe morre ao nascer?

A culpa era dela, isso Elizabeth sabia, pois se entregara ao homem que amava sem estar casada ou noiva, coisa que as freiras a repudiariam e seu pai a negaria diante a coroa, agora não tinha mais o que fazer, estava feito, sua ruína já estava sentenciada. Presa em seus pensamentos ela nem percebeu quando Eduard sentou-se ao seu lado para com ela apreciar o céu repleto de bilhões de estrelas, sem competir uma com a outra, sem empanar o brilho da outra.

_Lindo não é mesmo? _perguntou Eduard a tirando de seus pensamentos e a fazendo perceber sua presença. 

_Sim muito! _disse ela ao perceber para onde ele olhava.

_O que passa por essa cabeça?

_Desculpe-me não compreendi o que vossa majestade quis falar!

_Acho que compreendeu, mas se preocupe falarei de novo de uma forma que entenda. O que esta acontecendo Liza? O que estas a passar por essa linda cabecinha que a tem roubado para outro mundo?

_Não esta acontecendo nada, por que acha que tem algo acontecendo? 

_Andas pensativa de mais, isolada e perdida num mundo que parece não pertencer a este.

_É complicado...

_Então me conte que lhe ajudarei a descomplicar.

_Se eu contar poderá ser tanto minha ruína quanto a de meu povo.

_Elizabeth sabes que não farei nada e não deixarei que nada a aconteça, achei que confiastes em mim! 

_Não é isso...

_Sabe há muito tempo havia dois príncipes, eles eram grandes amigos, um deles estava noivo de uma linda princesa, um dia a princesa saiu para cavalgar e se viu numa enrascada, seu cavalo não estava a obedecendo, mas um rapaz apareceu e a salvou, ali o destino dois foi traçado, um se encantou com o outro e no jantar no castelo ela descobriu que o cavalheiro que havia lhe salvado era melhor amigo de seu noivo. Os dois começaram a se tornar amigos, mas aos poucos um sentimento começou a surgir, o príncipe que estava noivo da princesa percebeu que algo não estava certo e numa festa acabou bebendo além da conta e forçado a dormir com ele. Depois disso a princesa estava sem o brilho de sempre, ninguém sabia o porque, ela evitada o toque de seu noivo e mantinha distancia de seu amado, mas fora posta contra a parede pelo homem que a amava e ali ela contou tudo o que havia acontecido, sem pensar duas vezes ele fugiu para seu reino com ela e casou-se com ela. Pouco tempo depois se tornou rei e foi agraciado com uma princesinha, já seu melhor amigo enfurecido, acabou envenenando a majestade seu pai para se tornar rei o mais rápido possível e jurar morte ao homem que chamava de irmão, depois de ser rei e de declarar guerra o rei se casou e teve um filho, mas o filho do rei fora morto por soldados mandados pelo rei declarado como inimigo. Um tempo depois um povoado fora incendiado e achavam que ninguém havia sobrevivido, mas um menino sobreviveu, o rei pegou o menino e o levou ao seu castelo, a rainha que ainda não havia superado a morte de seu menino viu ali naquele menino a esperança e assim adotaram aquele menino.