Capítulo 3

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Os dias foram passando o reino jamais voltaria a sua forma normal, mas o mercado vendia, as colheitas eram boas, os animais estavam saudáveis, povo estavam cada dia melhor e a vida estava voltando ao normal.  O rei continuava bom e generoso como havia prometido, só que de seu grande coração uma enorme parte se fora juntamente com a mulher que tanto amava.

Elizabeth crescia rápido e se tornava uma das moças mais belas do reino, era uma criança bem destemida e infernizará tanto o pai que conseguirá entrar na escola para soldados do reino.

Um tempo depois quando tudo no reino já havia entrando em seu devido lugar, uma sangrenta guerra foi travada com um de seus reinos vizinhos Ligthfort e assim mais uma vez Greenfild se reerguia.

_Do que adianta ter sido a melhor soldada da escola de soldados e ganhar três vezes o torneio dos guerreiros se eu não pude ir para a guerra?  _ disse Liza se levantando de onde estava escorada.

_Liza não fique assim, olhe pelo lado bom pelo menos nós tivemos um tempo só nosso.

_Eu sei Nícolas, mas eu queria ter ido para guerra, sou a melhor dos soldados do meu pai, porque ele tinha que me deixar no castelo?

_Porque além de ser a "melhor soldada" do seu pai tu é a filha dele e a princesa desse reino. _disse Nícolas enfatizando a parte da melhor soldada.

_Desculpa sempre jogar na sua cara que eu te venci três vezes nos torneios dos guerreiros e perdoe-me se foste o segundo melhor da academia de soldados, nunca foi minha intenção ser a melhor em tudo. _ ela diz jogando seu charme para ele.

_É assim?

_Assim o que? _ se faz de desentendida para provocá-lo.

Então ele com uma mão a puxa pela cintura, olha no fundo de seus olhos verdes, coloca a outra mão em sua nuca e lhe da um beijo.

_Tu és tudo que eu preciso Liza, sei que é tudo o que seu pai precisa também e é por isso que ele a proibiu de ir para a guerra e naqueles dias muitos morreram, tu poderia ser uma desses muitos, ele só quis proteger a futura rainha de Greenfild.

_Eu sei meu amor, prometo que não irei mais tocar nesse assunto, até porque a guerra já acabou e já estamos bem novamente.

Enquanto Liza e Nícolas estavam no campo embaixo da sombra de uma grande arvoré se preocupando com o motivo de não ter sido mandada para lutar na guerra mesmo tendo tido destaque como guerreira, no castelo o rei se preocupava com o final da guerra que não parecia realmente ter acabado e andando de um lado para o outro tentava entender porque sentia que havia uma ponta solta.

_Não é do feitio do rei Eduard acabar com uma guerra dessa maneira.

_Vossa majestade acha que ele pode atacar novamente? _perguntou Aloísio.

_Eu temo que sim... deveria estar feliz pela vitória que tivemos, mas presumo que vencemos uma batalha, porém a guerra parece ter mal começado.

_Concordo com vossa majestade que essa guerra foi breve e até que fácil demais, mesmo que tenha sido um pouco sangrenta, ainda sim pelos relatos de outros reinos, deveria ter sido ainda pior e como conhecemos muito bem o rei de Ligthforts, sabemos que não é de desistir assim.

_Por isso afirmo novamente que vencemos uma pequena batalha, a guerra esta somente começando e é bom que estejamos preparados para o que está prestes a acontecer.

Com o passar dos dias Elizabeth encontrava-se cavalgando quando o Arauto do rei Eduard se aproximou do castelo com uma mensagem para seu pai.

_Majestade Eduard mandou seu mensageiro! _disse Aloísio.

_Mande-o entrar!

_Vossa Majestade trago-lhe uma importante mensagem do rei Eduard.

_Entrega-me... deixe-me lê-la.

Caro rei Augusto, arrisco a dizer que não tenha achado que aquela breve batalha em que travamos tenha sido a guerra até porque a meu plano em nenhum momento  era vencê-la e isso acabou acarretando em sua vitória, agora venho com essa humilde mensagem lhe dar duas opções, renda-se e salve nossos soldados que morreriam nessa guerra, salve o nosso povo que irá sofrer ou prepare-se que a guerra jamais venceras e pode acabar morrendo tentando.

Atensiosamente, seu amigo, Rei Eduard de Ligthforts.

_Eduard só pode estar brincando. _disse o rei ao terminar de ler e entregar a carta a Aloísio.

_Meu rei espera por sua resposta amanhã. _disse o Arauto saindo após entregar sua mensagem.

_Pai que mensagem fora trazida do mensageiro do rei de Ligthforts? _perguntou Elizabeth assim que entrou na sala.

_Nada de diferente do que já sabíamos minha querida.

_E o que já sabíamos?

_Que a guerra esta prestes a começar, se ele acha que vamos nos render está muitíssimo enganado e amanhã irei dizer isso na sua frente.

_Rendenção? É isso que ele quer? Greenfild é nosso reino, nosso lar e não iremos dar de bandeja a um homem ganancioso, um montro de rei. Deixe me ir com tu pai?

_Tu tens que ficar no castelo Liza.

_Pai eu já não fui à batalha que travamos contra ele, pelo menos me deixe olhar no fundo de seus olhos quando tu disseres que não vamos nos render.

_Mas e se tu te machucares minha filha.

_Pai sou sua melhor guerreira não estarei em perigo e ir com vós me será de grande aprendizado para quando eu for rainha. E não estamos indo lá para batalhar e sim dizer que não vamos nos render, podemos talvez até tentar um acordo para que a guerra não seja necessária e sem que tenhamos que nos render.

_Ela tem razão vossa majestade, vamos para tentar um acordo sem redenção, não irá ter perigo para ela, teremos nossos melhores soldados nos acompanhando e ela aprendera em campo como um rei se porta diante de tal ameaça. _disse Aloísio tirando um sorriso de esperança do rosto de Elizabeth.

_Esta bem, me convenceu. _disse Augusto sorrindo ao ver a felicidade estampada no rosto da princesa.

_Nícolas meu amor vou com meu pai amanha! _exclamou a princesa empolgada.

_Mas não será perigoso?

_Claro que não e tu também irá.

_Mas e se tu te machucares?

_Eu não vou Nícolas, para que tanta preocupação? Sabes que sei me cuidar muito bem, então por que não podes ficar feliz como estou?

_Desculpe-me meu amor, é que tu és princesa, futura rainha de Greenfild e se acontecer algo com tu não sei o que eu faria.

_Não irá acontecer nada... _disse Liza colocando as mãos na nuca de Nícolas e o puxando para um beijo.

Logo cedo no dia seguinte todos estavam preparados para enfrentar Eduard cara a cara, Elizabeth mesmo que o pai tenha teimado que por ser uma princesa se vestisse como uma, ela foi com sua armadura pronta para poder se defender, não sabia o que esperar, pois Eduard era conhecido com um dos mais perigosos reis e qualquer coisa poderia acontecer...

_Augusto o tão adorado rei de Greenfild que honra tê-lo aqui, já tomou sua decisão?

_Já e é por isso que estou aqui.

_Então desça de seu cavalo e venha vamos conversar, nenhum de meus soldados mordem e por um acaso morderem, eu mesmo arrancarei os dentes fora, um por um.

Nesse momento os olhos de Elizabeth cruzam com os olhos de Eduard. Ela com seu seus brilhantes olhos verdes e ele com seus sombrios olhos pretos se encontraram por um breve período de tempo.

Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora