Capítulo 25

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_Nícolas... _tentou Elizabeth.

Assim que Nícolas viu a espada de Eduard e sua posição, pronto para ataca-lo, ele sacou a sua e avançou. Espada contra espada, sangue nos olhos de ambos e desespero nos de Elizabeth. Eduard com jogo de corpo conseguira derrubar ele e assim que se aproximou com sua estada fora surpreendido, ele pegara e lhe prendera com as pernas o fazendo ficar confuso com o ataque que viesse a seguir.

Nícolas depois de prender Eduard e confudio-lo ergueu sua espada e num golpe fez a dele ser jogada longe e o derrubou num jogo de pernas levantando-se em seguida. Sem perder tempo pegou sua espada e estava pronto para feri-lo quando guardas vieram e lhe deterão, juntos com os guardas vieram Ana e Ema que levaram Elizabeth que se encontrava aos prantos.

_O que aconteceu la? _Ema perguntou assim que Elizabeth mostrara sinais de estar mais calma.

_Nícolas esta cego de ciumes e isso está o deixando furioso.

_Como assim?

_Ele não gosta de como Eduard me trata, de como ele fala comigo ou de como me olha e agora esta decidido de que quer ir embora, fugir e que nosso filho não irá nascer nesse reino.

_Ele só pode ter enlouquecido! _indignada com o que acabara de ouvir disse Anastácia.

_Eu entendo que ele esteja inseguro, pois Eduard é um rei e ele um mero guarda, ele se sente ameaçado, mas isso não é motivo de perder a cabeça como acabara de fazer _Ema disse pensativa.

_ Vós não vistes a ira nos olhos dele, se os guardas não tivesse chagado temo que Nícolas o teria matado.

_Ele não seria capaz ou seria? _Ema custava a acreditar. 

_Vou conversar com Eduard e ver o que fara com Nícolas pois ele tentou contra a vida do rei _disse Liza.

Sua respiração estava pesada, porém mais pesada que sua respiração estavam seus pés, a pequenos e lentos passos ela se aproximava da porta de onde o rei se encontrava, demorou alguns minutos parada em frente a porta, hesitando bater, mas não podia tardar a vida de seu amado estava em risco.

_Com licença vossa majestade _bateu na porta e disse ao receber confirmação.

_Elizabeth tu estas bem? _aproximou-se Eduard pegando o rosto dela em suas mãos e o erguendo para analisa-la e olhar seus lindos olhos verdes.

_Eu estou e tu como estas? _disse-lhe afastando de suas mãos cujo toque lhe transmitiu calma para analisa-lo.

_Estou bem! Mas diga, sei que não viestes aqui só para perguntar se estou bem não é mesmo?!

_Eu vim ver contigo como fica a situação de Nícolas... não mate o amor de minha vida, não mate o pai do meu filho pelo que é mais sagrado lhe suplico _sem conseguir conter lagrimas caíram de seus olhos.

Eduard ainda não havia pensado direito o que fazer em relação aquilo, pois não havia o que pensar o destino de Nícolas era certo, a forca. Ele tentara contra a vida do rei, sua vida e deveria pagar com a sua própria, mas jamais poderia matar um homem depois do pedido de clemencia de uma mulher que esperava um filho dele, Eduard sabia que não era como rei Augusto de Greenfild e muito menos como vosso pai o rei Pétros de Ligthforts.

Diferente deles ele era bom, generoso, mas depois de sua perda se tornara impiedoso, calculista e frio, porém com a chegada de Elizabeth e de sua dama de companhia, sua vida mudou novamente e já não queria mais ser conhecido como um rei cruel como era chamado por entre os outros reinos.

Mas o que fazer com Nícolas? Era a única coisa que passava em seus pensamentos, não queria o matar como a lei mandava já havia matado tanta gente e não podia deixa-lo sair impune. Estava sem saber que saída escolher, não tinha uma resposta ao suplico de Elizabeth, mesmo de costas para ela ele sabia que seus olhos marejados estavam a lhe encarar. 

_Ainda não sai o que irei fazer, mas assim que tomar uma decisão a ti avisarei.

_Sim entendo, és uma situação complicada, deixarei que fique com seus pensamentos... Com vossa permissão _disse ela se virando, mas Nícolas pegou sua mão e lhe beijou.

Ele pegou seu braço antes que pudesse sair e a puxou para si encostando seus lábios e sem pedir permissão ali a beijou. Um beijo cheio de desejo e medo, Elizabeth não sabia o que estava acontecendo consigo mesma que não conseguia o distanciar, seu corpo não queria ficar longe do dele, seu pensamento estava naquele momento, seu coração batia forte até que recobrou o juízo e empurrou o rei saindo dali correndo para se manter o mais longe dele possível. 

Ao chegar a vosso quarto se jogou na cama e chorou, ela chorou como havia chorado no enterro de sua mãe, como havia chorado quando descobriu que seu pai estava a lhe mandar para ficar com freiras e assim acabou adormecendo. Quando acordou a noite já havia caído, ela não queria pensar no que havia acontecido, não queria entender, mas agora sabia que Nícolas estava certo eles não podiam mais ficar ali.

Não conseguiria viver no mesmo reino que Eduard e muito menos sentar-se na mesma mesa que ele para comer, como olharia para ele quando Nícolas estivesse perto? Nem quando não estivesse perto conseguiria olha-lo, ela estava decidida mais do que nunca que iria embora com seu amado, agora entendia a vontade de fugir e sentia a necessidade de não se estar mais ali, recobrando que aquele não era seu lugar e não seria o lugar de seu filho.

Depois do que Eduard fizera jamais conseguiria matar Nícolas, Elizabeth poderia achar que ele o matou só para te-la para si próprio, depois de beija-la sentia que ali poderia ter perdido alguém que considerava uma grande amiga. Ele não compreendia o que havia acontecido, agiu simplesmente por impulso, não pensou em seus atos ou nas consequências e agora o que não saia de sua cabeça era o que aconteceria dali para frente. 

Greenfild & Ligthforts - A História Dos Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora