Já estava acordada ha horas e ainda sem coragem de me levantar da cama. Na verdade eu nem sabia ao certo como agir. Não sabia o que Keneti esperava de mim. E também estava morta de vergonha. O que ele pensaria de mim? Merda... Eu tinha gostado até a ultima gota... E me daria pra ele quantas e de todas as maneiras que ele quisesse. Pra ser sincera, só de me lembrar, só de pensar no nome dele eu já me sentia molhada. Senti que ficava vermelha. Iria ser um prato cheio se Mads soubesse. Pensei em como estaria meu avô. O que ele estaria fazendo para me encontrar? Será que KJ corria algum risco? Eu não queria vê-lo machucado.
- Está há muito tempo acordada?
Sentei-me num pulo, olhando para a porta.
- Desculpe-me. Assustei você?
- Não... Só estava...Pensando um pouco.
KJ se aproximou e sentou-se na cama.
- Vem tomar seu café comigo.
- Não vai me prender hoje?
- Já te respondi isso.
- Sim, mas... Eu serei sua escrava. Disse isso também.
- Conversaremos mais tarde, Camila.
Depois aproximou sua boca da minha quase tocando meus lábios.
Fechei meus olhos ansiando por um beijo dele.- Ninfo, Camila. Ninfo escrava, apenas.
Levantou-se e foi até a porta.
- Venha. Não quero que morra de fome.
Eu ainda usava a mesma camisola da noite anterior. Seus olhos famintos percorreram meu corpo... E eu adorei isso. Segui com ele até a cozinha. O aroma estava delicioso assim como o sabor. Sem me conter, deixei escapar um sorriso.
- O que foi?
- Nunca imaginei um homem tão jovem cozinhando. Lá no colégio fomos educadas para o lar... Como sempre.
- Era um colégio interno ou um convento?
- As duas coisas. Era um colégio de freiras, então dava na mesma.
- Entendo. Você gostava de lá?
Não consegui esconder uma careta. Mas Keneti deve ter entendido por motivos diferentes.
- Acho que consigo entender o por quê.
- E você? Faz o quê, KJ?
- Trabalho na administração das clínicas do meu pai.
- Então... Ele sabe...Que você...
- Minha família sabe, Camila. Não concorda, é claro.
- Keneti, desculpe-me se estou sendo insistente, mas eu não consigo imaginar meu avô fazendo isso. Tem certeza do que diz?
Ele me encarou de forma que não consegui decifrar o que se passava com ele.
- Não tenho dúvida alguma, Camila. Conhecia os homens do seu avô. E os vi perfeitamente bem quando entraram em minha casa.
- O que aconteceu realmente?
Ele ficou um longo tempo calado antes de responder.
- Meu pai descobriu diamantes em nossas terras. Eram terras dele, com escritura e tudo mais. Seu avô fez o impossível para comprá-las, mas meu pai não aceitou. Então uma noite os homens de seu avô invadiram minha casa, atiraram em meus pais dormindo e atearam fogo.
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Doce Vingança | kjmila, sprousehart, madelton
RomanceUm homem em busca de vingança. Seu alvo principal: a neta do mentor da morte de seus pais. Sua arma: tudo o que pudesse horrorizar uma adolescente saída de um convento. Submissão ou aceitação? Dor ou prazer? Amor ou ódio? Todos interligados, levando...