Já faz uma semana desde que voltei para casa do meu avô.
Fiquei feliz em ter voltado...um convento não era exatamente meu lugar preferido, mas foi preciso, na época. Meus pais tinham acabado de falecer, meu avô, Harry, estava muito abalado, achava que não teria condições psicológicas para cuidar de mim.
Eu duvidava.
Meu avô sempre foi um homem forte, destemido. Quase nunca se abalava por nada. Mas agora ele era só carinho e atenção.Acho que enlouqueceria se algo de ruim acontecesse a mim. E o melhor de tudo era que ele morava com suas duas sobrinhas, quase da mesma idade que eu. Assim eu não me sentia muito sozinha.
Lembrei- me de do dia em que cheguei.
Logo que desembarquei eu praticamente trombei com o homem mais lindo que eu já vi na vida, Keneti. Incrivelmente alguns dias depois o encontrei novamente numa ópera.
Eu jamais me esqueceria daquele rosto...Ou daquele corpo.
Senti minhas bochechas queimarem com o rumo dos meus pensamentos. Fui educada severamente pelas irmãs, jamais me permiti pensar no sexo oposto. Nunca sequer beijei, o que chegava a ser ridículo para uma garota da minha idade. Uma das sobrinhas do meu avô, Madelaine, debochava de mim.
- Não é possível, Cami. Nem um beijinho no canto da boca?
- Nunca, Mads.
- Eu já beijei... E o rapaz também passou as mãos em meus seios.
Tapei a boca, chocada.
- Que horror, Mads.
- Deixe de bobeira, Cami. É tão bom... Nossa... Nem imagina.
- Não consigo imaginar mesmo. É seu namorado?
- Não... Um garoto que ficava de vez em quando, sem o tio Harry saber, é claro.
- E o que mais você fez?
- Eu peguei... Nas partes dele.
Mais um grito de surpresa.
- Não pode, Mads!
- Não seja ingênua, Cami. Ele estava duro em minhas mãos... Olha... Arrepio-me só de lembrar.
- Não me imagino fazendo isso...
- Diga a verdade, Camila... Nunca sentiu tesão?
- Eu nem sei o que é isso.
- Um calor assim... Bem no meio das pernas, você se molhando... Seu sexo, quero dizer.
- Ah... Isso.
- Então já sentiu?
Como eu poderia dizer que senti isso por um homem que mal conheço?
- Sim, já.
Era melhor dizer a verdade. Mads era esperta. Mas eu sei que ela jamais diria qualquer coisa ao meu avô.
Isso me fez lembrar dele novamente. Disse que ligaria, mas nunca ligou. Era muito simpático, talvez tenha sido apenas elegante.
Mas eu estava enganada.
Assim que entrei no meu quarto, o celular que meu avô havia me dado estava tocando.
Era ELE .
- Alô.
- Cami? É o K.J... Está lembrada de mim?
Como se eu pudesse esquecer...
- Sim, K.J., como vai?
- Estou bem. E você?
- Bem, muito bem.
- Tinha esperança que ligasse pra mim, mas como não ligou... Resolvi ligar.
- Mas... Você disse que ligaria, Keneti...
- Sim, é verdade! Bom... Quer sair hoje? Seu avô se importaria?
Meu coração disparou e minhas mãos ficaram suadas. Talvez meu avô se importasse sim, uma vez que não o conhecia. Mas eu poderia dizer que sairia com Vanessa, uma velha amiga.
- Não... Ele não se importa. Onde quer ir?
- Podemos ir ao teatro, o que acha?
- Eu tenho certeza que vou... adorar.
-
COMENTEM! A Cams só pode se fazer de boba, hein... Querem mais hoje!?
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Doce Vingança | kjmila, sprousehart, madelton
RomanceUm homem em busca de vingança. Seu alvo principal: a neta do mentor da morte de seus pais. Sua arma: tudo o que pudesse horrorizar uma adolescente saída de um convento. Submissão ou aceitação? Dor ou prazer? Amor ou ódio? Todos interligados, levando...