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Hinata passava os dias bem mais distraído do que já passava, todos já estavam a desconfiar daquela carinha brisada dele no meio do tempo, era inevitável olhar para Hinata e não o ver desligado do mundo com uma cara de besta e bochechas rubrorisadas, embora ele ja tenha aquela cara de idiota tapado.

— Hinata, eu te conheço… —Suga pronunciou-se, virou para Hinata com um sorrisinho ladino e enfim colocou suas mãos na cintura. Coisa que ele sempre fazia quando estava brincando sério com a gente.

— Do que está falando, Suga-san? Eu não estou-

— Apaixonado? —Suga o cortou, deixando Hinata completamente sem jeito e totalmente desesperado por dentro, o que revelou sua boca tremula e seus braços em frente ao seu peitoral.

Fiquei alguns minutos pensando se aquela possibilidade ser real; e se sim, por quem? Hitoka-san? Shimizu? Aquela amiguinha da sala dele? algum amigo? Hinata não parecia estar interessado em algum garoto, tipo eu, nah?

— Não! —Hinata alterou seu tom de voz, a deixando fina de mais, fazendo parecer com uma garota envergonhada. Balançou suas mãos em sentido paralelo entre ambas e escondeu metade de seu rosto no cachecol que o acompanhava, estava envergonhado.

Fiquei quieto por um instante. Se Hinata estava apaixonado por alguem, provavelmente este alguem não era eu, e se não era eu, não seria nenhum garoto, portanto Hinata só tinha jeito de bicha revoltada. Estava triste por essa minha conclusão rápida. Eu havia —em pouco tempo— adquirido uma forte compreensão por Shoyo, e pelas seguintes pesquisas que andei dando pela internet a fora, esse sentimento mórbido era chamado de amor —o que era estranho já que eu só sentia esse afeto pela minha mãe —Mas assim soube o significado de muitas outras palavras e gírias como “borboletas na barriga”, “formigamento do peitoral”, “apaixonado” e “quentura no coração”. Era novo para uma pessoa que nunca havia sentido algo parecido.

Sugawara sorriu com os olhos fechados e bateu nos ombros de Hinata levemente como se estivesse o relaxando. Suga olhou rasteiro para mim, mas meu rosto foi totalmente mudado de uma feição seria e triste para uma feição apenas normal, com minha típicas sobrancelhas curvas.

— Oe boke...  —tentei chamar tua atenção a mim, e Suga saiu de nosso meio, deixando nós à sos, saiu em direção a rua que sempre pegava para a sua casa, sabia que não o veria mais hoje. Podia não saber o que Sugawara-san sabia, mas que era alguma coisa importante eu tinha a sóbria certeza —e eu já estava cansado de ser o ultimo a saber das coisas entre os garotos—.

Hinata levantou seus olhos envergonhados para mim, o que causou um pequeno atrito entre nossos olhares. Fiquei mudo e aquele silencio constrangedor tomou conta do ambiente por meados de alguns quinze segundos.

— Kageyama… —foi ele quem cortou o silêncio. — Espero te ver mais tarde. —sorriu e apertou suas mãos contra a alça de sua mochila.

Fiquei alguns momentos sem e entender e apenas depois de vê-lo dar meia volta e pegar a rua para a estação de trem central veia a cair minha ficha.

— Ah! O jantar é hoje! —soltei alto e peguei rapidamente  a rua para minha casa.

💫☕💫

A campainha foi escutada por toda a extensão da casa o que despertou a mera atenção de Natsu.00

— Deixa que eu atendo, mano! —Natsu disse animada e deixou alguns hashis em cima da mesa para atender a porta. Correu em direção à porta de entrada e a abriu, tento plena certeza de quem era. — Kageyama-niisan! –Natsu encheu seus olhos de vida e sorriu largo ao ver os olhos cobalto do maior.

– Garota Natsu, sinto lisonjeado em ser recebido por você. —Kageyama sorriu e agachou para ficar coerente a altura da ruivinha e afagou as madeixas da menina e despertou o olhar brilhante da parte de Natsu.

Eu & Você |KageHina| [completed]Onde histórias criam vida. Descubra agora