coffee shop 《pt1》

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Eu estava ansioso. Minhas mãos suavam, minhas pernas estavam energéticas e não paravam de balançar  freneticamente. Suspirava o ar frio e esfregava contantemente minhas mãos.

— Shoyo-san! — fui surpreendido com o soar alto da voz de Kinoa, minha professora de matemática. — Está frenético por causa das provas? Tudo bem?

— S-sensei, desculpe. —murmurei e acanhei meus ombros, abaixando minha cabeça. Ouvi alguns risinhos e murmúrios do resto da minha sala, o que me fez sentir mais vergonha ainda.

— Silencio! —Kinoa repreendeu todos, dando levemente um alívio das minhas costas.

E em poucos segundos o sinal foi escutado por todos. Senti meu estomago revirar e embrulhar, fechei os olhos e abracei meu tronco.

O que eu havia feito?

— Shoyo? —ouvi uma voz feminina leve e suave soando próximo ao meu ouvido. — Posso ajudar? — ergui neu rosto levemente e encarei a dona dos olhos âmbar flumejantes.

— Hitoka… —murmurei e abaixei minha cabeça novamente. — Acho que nem eu mesmo posso me ajudar.

— Qual é… que tipo de desânimo é esse vindo de você?—Yachi sentou na carteira a minha frente e apoiou seu queixo na base da cadeira. — Cade aquele sol brilhante que alegrava qualquer um com um sorriso?

— Sumiu. —falei seco.

— Kageyama estava te procurando.

— Ele o que?

— Te procurando. Falou que queria resolver “umas parada” — fez sinal de aspas com dois de seus dedos da sua mão direita. — com você. —continuou.

— Tem como você falar para ele que eu morri?

— Hinata… —Yachi repreendeu. — Eu desconfio de vocês dois-

— Quem não desconfia? —Yachi foi interrompida por um bofe meu, revirei os olhos e enterrei mais ainda meu rosto no meio dos meus braços.

— Poxa, Shoyo. Qual é?

— Tobio, Tobio, Tobio. Acha esse nome bonito?

— Shoyo, Shoyo. Sinto romance no ar... —Hitoka cantarolou enquanto balançava suas mãos em paralelas.

— Acho que sim…

— Gostei disso. Algum problema?

— Tenho medo.

— Medo de que?

— Da não aceitação? Seria meio caótico eu chegar em casa de mãos dadas com outro garoto. —levemente revirei os olhos.

— Você nunca vai saber se nunca tentar. Além, ter um namoro escondido é tipo coisas de livros e filmes, mas ainda sim é comum, acho ate maneiro, mas sempre acabam num final não tão legal.

— Oi?

— Quero dizer —coçou a garganta envergonhada. — Não que não vá dar certo, eu nunca contaria para ninguém se você não quisesse...

— Não é isso.

— Então…

— uhm —soltei um pequeno grunhido enquanto me levantava de minha carteira e me posicionava em frente à Yachi. — Você sabe onde o Kageyama está? —perguntei fazendo pouco caso, dando de ombros em seguida. Senti uma leve palpitação a mais no meu peito, algo como se eu estivesse entrando em desespero —o que realmente estava—.

— A última vez que eu o vi, ele estava perto da máquina de refrescos. —Hitoka concluiu, cruzando os braços e colocando um sorriso convencido no rosto.

Eu & Você |KageHina| [completed]Onde histórias criam vida. Descubra agora