Capítulo 25

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Hanae


O retorno parecia transcorrer mais rápido do que sua viagem de ida. Hanae olhou pela janela do pequeno transporte, encarando o horizonte na linha entre um campo aberto e a floresta. Nathan era o único que dirigia os cavalos e Dakota estava ressonando tranquilamente no banco à sua frente.

Ele era bem adorável, o tipo que parecia completamente um lupino e não um dominante. Mas seu cheiro não enganava, embora fosse um pouco suave, era de um dominante.

Hanae não via importância nessa classificação. Perguntava-se o que tanto diferenciava um gênero do outro, por trás disso todos eram homens.

Olhou novamente pela janela e tentou pensar em outra coisa. Embora estivesse um pouco entediado, por outro lado, estava ansioso para chegar em casa.

A casa de Kéle e também sua.

Ele amava aquele lugar. Amava estar com seu interligado e sentia falta do clima de Wohali, do brilho das joias, do cheiro distinto do ar de lá, da brisa das montanhas, da vista...

Quando chegasse, Kéle receberia todos os beijos que guardou para dá-lo, o abraçaria muito e o levaria para a cama, para fazer todos os tipos de coisas íntimas que adorava fazer com ele.

Remexeu-se em seu assento, olhando com cautela para Dakota que ainda dormia. Esperava que seu olfato de lobo não pegasse a parcela de excitação que estava sentindo.

Kéle era como um sonho. Seu corpo forte, seus músculos, seu cabelo curto e despenteado, a visão de quando saía do banho com gotas deslizando por sua pele, seu pênis se projetando duro e ficando úmido, suas coxas grossas e bunda apertada, tudo era perfeito na visão de Hanae.

Adorava quando sua mandíbula ficava espinhando com a barba nascendo. Adorava todos os traços de seu corpo e seus pequenos gemidos roucos sempre que o tocava.

Hanae colocou a mão sobre a boca e se remexeu novamente, olhando para onde Dakota estava dormindo.

Pare de pensar besteira. Simplesmente pare.

Mas já era tarde. Seu pau estava duro em suas calças de algodão, formando uma pequena barraca. Tentou esconder colocando o braço em cima, mas mordeu o lábio inferior para segurar um gemido.

Dez dias sem Kéle, sem ser tocado ou mesmo tocar em si mesmo. Em momento algum ficou sozinho, mal teve tempo de ficar excitado. Dormiu sempre ao lado de Dakota e Nathan. E mesmo que às vezes tentava ignorar certas "coisas" do outro casal, sua mente sempre estava abarrotada com tanta informação, por isso o cansaço mental o fazia dormir rapidamente.

Droga. Estavam em plena viagem e ainda não estava sozinho.

Era meio do dia, o sol estava em pleno vigor e fazia calor dentro da pequena carruagem.

Dakota acordou com o solavanco do veículo batendo em uma pedra e sacudiu a cabeça. Eles pararam e ele abriu a porta.

— Quer tomar um pouco de ar fresco, Hanae? Vamos almoçar.

— E-Eu já vou. — Disse sem jeito. — Pode ir primeiro.

Dakota assentiu sem parecer desconfiado e saiu fechando a porta. Ouviu o murmúrio de vozes e Hanae enfiou a cabeça entre as mãos. Seu pênis estava ainda mais duro e sua bunda se apertou com a necessidade de ser tocada.

Céus, que Navi o ajudasse!

Ouviu uma pequena batida na porta e a cabeça de Dakota apareceu na janela.

Os Tesouros de Wohali [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora