12- Requente

1.4K 185 278
                                    

❤ Oie amores de vida ❤

❤ Aproveitando esse sábado de chuva aqui no RJ para atualizar essa fic que eu amo de paixão.

❤ Eu espero que vocês gostem de verdade desse capítulo tanto quando eu gostei de escrever e, por favor, me contem o que acharam... Foi complicado escreve-lo porque não queria decepcionar vcs :D

❤ Aproveitem ❤

~*~

Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível.

Requente

Uma música suave tocava no sistema de som e se propagava por todo loft de forma agravável aos ouvidos, a cantora possuía uma voz limpa e cantava de maneira suave. Aquele era bem o estilo de música que Deidara gostava de ouvir quando estava pintando e por isso, Sasori não se surpreendeu ao ver o loiro sentado no canto reservado para ser seu ateliê, deslizando o pincel pela tela de forma concentrada. Os longos cabelos amarelos sol caiam sobre o ombro direito de forma displicente e ficou admirando-o por alguns segundos.

Os olhos azuis se ergueram e adquiriram um brilho malicioso antes de acenar negativamente em meio a um sorriso um pouco constrangido.

- Você não tem vergonha de andar assim pela casa Akasuna?

Sasori deu os ombros, os dois tinham adormecido depois de fazerem amor e ele ao despertar e não ver o namorado na cama levantou nu em pelo para procura-lo.

- Não é como se você pudesse dizer alguma coisa. – O artista vestia apenas uma de suas camisas de frio e nada mais. – Inspirado para aquarela?

Os dois formavam um casal artístico em todos os sentidos. Sasori era ator de teatro e reconhecido amplamente pelo seu talento enquanto Deidara atualmente empregava seu tempo como coordenador de arte em um estúdio de cinema visando futuramente chegar ao posto de diretor. O loiro possuía uma maneira única de se expressar, contudo volta e meia à habilidade natural parecia sofrer um bloquei e passava dias sem desenhar ou fazer uma escultura sequer. Eram nesses momentos que o ruivo ficava especialmente preocupado com ele e por isso vê-lo pintar deixava seu coração mais tranquilo.

- Acordei com vontade – sorriu de leve. – Acho que você tem parte da responsabilidade.

Sasori se colocou atrás dele e abaixou o trinco para beijar o ombro pálido. Ergueu os olhos para tela e admirou a lua cheia sobre o céu escuro com um lago embaixo. Deidara tinha usado as tintas de forma disforme e quem admirasse a tela precisaria interpretar direito, já que no primeiro momento parecia que o céu e o lago era uma única coisa. Aquela paisagem era recorrente.

- Está bonito – elogiou passando os braços pela cintura magra e levantando-o do banco.

Não tardou para que as pernas do loiro se enrolassem em volta dos seus quadris e os dois terminaram sentados no sofá. Deidara afundou os dedos nos fios vermelhos com devoção. Muitas vezes considerava-se um tolo por ter demorado tanto pra se dar conta dos sentimentos do Akasuna.

Quando ainda estavam na faculdade e moravam na mesma irmandade tinha se apaixonado por outro companheiro. Itachi era misterioso, bonito e nunca pareceu nota-lo, para alguém acostumado a ser admirado, foi como o desafio da sua vida. No começo estava no mesmo lugar que o Uchiha: "só diversão". Porém não demorou muito quer mais e infelizmente dar "mais" para alguém não estava nos planos de Itachi.

A tentativa de se convencer e contentar com o pouco que o moreno estava disposto a compartilhar o atirou em um espiral de agonia e frustração que só serviu para machuca-lo profundamente. Aquele sentimento o tinha tornado em um ser humano mesquinho, muitas vezes cruel e por mais que soubesse que não importava o que fizesse nada mudaria, não tinha forças para se libertar daquele loop sozinho. O que tinha começado tão bem aos poucos se tornou algo negro e corrosivo que o estava destruindo.

Ação, Reação e Consequência...Onde histórias criam vida. Descubra agora