39 - Familiaridade

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✦Aproveitem a leitura✦

(***)

A felicidade não é um presente da vida

E sim uma conquista

Familiaridade

Oito anos mais tarde

- Boruto? – Sasuke bateu na porta do quarto do filho mais velho. – Já acordou? Tem prova hoje na escola, não pode se atrasar.

- Já estou quase pronto... – A voz do garoto veio abafada e o som de passos foi ficando cada vez mais alto até que ele abriu a porta mostrando já estar todo vestido. – Vou descer para tomar café em um minuto.

O Uchiha assentiu deu privacidade ao loiro. E pensar que ele já estava com doze anos. Quase uma década tinha se passado desde que retornou ao país do sol nascente e tanta coisa tinha acontecido. Desceu as escadas e encontrou Naruto terminando de fazer o café da manhã. E talvez a mais incrível delas tenha sido o fato do Uzumaki ter aprendido a cozinhar. Ambos usavam alianças na mão direita, oficialmente se apresentavam como noivos. Um estado que estavam há três anos e até agora mantinha-se muito satisfatório para ambos.

- Ele já está descendo?

- Sim – respondeu puxando uma cadeira para se sentar e foi servido pelo outro. – Obrigado.

Aqueles dias estavam sendo bem intensos. O pequeno estúdio que começou seu trabalho anos atrás cresceu bastante e agora era responsável por grandes obras. O trabalho era bom, o deixava próximo da música e da arte, mas como estavam perto de uma grande estreia as coisas estavam bem intensas.

- Conseguiu descansar?

- Sim. – Cortou um pedaço da panqueca japonesa que o outro tinha feito. – E você?

- Tudo indo muito bem – Naruto sorriu de orelha a orelha.

Naqueles oito anos a Red Foxy ganhou mais quatro irmãs, totalizando cinco casas noturnas. Duas em Tóquio em bairros diferentes e as outras três espalhadas pelas principais cidades do Japão. O que tornava Naruto e Bee empresários muito bem abastecidos. Só de participação total de lucro eles conseguiam em um mês ruim duzentos mil em suas costas bancárias.

- E o Daisuke? – Naruto sentou ao lado do moreno.

- Itachi o pegou na casa da Mikoto e do Fugaku ontem, mas ele quis ficar com a Naroi para ajudar na mudança. Mais tarde ele vem para casa.

A família Uchiha-Uzumaki havia desenvolvido e se adaptado a uma dinâmica que todos gostavam. Boruto e Daisuke se amavam como verdadeiros irmãos e se tratavam com muito respeito, sempre protegendo um ao outro até quando aprontavam.

Como se soubesse o que os pais estavam pensando, Boruto desceu e desejou bom dia em voz baixa sentando do outro lado da mesa. Naruto encarou o filho estranhando aquele comportamento silencioso incomum. Sasuke miudou o olhar desconfiado, mas como era de praxe ninguém o forçou a falar. Uma das regras sagradas daquela casa era respeitar a privacidade alheia.

- O teste de hoje – o loiro mais velho começou depois de um tempo. – Você acha que vai ser muito difícil?

- Não. – O menino sorriu de leve. – Eu sou bom em matemática, lembra?

- Lembro e isso é uma coisa que definitivamente você não herdou de mim. – Naruto fez uma cara de tédio misturada com desespero. A tríade matemática, química e física sempre foram os seus pontos fracos na época da escola.

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