4 - Aquilatado

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Conhecer a nós mesmos é nosso maior desafio, nossa maior viagem, nossa maior loucura e, ao mesmo tempo, nosso maior ato de sanidade.

Aquilatado

A primeira coisa de que Naruto se deu conta assim que abriu os olhos foi que não estava em um sonho bizarro e que tudo que aconteceu nas últimas vinte e quatro horas foi bastante real. O acidente com o caminhão que se chocou contra o prédio que ele e seu melhor amigo Itachi Uchiha viviam, a policia interditanto o idificio por causa de danos estruturais deixando-os desalojados, a forma como tinha quebrado a cabeça para encontrar uma solução que incluisse seu filho, Boruto, de três anos e claro o mais chocante e inesperado de todos; reencontrar Sasuke Uchiha a quem não via há doze anos, homem feito, pai de um bebezinho de dez meses, tão absolutamente parecido com Sasuke quanto Boruto era consigo.

Suspirou em meio a um bocejo enquanto se espreguiçava sobre o colchao insanamente confortavél. Era como estar deitado em cima de uma nuvem e considerando todo o estresse do dia anterior ele acabou dormindo como uma pedra. Girou o corpo e olhou para o relógio por um segundo antes de arregalar os olhos e pular da cama ao perceber que estava atrasado. Justo naquela manha que tinha uma reuniao com Bee e algus fornecedores. Começou a se movimentar pelo quarto a preguiça anterior desaparecendo rapidamente devido a injeção de adrenalina no corpo e assim que olhou em volta seu coração falhou uma batida. Boruto não estava fuuton que Sasuke arrumou para ele noite passada.

Despreocupado por estar vestindo apenas uma calça de moletom cinza velha e larga disparou para fora do quarto genuinamente preocupado. Estava temoroso sobre o que poderia ter acontecido, era uma ambiente novo e completamente estranho e usualmente Boruto não reagia muito bem a mudanças, lembrava como foi dificil a adaptaão deles quando ele passou a morar com ele. Deus, como gostaria que aquele sentimento de insegurança e impotência desaparecesse logo. Nunca na sua vida tinha se sentindo daquele jeito, mas quando Hiashi lhe entregou o documento da guarda exclusiva e Neji levou seu filho para sua casa no mesmo dia, uma ansiedade fora do normal veio junto da bagagem e mesmo agora não sabia lidar com ela.

Apoiou a mão no corrimão da escada, era chocante saber que mesmo apartamentos podiam ter mais de um andar, para descer mais rápido, esperava não estar fazendo muito barulho não sabia quem estava dormindo e quem estava acordado. Só não contava que houvesse algum brinquedo de plástico no último degrau e que ao pisar nele correu pelo chão madeira polida fazendo com que suas pernas se abrissem em um movimento de espacate digno de uma linda bailarina. Se não fosse o apoio no corrimão teria sofrido uma quedra muito feita.

Preguejou baixinho sentindo os músculos enrijecidos da parte interna da cocha e virilha protestarem por terem sido forçados daquele jeito. Ainda estava lamentando pelas suas pobres fibras musculares e nem percebeu que se aproximou de mais de um buffe e só se deu conta da proximidade do móvel ao sentir o seu dedo mindinho bater com tudo na quina de madeira.

Viu estralas com a dor.

- Aí, aí, aí – saltou em uma perna acariciando o dedo agredido. – Filho da... – Por sorte ergueu a cabeça antes de concluir o xingamento que morreu na sua lingua, a dor sendo rapidamente substituida por embaraço completo e absoluto. – Hehehe... Bom dia.

A mesa da cozinha que foi decorada á moda americana, ou seja, tinha visão total para a sala, estavam Sasuke, Boruto e Daisuke e por excessão desse último os outros dois o olhavam atônitos.

Para Sasuke lidar com a estadia daqueles dois não seria uma tarefa fácil e por isso ficou boa parte da noite remoendo as palavras de Izuna e refletindo se ajudar aquele menino valia a pena tudo o que teria que revivier. Como não pregou o olho decidiu parar de adiar o inevitavél e levantou mais cedo do que o normal, Daisuke também já estava acordado e sorriu feliz ao vê-lo. Seu garotinho era tão tranquilo a maior parte do tempo.

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