31 - Entono

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✦Olá!

✦Tem recadinho nas notas finais, leiam, por favorzinho ✦

✦Queria dedicar esse capítulo para duas pessoas especiais que graças ao mundo das fanfics surgiram na minha vida, Je e Hikari. Essas duas são minhas parceiras para vida eu espero, e é sempre nelas que eu penso quando decido parar de escrever. Elas não deixam aushuash. Obrigada por estarem na minha vida ✦

✦Boa leitura! ✦

(***)

O egoísmo depois do rancor e da magoa costuma ser o pior veneno de todos.

Entono

A casa da família Hyuuga, diferente do que se podia imaginar, não era opressora, muito pelo contrário era um local espaçoso, arejado e bem iluminado. Como o clã valorizava sua ancestralidade a mansão conservava muito das construções medievais, mas cheia dos confortos da era tecnológica.

Os jardins eram especialmente bonitos com diversos tipos de flores e uma estufa onde ficavam espécies raras. Hinata mantinha-se observando um dos chafarizes há pelo menos meia hora sem se mexer, as imagens do reencontro com Boruto iam e vinham na sua cabeça como um filme. Tinha se precipitado em ir até lá assim de repente e tinha assustado seu garotinho. Estava arrependida desse movimento, mas não desistiria de ter o filho de volta. Sabia o quando havia errado com ele e queria concertar as coisas.

- Nee-sama? – Hanabi se acomodou ao lado da mais velha. – Você está bem?

- Só estou pensando no Boruto. – Rodou um lírio recém-colhido entre os dedos.

- E no Naruto. – Completou Hanabi com a sobrancelha arqueada.

Hinata pensou em rebater, mas não teve forças para negar aquela verdade incontestável que todos sabiam. Lembrava-se da primeira vez que tinha visto Naruto, ele tinha chegado da Dinamarca com os pais e entrou no colégio causando rebuliço sem igual com sua personalidade cativante e alegria natural de viver. Ela ao contrário do loiro era tímida e retraída. A criação fria e distante do pai a tornou insegura sobre suas próprias habilidades e talentos. A cultura japonesa era de distanciamento e ver alguém desafiar isso tão naturalmente como o Uzumaki fazia a encantou.

A paixão por ele foi avassaladora, mas nunca teve coragem de confessar seus sentimentos ou investir. Naruto atraia todos os tipos de pessoas e fez amizade com seu primo e pareceu enxerga-la apenas como uma irmãzinha, o que a magoava profundamente. Sabia que não tinha os atributos que o loiro considerava atraente.

Algumas pessoas podiam achar que ela planejou o que aconteceu na festa, mas tudo foi uma decisão de ultimo segundo. Por mais que não estivessem mais no segundo grau, bastava um deles desafiar para ver quem aguentava beber mais e todos pareciam voltar à adolescência. O que não era nada demais considerando que estavam na casa de pessoas de confiança e entre amigos.

Há tempos andava com um pacotinho que continha um pó muito especial, uma droga que causava euforia e excitação ao mesmo tempo em que entorpecia alguns sentidos. Nunca esperou realmente usar aquilo, mas ao ver Naruto sozinho e zonzo... Parte de si se sentiu realizada ao tê-lo em sua cama, mas a outra parte ficou em frangalhos ao vê-lo totalmente fora de si e que era provável que ele não se lembrasse de nada do que aconteceu. E foi assim mesmo, ao despertar, Naruto ficou em pânico ao notar que tinha transado com ela. O primeiro questionamento foi se ela usava algum método contraceptivo, visto que o loiro sempre deixou claro que a paternidade não fazia parte dos seus planos. Por um segundo até pensou em dizer a verdade, mas daí veio à possibilidade que nem tinha imaginado. Um filho. Se tivesse um filho dele, Naruto estaria ligado a ela para sempre.

Ação, Reação e Consequência...Onde histórias criam vida. Descubra agora