Capítulo 1

3.6K 109 47
                                    

Os raios de Sol já começavam a invadir a grande janela da sacada do quarto, atingindo em cheio o rosto de Vitória que dormia tranquilamente. Ela juntou as sobrancelhas e abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes por causa da luz em seus olhos. Por que eu nunca fecho a droga da cortina? Resmungou em pensamento. Ela se virou na cama, encarando o teto antes de levar as mãos aos olhos, tentando espantar o resto de sono que sentia. Vitória olhou para o lado e sorriu ao ver sua bela esposa ali, dormindo feito um anjo. Ela é um anjo. O meu anjo.

Ela se levantou e caminhou em direção ao banheiro, não demorando a retirar sua camisola de seda, prender os cabelos em um coque no alto da cabeça e entrar embaixo da água morna. Vitória adorava ficar embaixo da água morna, apenas pensando ou só relaxando, isso sempre a deixava mais calma. Ela não demorou no banho pois ainda tinha muito o que fazer, então logo saiu, se secou e enrolou a toalha envolta de seu corpo. Voltou para o quarto e viu que sua esposa continuava na mesma posição de antes, ressonando baixinho.

Vitória se dirigiu até o closet e procurou sua roupa para o trabalho, uma calça e camisa sociais e um salto não tão alto. Fez uma maquiagem leve e comportada e soltou os cabelos, deixando os volumosos caírem por seus ombros e costas. Sorriu para a sua imagem no espelho, mesmo com trinta e dois anos ela continuava linda e bem cuidada.

Vitória voltou para o quarto e se aproximou da cama, apoiando um joelho na borda e se curvando até alcançar a orelha de sua esposa, soprando o local e vendo-a encolher os ombros e resmungar.

- Hey dorminhoca - Vitória disse beijando o pescoço da morena que suspirou, mas não abriu os olhos - Acorda meu amor.

- Não....

- Ana, não me faça morder a sua bunda de novo - Vitória disse ficando de pé novamente e sorriu contente ao ver Ana se virar rapidamente na cama como os olhos arregalados.

- Não se atreva, eu ainda tenho a marca da sua última mordida.

- Foi você quem pediu, amor - Vitória respondeu fingindo inocência e se virou para sair do quarto, mas parando ao sentir um tapa em sua bunda - Ana Clara Caetano!

- Gostosa! - Ana disse correndo para o banheiro antes que Vitória fosse atrás dela.

Vitória negou com a cabeça e saiu do quarto, indo direto para a porta com algumas borboletas cor-de-rosa coladas nela. Ela abriu a porta devagar e entrou no quarto, se abaixando ao lado da cama da filha que dormia tranquilamente agarrada com seu leão de pelúcia.

- Helena - Vitória disse alisando os cabelos castanho claro da pequena - Está na hora de acordar, filha - Aos poucos a pequena foi abrindo os olhos e levou a mão até o olho esquerdo, coçando o mesmo enquanto bocejava. Vitória sorriu achando aquela cena extremamente adorável - Bom dia, meu amor.

- Bom dia, mamãe - Helena disse se sentando na cama, de frente para Vitória que sorriu para ela - Mamãe já acordou?

- Sim, ela está no banho. Vou preparar um café da manhã bem gostoso para ela, você me ajuda?

- Sim! - Helena assentiu estendendo os bracinhos para que Vitória a pegasse no colo, e assim ela fez - Podemos fazer panquecas de gatinho?

- Claro que sim - Vitória respondeu descendo as escadas e deixando a filha sentada no balcão assim que chegou a cozinha - Muito bem, pequena, vamos preparar o café da manhã.

Vitória separou tudo que iria precisar e começou a fazer a massa das panquecas, usando um molde pronto para deixa-las no formato de gatinho que a filha queria. As panquecas que iam ficando prontas ela colocava no prato e deixava que Helena colocasse a calda de chocolate por cima, mas sempre vigiando para ver se ela não colocaria demais.

Um Porto Seguro Onde histórias criam vida. Descubra agora