Capítulo 15

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O som do celular se fez presente cortando o silêncio da sala de Vitória. Desviou a atenção do computador e pegou o celular, sorrindo ao ver o nome de Bárbara piscando na tela.

- Oi, amiga.

- Vi! Sua gostosa, linda, eu estou com saudades.

- Você me viu no sábado Bá e hoje é segunda-feira – Vitória respondeu se recostando na cadeira e escutando Bárbara bufar.

- Insensível.

- Desculpe. Por que me ligou?

- Você está ocupada?

- Na verdade não.

- Então pegue sua bolsa e vamos dar uma volta.

- Bárbara eu não posso, tenho que ir buscar a Ana para irmos a consulta dela.

- Não tem não. Eu já falei com a sua esposa e ela disse que ligou para o consultório, parece que a doutora não vai precisar de você lá. Sem ofensa – Bárbara respondeu e Vitória apenas revirou os olhos.

- Tudo bem, você venceu – Vitória respondeu soltando um suspiro cansado e escutou a amiga comemorar – E para onde quer ir?

- Eu tenho uma coisa importante para fazer no shopping, então vamos até lá. E aproveitando que a pestinha não teve aula hoje vamos leva-la também.

- Temos que busca-la na casa da minha mãe então.

- Sem problemas, eu estou te esperando aqui na porta do banco – Bárbara respondeu e Vitória acabou rindo. Ela sabia que a melhor amiga da sua esposa estava ali, Bárbara era muito previsível as vezes.

- Eu já vou descer, vou só ajeitar minhas coisas.

- Sem problemas, só não demore.

Bárbara não deu tempo de Vitória responder e desligou o celular. Vitória se levantou e começou a arrumar sua bolsa, desligando tudo e guardando todos os papéis que estavam em sua mesa. Ela avisou sua secretária que não voltaria mais e foi direto para o elevador, sacou seu celular do bolso e discou o número de Ana enquanto esperava o elevador.

- Alo – Ana atendeu fazendo aquela voz que Vitória tanto gostava. Ela sorriu pois sabia que a esposa estava tranquila e de bom humor, o que era ótimo.

- Oi amor, estou atrapalhando?

- Claro que não. Aconteceu alguma coisa?

-Bárbara aconteceu – Vitória respondeu entrando no elevador e escutando a risada da morena em seguida.

- Ah sim, eu já estou sabendo disso. Ela me ligou hoje cedo perguntando se poderia te roubar pela tarde.

- Está tudo bem quanto a isso?

- Está sim. Não se preocupe comigo na consulta, eu já me sinto mais à vontade de ir até lá.

- Está tudo bem mesmo em ir sozinha?

- Relaxa amor – Ana disse divertida e Vitória sorriu, vendo as portas do elevador se abrirem e ela saiu em seguida – Bárbara disse que vocês iriam fazer compras, então compre algo bem bonito para que eu possa tirar depois, de preferência com a boca.

- Você é uma maníaca, Ninha – Vitória disse rindo incrédula e escutando a risada divertida da morena.

- Tendo você na minha cama toda noite foi meio impossível não virar uma maníaca.

- Cala a boca – Vitória disse rindo e sentindo as bochechas arderem. Odiava o fato de Ana mexer tanto com ela quando falava daquele jeito – Eu vou desligar antes que você comece a fazer o seu joguinho de sempre.

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