Só por uma noite

Capítulo 10

No restaurante era impossível não perceber que naquela mesa que se encontrava Emma Swan e Regina Mills, uma nuvem romântica pairava sobre elas, as trocas de olhares, os sorrisos tímidos, as mãos que se encontravam sobre a mesa e os dedos que insistiam em se acariciarem. Emma havia escolhido um restaurante especial, com uma vista magnífica, queria fazer daquele momento o mais importante e inesquecível possível. Ela tinha reservado a melhor mesa do local, que dava para a mais bela vista de Nova York.

Escolheram o melhor vinho que a casa tinha para oferecer, e brindavam taças e mais taças para celebrarem aquele momento tão especial. Emma não parava de observar Regina e seus trejeitos, parecia ficar hipnotizada cada vez que a morena lhe devolvia um sorriso, ou quando delicadamente colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha. Regina também não ficava atrás, contemplava a beleza de Swan como se admira uma obra de arte, ao mesmo tempo que via o lado poderoso, via o lado doce e angelical. Realmente Swan lhe parecia um anjo, desarmando toda a impressão que tinha da patroa ríspida dentro da boate. Poucos tinham o prazer de realmente conhecer esse lado de Emma, pois é uma mulher muito fechada, de pouco riso para aqueles que não tem intimidade. Regina aos poucos vinha tomando espaço na vida de Emma, antes mesmo que ela permitisse a sua entrada, pois a morena já fazia morada nos seus pensamentos.

— Para ser bem sincera, Regina, eu nunca imaginei que estaríamos aqui, hoje, jantando.

— Por que diz isso?

— Porque eu nunca pensei que pudesse ter uma chance com você depois de algumas atitudes idiotas que eu tive.

— Realmente foram atitudes idiotas! E eu queria acreditar que você não era feita de atitudes como aquelas.

— E o que você queria acreditar?

— Que por trás da Emma petulante, mimada, inconsequente em algumas atitudes, existia uma Emma sensível, com um bom coração, que fosse capaz de ser gentil e com caráter.

— Ouvir isso agora me deixou um pouco triste.

— Não foi a intenção, desculpe.

— Não, fica tranquila. Digo triste no sentido de como me via, da imagem feia que deixei transparecer pra você.

— Bom, passou! Não pensa nisso, você me mostrou que não era nada do que deixou a primeira impressão causar.

— Que bom que você está hoje aqui comigo e aceitou meu convite.

— Por falar em convite, fiquei extremamente lisonjeada.

— Por um momento pensei que você fosse recusar

— Eu não poderia recusar algo que estou morrendo de vontade também.

— Então a senhorita está me dizendo que estava querendo sair comigo também?

— Estou dizendo pelas entrelinhas que eu já vinha pensando em você.

— Assim você me deixa boba!

A conversa fluía muito bem entre elas, a conexão era notável, uma sintonia sem igual. Emma de sorriso fácil e Regina extremamente falante como nunca.

— Hoje está saindo comigo, amanhã quem será a próxima? — Regina brincou com Emma com a intenção de provoca-la.

— Pegou pesado, hein?

— Todo dia aparece com uma moça diferente na boate.

— Então consegui o que eu queria.

— E o que você queria?

— Que você notasse. Tudo isso não passou de um truque para te atingir. Diferente da senhorita, que pareceu ter alguém...

— Engraçadinha, você, né?! Querendo me provocar ciúmes. E referente a moça que você viu comigo na noite passada...