Rainha Prateada | Fanfic de Rainha Vermelha

Capítulo Cinco

Música de fundo recomendada: Naked - James Arthur.

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Maven Calore

Meu subconsciente luta contra isso. A voz de minha mãe luta contra isso. Eu mesmo luto contra isso. E a favor. Mas não consigo evitar. Mare Barrow. Me. Beijando. Retribuindo meus beijos. Não por conta de alguém que ameacei. Não por conta de joguinhos mentais. Não por ação minha. Não por manipulação. Não por força. Realmente me beijando. 

Se eu fosse mais racional, teria mandado os guardas levarem-na. Se eu fosse mais esperto, teria feito trancarem-na bem longe de mim. Teria feito como ela disse, teria jogado a chave fora. Teria ficado longe. Teria rido na cara dela e simplesmente a mandado embora. Minha mente tenta diversas vezes me convencer disso, mas todas as células de meu corpo querem o contrário. Não consigo me afastar dela, na verdade a quero mais perto a cada segundo. 

Minhas mãos percorrem suas costas, puxando-a para mais perto. E mais perto. Mais perto. Mais perto. Até que ela esteja sentada sobre mim. Até que eu possa sentir cada pedaço de pele exposta. Até que seja fisicamente impossível estar mais próximo. 

Afaste-se Maven. A voz de Elara ruge em minha cabeça, um comando direto. Afaste-se. Isso é um erro tolo e impensado. Ela não é digna de um rei. Ela é vermelha. Impura. Você a odeia. Beijo Mare com mais voracidade que antes, desejando-a, querendo calar a voz em minha cabeça. A voz que tentou impedir que a amasse e que a fizesse minha esposa. A voz que odiei, mas que não pude deixar de amar. Com as mesmas palavras de antes.

Estremeço ao contato com as algemas de Pedra Silenciosa. Me afasto.

- Isto não é real. Não é possível. Depois de tudo que aconteceu, depois de tudo que eu fiz com você. Não é possível que isto esteja acontecendo. Devo estar sonhando - olho ao redor, transtornado. - Evangeline não a trouxe, ela deve ter trazido Samson e tudo isso é uma ilusão. Ela deve estar gargalhando enquanto estou preso nesse sonho. 

- É real, Maven - Mare olha para o fundo de meus olhos, como se visse minha alma ali. - Estou bem aqui, inteira. Sem ilusões, sem truques, sem sonhos ou manipulações. Estou bem aqui - ela pega minha mão e coloca sob seu peito. O ritmo de seu coração batendo me acalma, como se o simples fato de ela estar viva já fosse suficiente para apaziguar a angústia em meu peito. 

Em um momento, estou encarando-a, me perguntando como seria possível. No outro, nossos beijos recomeçam, mais ávidos do que antes.