Rainha Prateada | Fanfic de Rainha Vermelha

Capítulo Vinte e Oito

Música de Fundo Recomendada: Roads Untraveled - Linkin Park

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Maven Calore (Markus)

Você vê, Mare e eu tomamos todas as precauções.

Eu mudei minha aparência. Ela mudou de cidade. Ela mudou meu nome. Ela mudou seu estilo de vida. Eu mudei minha forma de pensar. Mudei até a entonação da voz ao falar. Tudo isso para nos manter seguros. Me manter seguro, na verdade, para que pudéssemos ter a chance de viver juntos.

Nos primeiros meses, eu poderia jurar que Cal entraria pela porta a qualquer instante, me arrastaria para fora e me esquartejaria vivo no centro de Orienpratis, com receio de que, se gastasse tempo me levando para a capital, eu encontraria uma forma de escapar. Nesses meses, qualquer vento que batesse na porta me deixava tenso. Mare também tinha a mesma sensação.

Pode parecer clichê, mas é verdade, aos poucos, fomos relaxando. Deveríamos ter nos mudado 2 meses atrás, como havíamos combinado, mas não o fizemos. Ficamos confiantes. Eu ganhei minhas pulseiras e Mare cada vez mais masterizava os próprios poderes. Klaus e Nialla foram partes ativas nesse processo, porque ficamos com receio de abandoná-los. Não sabíamos se Klaus consideraria vir conosco, especialmente porque não conseguimos pensar em uma desculpa apropriada e ele não aceitaria se mudar sem uma justificativa.

Todos esses pensamentos passaram pela minha mente em um flash, enquanto meus olhos vislumbraram um vulto passando pela janela. Antes mesmo que meu cérebro conseguisse registrar a ameaça, a porta se abriu em um súbito.

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Mare Barrow

Antes que nós pudéssemos reagir, guardas reais já estavam nos rodeando na sala de estar. Um círculo perfeito ao nosso redor. Imediatamente nos colocamos em posição de luta, de costas um para o outro. Nenhum deles com armas em punho, entretanto a ameaça estava implícita. Nenhuma Pedra Silenciosa, mas eu duvidava de que não houvesse ninguém ali com o temido dom. Poucos segundos depois, Cal em pessoa entra em minha casa. Começo a pensar. Maven tem suas pulseiras e ainda há fogo aceso na lareira, além da energia presente em toda a propriedade, mas com certeza a esse ponto seria suicídio. Se por algum motivo Cal nos deixasse sair vivos dessa, uma explosão definitivamente arruinaria nosso disfarce. Por enquanto jogaríamos as cartas dele. Por enquanto.

- Boa tarde, Mare - Cal caminha devagar até estar entre dois guardas, do meu lado esquerdo. - Estava passando pela região e ouvi alguns rumores interessantes sobre sua nova morada - ele olha para Maven, sem dúvida procurando traços do irmão. - Engraçado, porque podia jurar que você havia me dito que morava em Haven.

- Cal - devolvo o cumprimento. - Que curiosa sua visita até uma cidade pequena. Estou muito bem, obrigada por perguntar - um comentário ácido. - Ninguém na verdade sabe dizer em que distrito fica esta fazenda. Posso mostrar os papéis. Fica metade em Orienpratis e metade em Haven - faço uma pausa. Preciso me manter calma. - Achei que não precisava preocupá-lo com detalhes.

- Sim, fiquei sabendo sobre essa sua característica sua. - ele faz uma breve pausa e cruza os braços na frente do peito. - Bem recentemente aliás. Seu amigo, Kilorn, que me alertou na verdade.