Rainha Prateada | Fanfic de Rainha Vermelha

Capítulo Vinte e Nove

Música de Fundo Recomendada: Love Me or Leave Me - Little Mix.

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Maven Calore (Markus)

Tudo aconteceu em câmera lenta. Mandei Klaus para a cidade com todos os produtos. Olho para a pequena sala, com as portas, janelas e cortinas fechadas. Ninguém saberá do que está acontecendo. Ninguém virá nos ajudar.

Tiberias saca uma espada, grande e ornamentada. Não a que foi usada para matar seu pai. Seu pai. Era estranho como ainda não o considerava meu. Nunca tive sequer espaço para sentir a falta dele também. Como se estivesse levantando uma pena, ele ergue a espada com maestria.

Tão rápido quanto Tiberias ergue a espada, percebo que vou morrer pelas mãos do meu irmão. Pensei que ficaria mais preocupado comigo mesmo e com o meu bem estar, mas me preocupo com ele. Não sei o que vai acontecer com ele depois disso. Quero dizer, até agora ele tem se saído bem como rei, têm mantido sua palavra e dirigido a nação de forma que renasça como uma democracia de forma mais estável possível. Ele não parecia incomodado em entregar a coroa. É lógico que ele se candidataria para reger o país e que sempre teria uma posição influente, afinal a família acumulou muitas riquezas pelos anos no poder, mas pela visão que eu tinha dele, eu esperava que ele soldasse a coroa na própria cabeça e não a entregasse por nada.

Independentemente de tudo que aconteceu, eu me preocupo com ele e como a minha morte o afetará. Uma coisa era eu ser morto por outra pessoa, assim ele poderia culpá-la pelo resto da vida. Outra coisa era ser morto pelas mãos dele. Ele só teria a ele mesmo para culpar e eu sabia que ele não era um assassino. Isso o mudaria e essa possibilidade me assustava. Tiberias sempre teve seus defeitos, mas no final das contas eu sempre soube que ele poderia ser um bom líder se mantivesse sua cabeça no lugar. Será que ele se tornaria um tirano e desistiria de passar a coroa para o povo? Será que ele se destruiria?

Em meio aos meus pensamentos, sinto eletricidade no ar. Merda. Olho para Mare e não consigo segurar meu grito com a visão.

- MARE! – minha voz parece desesperada.

A íris em seus olhos está completamente iluminada em roxo e as mechas roxas em seus cabelos, antes presentes apenas nas pontas, sobem em branco rumo às raízes. Ao seu redor, o mundo parece estático, com faíscas piscando no ar. Seu corpo se eleva no ar. Ela está canalizando mais poder do que eu jamais vi nela. Com um pensamento, penso, ela poderia invocar o poder de 20 trovões caindo bem sobre a cabeça de Tiberias. Faíscas brilham nas mãos de Mare e as luzes da casa se apagam completamente, deixando a sala em uma completa escuridão, iluminada apenas por suas faíscas.

- Impeçam-na – ouço Tiberias ordenar aos guardas em meio ao caos.

Silenciadores. De alguma forma, ela convocou tanto poder que os três silenciadores que ele trouxe consigo não conseguem controlá-la. O máximo que consegue fazer é fazer uma cúpula ao redor de Mare, tentando fazer com o que todo o poder que ela está convocando fique contido à ela. Isso por si só já é um grande esforço para eles, que começam a suar frio.

Mare percebe o plano, com um movimento de suas mãos, começa a convocar mais poder, tentando esgotar os silenciadores. Neste momento, percebo. Nada neste mundo conseguiria impedi-la. Ela começa a gritar com a quantidade de poder concentrada em seu corpo.